Palestra abordou fisiopatologia da doença falciforme e perspectivas de tratamento

A Sessão Científica, realizada no dia 19 de novembro, através da plataforma Zoom, recebeu a pesquisadora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, que apresentou a palestra ‘Fisiopatologia da doença falciforme e perspectivas de tratamento’. O evento foi mediado pela pesquisadora da instituição, Camila Indiani, que abriu a atividade apresentando a convidada e destacando a sua relevância para a comunidade científica.

Marilda Gonçalves iniciou agradecendo o convite e falou sobre a epidemiologia da doença falciforme, enfermidade presente na África, península arábica, parte da Ásia, Américas e no Sul da Europa, chegando a afetar entre 300 e 400 mil crianças em todo o mundo. No Brasil, a maior incidência está no estado da Bahia, onde 0,2% das crianