Pesquisa desenvolve potencial tratamento inovador contra leishmaniose

O estudo recentemente publicado objetivou a produção de nanopartículas poliméricas contendo 17-DMAG, um inibidor da Hsp90, que é a proteína mais abundante no citosol de células eucarióticas, envolvida na manutenção da homeostase celular. Esse trabalho, liderado pela pesquisadora da Fiocruz Bahia, Patrícia Veras, contou com a colaboração dos especialistas em nanopartículas da Fiocruz Pernambuco, Fábio Formiga, e de Farmanguinhos (Fiocruz/RJ),  Helvécio Rocha. 

Em pesquisas anteriormente publicadas, o grupo da pesquisadora Patrícia Veras demonstrou que inibidores da Hsp90, como os antibióticos da família das ansamicinas benzoquinonas, geldanamicina, 17-AAG e o 17-DMAG, apresentam alto potencial para serem utilizados no tratamento da leishmaniose, por causarem a morte dos parasitos em concentrações que não são tóxicas para as células hospedeiras. A incorporação do 17-DMAG em nanopartículas poliméricas, que são sistemas de liberação controlada, pode ajudar a prevenir ocorrências de toxicidade descritas para esse composto. Os principais achados desse estudo foram descritos em artigo publicado na Frontiers in Chemistry.

Para produzir nanopartículas de pequenos tamanhos e com alta eficiência de encapsulamento do inibidor hidrossolúvel, 17-DMAG, os pesquisadores testaram dois protocolos distintos de dupla emulsão. Comparativamente, um dos métodos produziu nanopartículas com tamanho médio de 305 nm, enquanto que o outro produziu nanopartículas com cerca de 489 nm. A partir dessa comparação, os pesquisadores realizaram modificações nas massas dos reagentes utilizados na formação das nanopartículas, para obter os melhores resultados de tamanho, carga e eficiência de encapsulamento do 17-DMAG. Após finalizados os testes, os autores do trabalho conseguiram obter nanopartículas com tamanho médio de 297,2 nm e eficiência de encapsulamento do 17-DMAG de 31,6%.

Após a padronização do protocolo de produção das nanopartículas, a equipe avaliou as características microscópicas, o perfil de liberação do fármaco, a partir das nanopartículas, ao longo do tempo e se os macrófagos, células hospedeiras para a Leishmania, seriam capazes de captá-las. Os resultados obtidos pelos pesquisadores mostraram que as nanopartículas produzidas apresentaram formatos esféricos e regulares e com aspecto liso de superfície. Segundo os pesquisadores, a 37 °C, cerca de 16% do 17-DMAG é liberado das nanopartículas até 72 horas de incubação, confirmando o perfil de liberação controlada desse sistema.

Por fim, os pesquisadores observaram também que os macrófagos foram capazes de captar e manter as nanopartículas no seu citoplasma desde os tempos mais curtos de incubação, como 30 min, 1, 2, 4 ou 6h, até tempos mais tardios como 24, 48 e 72h. Em conjunto, os resultados publicados desse estudo descrevem um protocolo promissor para produção de nanopartículas poliméricas contendo 17-DMAG, que podem ser futuramente avaliadas quanto à toxicidade e os efeitos antileishmania, tanto in vitro quanto in vivo.

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Digaí, Comunidade: Fiocruz Bahia lança projeto de comunicação para populações em situação de vulnerabilidade

A Fiocruz Bahia lançou nesta quarta-feira, 26, o perfil ‘Digaí, comunidade’, uma iniciativa que propõe a aproximação entre a instituição e as comunidades em situação de vulnerabilidade social de Salvador. A ação, que é uma parceria com o Comitê Comunitário Virtual da Covid-19 nos Bairros Populares de Salvador, conta com o apoio de pesquisadores, profissionais da saúde, comunicadores e líderes comunitários.

A atividade, desenvolvida no âmbito do Projeto Comunicação Estratégica para Populações em Situação de Vulnerabilidade em Tempos de Pandemia, desenvolvido na Fiocruz Bahia, tem como principal objetivo compartilhar informação segura nas redes sociais, de forma simples e diversificada.

A proposta é criar uma rede de diálogo com as comunidades, identificando e contextualizando as necessidades de informação dessas populações no âmbito da pandemia. Você pode interagir enviando sugestões, opiniões, dicas de conteúdos e pesquisas que possam ajudar a fortalecer essa rede.

As publicações estão disponíveis no perfil ‘Digaí, Comunidade’ no Facebook, no Instagram, no Tiktok e no Twitter.

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Qualidade de vida de mulheres com câncer de colo de útero é avaliada em dissertação

Autoria: Caline Vasconcelos de Oliveira
Orientação: Guilherme de Sousa Ribeiro
Título da dissertação: “QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES COM CÂNCER DO COLO DO ÚTERO ASSISTIDAS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE SALVADOR”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 31/05/2021
Horário: 08h30
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO: Os sinais e sintomas de uma patologia e as reações adversas de seu tratamento podem causar estresse, baixa da autoestima, mau-humor, desânimo, entre outras sensações, com potencial de afetar direta ou indiretamente a qualidade de vida. Por acometer o aparelho reprodutor, o diagnóstico de Câncer do Colo do Útero (CCU) pode impactar sobre a feminilidade e sexualidade, comprometendo ainda mais o estado emocional da mulher, com possíveis reflexos em sua condição física, psicológica e relações sociais. OBJETIVOS: Caracterizar o perfil epidemiológico, sociodemográfico e clínico de mulheres com CCU assistidas em um hospital de referência de Salvador e descrever aspectos psicoemocionais e relativos à qualidade devida delas após o diagnóstico. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, realizado em um grupo de mulheres com idade ≥18 anos e com diagnóstico confirmado de CCU após o primeiro atendimento no ambulatório de oncoginecologia de um hospital de referência. A inclusão de participantes foi realizada entre julho de 2018 e outubro de 2019. Por meio de entrevista estruturada e revisão de prontuário, foram coletados dados sociodemográficos, histórico de tabagismo, vida sexual, antecedentes ginecológicos e sinais e sintomas relacionados à doença. Entre janeiro de 2019 e março de 2020, seis meses após a data de inclusão das participantes no estudo, foram obtidos dados psicoemocionais e de qualidade de vida por meio de ligações telefônicas e uso do questionário World Health Organization Quality of Life-Bref(WHOQOL-Bref). RESULTADOS: Foram identificadas179pacientes com diagnóstico confirmado de CCU, sendo que para 159delas foi possível obter dados para contato telefônico. Foi possível completar o protocolo para contato telefônico (pelo menos cinco tentativas de ligação, realizadas em dias e horários alternados)para 115 das159 pacientes, sendo que os contatos foram finalizados com êxito na obtenção de dados psicoemocionais e de qualidade de vida para 74(64,3%) delas; para 41(35,7%) não foi possível realizar a entrevista. Foi observado que a maioria das mulheres que responderam a entrevista sobre a qualidade de vida e aspectos psicoemocionais consideravam-se espiritualizada ou religiosa (94,4%) e a religião/crença mais referida foi a católica (57,8%), seguindo da evangélica (29,6%). A espiritualidade foi considerada pela grande maioria como apoio no enfretamento da doença. Alteração no humor (75,7%), insegurança (71,6%), choro fácil (69,0%), alteração no padrão alimentar (62,2%), alteração no sono (60,8%), medo da morte (59,5%)foram sentimentos ou sensações negativas frequentemente relatados após o diagnóstico do CCU. A qualidade de vida global das mulheres apresentou um escore (61,2)semelhante aos domínios físico (62,4), psicológico (63) e relações sociais(68). No entanto, o domínio relacionado ao meio ambiente, apresentou o menor escore (55,3), entre todos os analisados. CONCLUSÃO: Pode-se observar que incertezas e medo estão presentes após o diagnóstico, desencadeando um processo de dúvidas e angústias. A religiosidade foi uma das estratégias utilizadas por essas mulheres para o enfrentamento desse momento complexo e doloroso fisicamente e emocionalmente. A pior avaliação do domínio do ambiente sugere que as características do local de residência afetam negativamente a qualidade de vida destas mulheres. Descritores: câncer do colo do útero, qualidade de vida, psico-oncologia.

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Websérie | Confira o segundo e terceiro episódio

A Fiocruz Bahia lançou, no dia 10 de maio, uma websérie que aborda as principais pesquisas realizadas na instituição. Os vídeos, publicados semanalmente nas redes sociais, estão divididos em 9 temas: arbovirose, big data, câncer, células-tronco, doença de Chagas, doença falciforme, helmintíase, leishmaniose e tuberculose.

A websérie conta com a participação de mais de 20 cientistas que falam sobre suas linhas de pesquisa, os estudos em andamento e os resultados que têm sido encontrados. O objetivo é reforçar a importância da cultura científica, levando ao conhecimento do público as atividades de pesquisas da instituição, que tem como missão promover a melhoria da qualidade de vida da população através da geração e difusão de conhecimento científico e tecnológico no estado da Bahia e no Brasil.

Para acompanhar a publicação dos vídeos, visite nosso site e siga a Fiocruz Bahia nas redes sociais:
 

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Confira o segundo e terceiro episódios com o tema arboviroses:

 

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Webinar sobre medicina personalizada acontece em 21 de maio

O EULAC PerMed Webinar 2021: Systems biology and personalised medicine será realizado no dia 21 de maio, às 10h, pelo Zoom. O evento, promovido através do projeto internacional EULAC-PerMed, do qual a Fiocruz é membro, reunirá palestrantes e participantes de países da Europa, América Latina e do Caribe, visando intercâmbio de conhecimentos e estratégias sobre questões do ELSA relacionadas à implementação da pesquisa em Medicina Personalizada.

O webinar conta com a participação do pesquisador da Fiocruz Bahia, Bruno Bezerril, que ministrará a palestra “Using Systems Biology to Predict clinical outcomes in patients with HIV”, e do professor do Fraunhofer Institute for Algorithms and Scientific Computing (SCAI), Martin Hofmann-Apitius, que abordará o tema “Bridging between different worlds in Personalized Brain Health: combining knowledge-based, mechanistic modeling with total brain simulation in the TVB-Cloud project”.

Acesse o link para participar do evento https://bit.ly/3dYpHyh

Informações sobre o projeto em https://www.eulac-permed.eu/ 

 

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Inquérito nacional da Fiocruz sobre partos, nascimentos e perdas fetais tem início na Bahia

O estudo “Nascer no Brasil 2: Inquérito Nacional sobre Partos, Nascimentos e Perdas Fetais” realizou o treinamento de profissionais que irão fazer a coleta de dados da primeira etapa da pesquisa na Bahia. A capacitação aconteceu ontem (17/5), em Salvador, com a presença da coordenadora geral do projeto e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), Maria do Carmo Leal, e da coordenadora estadual, Aline Costa. A pesquisa vai percorrer quase trinta maternidades baianas, tanto na capital quanto no interior. 

O objetivo do inquérito é analisar a evolução da atenção ao parto e nascimento em maternidades públicas e privadas de todo país. Além do estudo principal sobre perdas fetais, partos e nascimentos, outros temas como morbimortalidade materna e perinatal, Covid-19 na gestação e transtornos emocionais paternos serão investigados. 

Segundo Maria do Carmo Leal, os dados do estudo vão impactar em questões relacionadas à atenção obstétrica e perinatal brasileira. “O objetivo é conhecer os determinantes, quais são os problemas que estão ocorrendo, em que estamos falhando, para termos tantas mulheres com casos graves e uma mortalidade materna tão grande, como o Brasil tem. O foco está em observar isso, tanto para o óbito materno quanto para o perinatal, particularmente para o óbito fetal, que no Brasil é imenso”. 

A primeira fase na Bahia, que terá duração de 30 dias, vai analisar cerca 2700 prontuários de internações por motivo obstétrico, em seis maternidades de Salvador e do interior do estado, que tiveram mais de 350 partos por mês em 2020, fazendo o levantamento de todos os casos de morbidade materna grave e de óbitos perinatais (morte no período entre a 22ª semana gestacional até a primeira semana de vida do bebê). Estima-se que o número de casos casos de morbidade materna grave e óbito perinatal seja cerca de 10% das internações obstétricas. 

“É um estudo importante para a gente investigar a assistência ao parto e nascimento. Nesse momento, em que a gente está investigando as questões de morbidade e óbitos perinatais, é um privilégio poder olhar quais são as causas de maiores complicações que levam às mulheres e os bebês a óbito. O estudo vai dar uma dimensão dos principais desafios a serem enfrentados, com base em dados fidedignos”, afirmou Aline Costa, que é psicóloga e mestre em saúde da mulher e da criança. 

A pesquisa

O  primeiro “Nascer no Brasil: inquérito nacional sobre parto e nascimento”, que ocorreu em 2011 e 2012, foi um estudo nacional, de base hospitalar, que coletou dados de 23.894 mulheres, em 191 municípios e 266 hospitais. Em amostra representativa do país, descreveu, pela primeira vez, as práticas de atenção ao parto e nascimento em todas as unidades federativas do Brasil. 

Teve o objetivo de conhecer os efeitos das intervenções obstétricas no parto, incluindo as cesarianas desnecessárias; descrever a motivação das mulheres para a opção pelo tipo de parto; as complicações clínicas durante o puerpério e período neonatal; bem como descrever a estrutura das instituições hospitalares quanto à qualificação dos recursos humanos, disponibilidade de insumos, equipamentos, medicamentos e unidade de terapia intensiva para mulheres e recém nascidos.

O Nascer no Brasil 2 incluiu maternidades menores, aquelas com menos de 500 partos por ano, ampliando o escopo do estudo. Além da coleta de prontuários hospitalares, iniciada nesta fase do estudo, espera-se acompanhar mais de 24 mil mulheres, que ingressarem no sistema de saúde para o parto ou por perda fetal precoce, em 465 maternidades em todo o Brasil. 

Para saber mais sobre a pesquisa, acesse o site. Para acessar resultados das pesquisas anteriores, acesse a seção de divulgação científica. Outros resultados da pesquisa também estão sintetizados em nosso Instagram @nascernobrasil.

 

*Com informações do site Nascer no Brasil 2.

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Resultado da 1ª Etapa do Edital PIBIC FAPESB 2021

A Coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC), do Instituto Gonçalo Moniz (IGM), divulga o resultado da 1ª Etapa do Edital PIBIC FAPESB – 2021, do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC), apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), através do sistema de cotas institucionais. Vale lembrar que todos que os orientadores aprovados deverão proceder com a indicação do estudante bolsista, conforme descrito no Edital, entre os dias 17 a 24 de maio de 2021.

Para a Implementação da bolsa na FAPESB é necessário encaminhar os documentos solicitados para o e-mail proiic@fiocruz.br. Os documentos devem ser encaminhados em formato PDF, sendo cada documento um arquivo, nomeados conforme descrito no Edital.

Clique aqui e confira o resultado.

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Fiocruz Bahia promove workshop internacional sobre alimentação saudável e sustentável

Com o objetivo de melhorar o ambiente alimentar e o comportamento na escola, moldando as escolhas alimentares atuais em direção a uma dieta saudável e sustentável, o Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia) vai realizar o workshop Reino Unido-Brasil Alimentação saudável e sustentável para crianças: o potencial da merenda escolar. O encontro será realizado de forma virtual, entre 7 e 18 de julho, em dias não consecutivos, com sessões de 2h30 de duração. As inscrições vão até 17 de maio.

A ideia é estimular a cocriação de pesquisas inovadoras e encorajar colaborações sustentáveis entre investigadores e profissionais em início de carreira, permitindo e inspirando o desenvolvimento de trabalho em rede, dinâmicas em grupo e tutoria, além de apoio financeiro aos melhores projetos surgidos durante o workshop.

A iniciativa é financiada pelo British Council Climate Change Research Links. Segundo a pesquisadora da Fiocruz Bahia, Nelzair Araujo Vianna – líder do projeto no Brasil em coparceria com Ximena Schmidt Rivera, Brunel University, Londres – também são foco encontro promover o intercâmbio de conhecimento e capacitação; desenvolver uma rede interdisciplinar de pesquisadores em início de carreira e profissionais que trabalham na área no Reino Unido e no Brasil para realizar, implementar e avaliar intervenções conduzidas por pesquisas eficazes e inovadoras; e ainda gerar evidências para atualizar a política vigente. “Mudar o padrão alimentar das escolas brasileiras poderá ter um grande impacto na saúde da população e na economia”, aponta pesquisadora.

Ela lembrou que o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) é a mais antiga Política Nacional de Alimentação e beneficia cerca de 40 milhões de alunos. “O Pnae foi criado em uma época em que a fome e a subnutrição eram o principal problema. No entanto, com a transição nutricional e a sindemia global de subnutrição, obesidade e mudanças climáticas, o papel do programa deve ser discutido para enfrentar esses novos desafios. Tendo isso, realizaremos esse workshop para fomentar o desenvolvimento de projetos-piloto visando a melhoria do ambiente alimentar e o comportamento na escola, com foco em abordagens interdisciplinares que abranjam desafios e impactos”, detalhou Nelzair.

“Desafio de Prêmio”

O workshop terá um “Desafio de Prêmio”, que consiste em um fundo de até 35 mil libras esterlinas (moeda do Reino Unido) para o desenvolvimento de cinco projetos (ou mais, dependendo dos custos) criados durante o workshop entre os participantes do Reino Unido e do Brasil. Cada projeto pode solicitar até 7 mil libras esterlinas.

Vale destacar que será dada especial atenção a pesquisadores em início de carreira, participantes que voltam de interrupções de carreira ou licença maternidade, bem como para participantes de grupos minoritários, que trabalham com ou em escolas e Organizações Não Governamentais (ONGs), além de participantes que desejam colaborar e estão interessados ​​em implementar novas ou melhorar as atuais intervenções em ambientes alimentares para crianças. “Será uma importante oportunidade para a participação de iniciativas da sociedade civil”, ressaltou Nelzair. Para se inscrever, clique aqui.

Veja mais detalhes sobre o evento aqui.

Para saber mais sobre o projeto, acesse aqui.

Caso o interessado ou participante tenha alguma dúvida, escreva para workshop.braziluk@gmail.com ou ximena.Schmidt@brunel.ac.uk

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Etiologia da artrogripose múltipla congênita é tema de tese

Autoria: Marcela Câmara Machado Costa
Orientação: Luiz Antônio Rodrigues de Freitas
Título da tese: “Caracterização clínica, morfológica e molecular de pacientes com artrogripose múltipla congênita”.
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana
Data de defesa: 27/05/2021
Horário: 14h30
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

Introdução: As artrogriposes múltiplas congênitas (AMC) são contraturas articulares em mais de duas articulações em diferentes áreas do corpo, observadas desde o nascimento. É um achado clínico, observado em cerca de 400 doenças distintas, a maioria de origem genética. Todas elas resultam em acinesia fetal por redução dos movimentos fetais intrauterino, com limitações articulares, que podem estar associadas a outros achados como dismorfias, fraqueza muscular, alterações cognitivas e envolvimento de outros órgãos. As doenças neuromusculares são uma causa frequente de AMC.A definição etiológica é fundamental para definição terapêutica, aconselhamento genético e prognóstico. A frequência das AMC é desconhecida no Brasil e não existem estudos demográficos para esta população em nosso meio. Objetivo: O presente estudo objetivou identificar a etiologia das AMC em indivíduos assistidos em serviço público especializado em doenças neuromusculares e genéticas do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, além de levantar dados demográficos e clínicos destes pacientes. Material e Métodos: Um estudo prospectivo, formado por uma amostra de conveniência de pacientes encaminhados para avaliação, onde foi elaborado um protocolo racional de investigação baseado em aspetos clínicos e exames complementares. Após preenchimento da ficha padrão, os pacientes realizavam investigação com exames complementares, tais como: dosagem de creatinofosfoquinase, eletroneuromiografia, ressonância magnética de crânio, cariótipo, biópsia muscular e estudo molecular. Resultados: Durante o período de 42 meses foram avaliados41 pacientes. 53,7% eram do sexo feminino e a média de idade na primeira avaliação foi de 8,8 anos. Cerca de 30% dos pacientes relatavam uma história familiar positiva. O número médio de articulações envolvidas foi 6, sendo o pé torto a alteração mais observada(85,4%). O diagnóstico etiológico foi estabelecido em 75,6% dos casos,com base no fenótipo e em exames complementares. Em quatro pacientes de três famílias distintas, o diagnóstico foi estabelecido por exoma. Do total dos casos diagnosticados,39%foram causados por doenças neuromusculares e do tecido conjuntivo, 24% classificados como amioplasia, em 12 % a causa foi acometimento do sistema nervoso central e em 24,4% não foi estabelecido um diagnóstico etiológico.Foram encontradas nesta casuística formas raras de AMCe variantes patogênicas previamente não descritas em genes associados amiopatias. Conclusão: O presente estudo demonstrou as principais características clínicas e morfológicas de diversas formas de AMC na população estudada. Foi capaz de estabelecer um diagnóstico etiológico na maioria dos casos com AMC, com base em dados de exame clínico, biópsia muscular, eletroneuromiografia e estudo genético. Palavras-chave: artrogripose, articulações, biópsia, doenças neuromusculares, fenótipo, genética.

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Divulgado edital do processo seletivo 2021.2 do PgPAT

A Secretaria Acadêmica do Programa de Pós-graduação em Patologia Humana e Experimental (PgPAT – UFBA/Fiocruz Bahia) divulga o edital para participar do processo seletivo para Mestrado e Doutorado 2021.2. As inscrições podem ser realizadas no período de 17 a 31/05/2021.

O programa, avaliado com conceito 6 pela Capes, visa a formação de pesquisadores e professores com capacidade de atuação independente em áreas das ciências biomédicas de relevância para o país, em instituições de ensino superior, institutos de pesquisa e setor produtivo. Os candidatos ao PgPAT devem ser alunos graduados em curso da área de ciências biológicas e da saúde. 

Clique aqui para consultar o Edital.

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Websérie | Confira o primeiro episódio

A Fiocruz Bahia lançou, no dia 10 de maio, uma websérie que aborda as principais pesquisas realizadas na instituição. Os vídeos, publicados semanalmente nas redes sociais, estão divididos em 9 temas: arbovirose, big data, câncer, células-tronco, doença de Chagas, doença falciforme, helmintíase, leishmaniose e tuberculose.

A websérie conta com a participação de mais de 20 cientistas que falam sobre suas linhas de pesquisa, os estudos em andamento e os resultados que têm sido encontrados. O objetivo é reforçar a importância da cultura científica, levando ao conhecimento do público as atividades de pesquisas da instituição, que tem como missão promover a melhoria da qualidade de vida da população através da geração e difusão de conhecimento científico e tecnológico no estado da Bahia e no Brasil.

 
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Confira o primeiro episódio com o tema arboviroses:

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Pesquisa avalia interação entre sexo e idade em quadros graves da Covid-19

Um estudo avaliou dados de mais de 178 mil pacientes, sendo 33 mil com diagnóstico confirmado de Covid-19, para determinar a relação da idade, sexo e inflamação com os quadros mais graves da doença, através de análise laboratorial. O pesquisador da Fiocruz Bahia, Bruno Bezerril, participou do grupo que realizou o estudo, formado por especialistas de diversas instituições nacionais e internacionais.

Trabalhos anteriores mostraram que pessoas do sexo masculino têm maior suscetibilidade a desenvolver a forma grave e que pessoas mais idosas apresentam risco maior de morte e complicações da Covid-19, no entanto é a primeira vez que essas constatações são apresentadas de maneira sistematizada, com análise de parâmetros laboratoriais de amostras de uma grande quantidade de pessoas em uma única pesquisa. Os resultados do estudo, liderado pelo professor da Universidade de São Paulo (USP), Helder Nakaya, foram descritos em artigo publicado no International Journal of Infectious Diseases.

Os cientistas estabeleceram um perfil laboratorial dos pacientes, com a contagem completa de células sanguíneas, eletrólitos, metabólitos, gases no sangue arterial, enzimas, hormônios, biomarcadores de câncer, dentre outros. Os resultados revelaram que pacientes idosos do sexo masculino têm valores laboratoriais significativamente anormais, incluindo marcadores inflamatórios mais elevados, em comparação com mulheres idosas. Biomarcadores de inflamação, como a proteína C reativa e ferritina, eram mais altos especialmente em homens mais velhos, enquanto outros marcadores, como testes de função hepática anormais, eram comuns em várias faixas etárias, exceto para mulheres jovens.

Segundo os autores do estudo, por ser uma infecção multissistêmica, os pacientes com a forma grave da Covid-19 passam por um processo chamado “tempestade de citocinas”, que é um indicativo de descontrole da inflamação. Isso acontece quando o corpo perde a capacidade de parar esse processo que combateria a doença, desencadeando problemas gravíssimos. Uma hipótese levantada pelo estudo é de que pacientes mais idosos e do sexo masculino têm tendência a ter um descontrole maior da inflamação por conta dessa tempestade de citocinas.

Homens e mulheres apresentaram alterações no sistema de coagulação e níveis mais elevados de neutrófilos, proteína C reativa, lactato desidrogenase, entre outros. Estas alterações foram substancialmente afetadas com o aumento da idade, e o impacto da idade se mostrou mais relevante em homens do que em mulheres. No momento, o grupo de cientistas está trabalhando na expansão destes resultados para testar um escore clínico laboratorial potencialmente capaz de predizer a probabilidade de óbito em pacientes com Covid-19.

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Principais temas de pesquisa da Fiocruz Bahia serão abordados em websérie

A Fiocruz Bahia lança, no dia 10 de maio, uma websérie que aborda as principais pesquisas realizadas na instituição. Os vídeos, publicados semanalmente nas redes sociais, estão divididos em 9 temas: arbovirose, big data, câncer, células-tronco, doença de Chagas, doença falciforme, helmintíase, leishmaniose e tuberculose.

A websérie conta com a participação de mais de 20 cientistas que falam sobre suas linhas de pesquisa, os estudos em andamento e os resultados que têm sido encontrados. O objetivo é reforçar a importância da cultura científica, levando ao conhecimento do público as atividades de pesquisas da instituição, que tem como missão promover a melhoria da qualidade de vida da população através da geração e difusão de conhecimento científico e tecnológico no estado da Bahia e no Brasil.

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Ciclone serviu como gatilho para surgimento de surto de pelagra em Moçambique, aponta estudo

No início de 2019, o ciclone Idai atingiu Moçambique, acompanhado de fortes chuvas, inundações e destruição, principalmente na Província de Sofala. Três meses após o desastre, as autoridades de saúde do distrito de Nhamatanda relataram um grande surto de pelagra, acometendo cerca de 2.300 pessoas. Nhamatanda é um dos distritos mais pobres da Província de Sofala, que possui cerca de 322.500 habitantes, sendo a maioria de pequenos agricultores de subsistência e pequenos comerciantes. A pelagra é causada pela deficiência de vitamina B3 e de um aminoácido chamado triptofano. Os principais sintomas da doença, que pode levar à morte se não for tratada, são dermatite (pele áspera), diarreia e demência.

Uma investigação foi realizada para caracterizar os casos da doença, identificar fatores associados ao desenvolvimento da doença e analisar o impacto do ciclone na segurança alimentar da população atingida. O trabalho faz parte da tese de doutorado realizada no Instituto de Saúde Coletiva (ISC/UFBA), pelo estudante moçambicano Vánio Mugabe, sob a orientação de Guilherme Ribeiro, pesquisador da Fiocruz Bahia e professor da UFBA. Em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde de Moçambique, Mugabe, que também é professor na Universidade Licungo, em Quelimane, Moçambique, tem dedicado seu doutorado ao estudo do impacto das recorrentes tempestades tropicais e ciclones que têm atingindo o país, impactando na saúde da população.

Durante a investigação do surto de pelagra no distrito de Nhamatanda, o doutorando e uma equipe de pesquisadores de Moçambique entrevistaram 69 chefes de família. Também coletaram e compararam dados sobre o padrão alimentar anterior e posterior à chegada do ciclone Idai entre 121 pessoas que desenvolveram a doença durante o surto e 121 indivíduos sem a doença. Os resultados da investigação foram descritos em artigo publicado no American Journal of Tropical Medicine and Hygiene.

A pesquisa apontou que a destruição causada pelo ciclone afetou a segurança alimentar da população local, que já enfrentava escassez de alimentos, mencionada por 51% dos chefes de família entrevistados, antes de o ciclone chegar. Com isso, o consumo de vitamina B3, que já era deficiente mesmo antes da passagem do ciclone, foi reduzido para níveis inferiores àqueles necessários para evitar o surgimento da doença na população.

Os pesquisadores observaram que os indivíduos mais propensos a serem acometidos pela pelagra foram as mulheres (que representavam 91% dos casos e 55% dos controles) e pessoas com menor escolaridade (40% dos casos contra 22% dos controles eram analfabetos). Das 99 mulheres incluídas no estudo por apresentar a doença e com idade maior que 15 anos, oito estavam grávidas e 48 estavam amamentando. Para os cientistas, o aumento da chance das mulheres de terem a doença pode ser parcialmente explicado por fatores culturais, como privação de comida para alimentar seus filhos ou maridos, e causas fisiológicas, como picos hormonais e maior necessidade de nutrientes durante a gravidez e a amamentação. Também se observou que um baixo consumo de alimentos ricos em vitamina B3 e triptofano (como carne, frango, ovos e amendoim) previamente à chegada do ciclone Idai esteve associado a maior chance de acometimento pela pelagra.

No artigo, os autores relataram que, após o ciclone, algumas pessoas ficaram sem comida por até 4 dias até a chegada da ajuda alimentar de agências humanitárias. Com a redução na oferta de comida, algumas famílias tiveram que se alimentar de milho molhado e estragado. As agências distribuíram aves domésticas e sementes, como milho, feijão e de vegetais, para oferecer uma solução de longo prazo, porém, chuvas intensas mais uma vez destruíram as plantações.

Os pesquisadores ressaltam que pobreza, desastres naturais, catástrofes climáticas, guerras, migração e cenários de refugiados são o principal gatilho para o surgimento de surtos de pelagra, pois limitam a disponibilidade e o acesso aos alimentos em quantidade e qualidade necessárias. Em situações como as descritas é fundamental o estabelecimento de ações humanitárias e de solidariedade global entre povos para garantir a disponibilidade de água potável, alimentos, roupas e abrigo de modo a prevenir o surgimento da pelagra e de outros problemas de saúde.

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Projetos de escolas baianas são premiadas na Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente

A 10ª cerimônia de premiação da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA), promovida pela Fiocruz, foi realizada nesta quinta-feira (22/04), no formato virtual. Dentre os projetos premiados em âmbito nacional, três foram de escolas baianas. O projeto “Geografia na fotografia e na poesia”, do Colégio Polivalente, em Vitória da Conquista, recebeu o Prêmio Destaque Nacional, o mais importante do evento. O Colégio Estadual Maria José de Lima Silveira, em Jequié, levou o prêmio “Menina hoje, cientista amanhã” e o Prêmio Especial, com dois projetos sobre gravidez na adolescência.

A cerimônia contou com a presença de Silvana Stoinski, representante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Educação; da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade; da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) da Fiocruz, Cristiani Machado; e da coordenadora nacional da OBSMA, Cristina Araripe. “A Olimpíada de Saúde e Meio Ambiente é fundamental pelos temas que aborda, por ser uma ação educacional, e na Fiocruz ciência, saúde e educação é o tripé de sustentação desses 120 anos de história da instituição, e pelo momento em que nos encontramos”, afirmou a presidente da Fundação.

A diretora da Fiocruz Bahia e coordenadora Regional Nordeste II da OSMA, Marilda de Souza Gonçalves, parabenizou os organizadores e professores que orientaram os trabalhos dos alunos e destacou a importância do evento no momento de pandemia da Covid-19. “Essa integração do meio ambiente tem que ser ressaltada, não existe saúde sem um ecossistema equilibrado. Como servidora da Fiocruz, não posso deixar de falar do orgulho dessa instituição, que discute os problemas vitais e necessários para que a gente seja realmente uma humanidade sadia. A educação transforma, salva vidas e liberta”, declarou.

No evento, a professora Idália Lino, que orientou o projeto “Gravidez na adolescência: a construção de um olhar”, realizado pelas estudantes Brena Argolo e Bruna Oliveira, vencedor do Prêmio Destaque Nacional, falou do empenho das alunas, das dificuldades desse momento na educação e da importância de enfrentar as dificuldades, “nós necessitamos que, cada vez mais, a juventude, de maneira geral, lute e vença os desafios que apareçam nas suas caminhadas, porque só através da educação nós vamos conseguir vencer todos os obstáculos”.

Outros projetos também se destacaram e conquistaram premiações no âmbito regional. São eles: “Incêndios florestais no município de Rio de Contas”, orientado pelos professores Dilcileia Anjos Santos, Jéssica Ferreira da Silva, Sara Pau Ferro, Flor Violeta Liberato Bartilotti e André Lima Reis, do Colégio Estadual Carlos Souto Local, em  Rio das Contas; na categoria Produção Audiovisual; “Roteiro de história em quadrinhos oxy: A garota ácido úrico”, orientado pela professora Karine Brandão Nunes Brasil, do Centro Juvenil de Ciência e Cultura de Vitória da Conquista; na categoria Produção de Texto; e o projeto de Ciências “#partiuE-lixo”, orientado pelos professores Elimar de Sousa Fadigas Carneiro, Patrícia Azevedo Cerqueira Peixoto e Thiago de Carvalho Cunha, do Colégio Estadual Helena Assis Suzart, de Feira de Santana.

Clique aqui e confira o evento completo.

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Pesquisa é lançada para identificar terapias mais usadas contra a Covid-19

A pesquisa intitulada “Covid-19: o nosso cuidado, as nossas ações, os seus efeitos” foi lançada hoje no Brasil. Liderado pela Fundação Antenna, uma organização não governamental (ONG) suíça, que oferece soluções tecnológicas e médicas às populações mais carentes, o estudo tem o objetivo de conhecer os tratamentos e medidas preventivas que pessoas de todo o mundo experimentaram diante da Covid-19.

Com participação de doze universidades e institutos de pesquisas, de treze países, no Brasil, a Fiocruz Bahia é o parceiro responsável pelo projeto, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da instituição, sob coordenação da pesquisadora Milena Soares.

Os milhares de dados obtidos pela pesquisa serão analisados ​​para identificar quais tratamentos podem estar associados a bons resultados. A expectativa é selecionar medidas e terapias mais promissoras para a realização de um estudo clínico que verifique quais experiências podem ser recomendáveis cientificamente, levando em consideração aspectos como eficácia e segurança.

“A Covid-19 é uma doença nova, portanto precisamos aprender com as experiências de todos. As  respostas obtidas, combinadas com as de milhares de outras pessoas, ajudarão a entender quais medidas preventivas e tratamentos funcionam – e quais não. Ao final da coleta de dados, poderemos descobrir tratamentos potencialmente benéficos e medidas que evitam a contaminação da doença, por exemplo”, explica Renata Nogueira, pesquisadora do programa de Medicina da Fundação Antenna.

Qualquer pessoa que teve ou não covid-19 pode responder à pesquisa de forma anônima, por meio de formulário online, independente de idade, de ter ou não problemas de saúde de longa data e de ter usado medicação convencional ou alternativa, ervas, vitaminas, feito dieta especial, atividade esportiva ou nenhum tratamento. A meta é chegar a 5 mil participantes no país.

Para participar, clique aqui. O questionário leva de 7 a 25 minutos para ser respondido. Para mais informações e acesso à pesquisa visite https://pt.rtocovid19.com .

 

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Estudo analisa transcriptoma de lesões na leishmaniose disseminada

Pesquisadores da Fiocruz Bahia realizaram uma análise de todo transcriptoma para investigar a resposta imunológica na leishmaniose disseminada, uma forma da leishmaniose cutânea caracterizada por um elevado número de lesões em todo o corpo. Para o estudo, foi feito o sequenciamento de RNA de sete biópsias de lesões da doença no hospedeiro, que foram comparadas a um grupo controle de amostras de pele saudável. Os achados sugerem que as lesões por leishmaniose disseminada podem ser caracterizadas por uma assinatura inflamatória na qual quimiocinas, neutrófilos e macrófagos estão fortemente presentes, além de marcadores citotóxicos e células NK.

O trabalho liderado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Pablo Ramos, e pela aluna egressa do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (UFBA), Juqueline Cristal, e coordenado pela pesquisadora da Fiocruz Bahia, Aldina Barral, foi descrito no Journal of Investigative Dermatology. Os cientistas identificaram 2.149 genes diferencialmente expressos, desses 1.765 foram regulados positivamente e apenas 384 foram regulados negativamente. Esses resultados indicam que a expressão gênica na leishmaniose disseminada é voltada para a ativação de vias de remodelamento tecidual, com redução da resposta imune celular.

Dados de uma análise sobre a relevância das células T CD4 + e IFN-γ no controle da infecção, para averiguar quais marcadores da resposta imune caracterizaram essa desregulação, reafirmam estudos anteriores que demonstraram que a imunossupressão seletiva, juntamente com a ativação de moléculas citotóxicas, está presente em lesões desta forma da doença.

A comparação, através de metodologias computacionais, entre assinaturas moleculares no transcriptoma na leishmaniose disseminada, leishmaniose cutânea localizada e leishmaniose difusa apontou processos em comum envolvendo inflamação em todas as formas da doença, contudo, processos relacionados à sinalização, desenvolvimento e proliferação foram reconhecidos exclusivamente na forma disseminada, o que pode apontar para mecanismos envolvidos na disseminação do parasito.

Os achados revelaram que a leishmaniose disseminada difere tanto clinicamente de outras formas de leishmaniose cutânea, como também do ponto de vista de expressão gênica, tendo sido este o primeiro conjunto de dados de RNA-seq descrito para lesões de leishmaniose disseminada.

O Brasil é um dos países que mais registram casos de leishmaniose cutânea na América Latina, e estimativas da OMS indicam que mais de 52% da população encontra-se sob risco de infecção pelo parasito causador da doença. A Fiocruz Bahia, em seus vários laboratórios, dedica esforços para compreender, mitigar e combater os impactos desta doença negligenciada na população da região e no país.

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PsiU

O PsiU é um Programa de Extensão da UFBA, coordenado pelo psiquiatra e psicanalista Marcelo Veras, que oferece para pessoas da comunidade UFBA, acolhimento por uma equipe de psicólogos. O atendimento é gratuito e não necessita marcação ou agendamento. A proposta do programa não é oferecer tratamento psicoterápico ou psicanalítico de longo prazo, mas oferecer um espaço de acolhimento e cuidado para os casos de mal estar subjetivo com número de atendimentos limitado. Os casos que necessitem de atendimento prolongado são encaminhados para uma rede de psicólogos relacionados ao programa para realização desse atendimento a preços acessíveis.
 
Por meio de uma parceria estabelecida entre a UFBA e a Fiocruz Bahia, o programa está disponível também para a Comunidade do IGM, incluindo os trabalhadores (servidores e colaboradores), estudantes de pós-graduação e iniciação científica. Os atendimentos estão ocorrendo online e podem ser agendados através do whatsapp 987071041. Para maiores informações, assista ao último Papo Acadêmico com Marcelo Veras, disponível no canal do Youtube da Fiocruz Bahia.
 
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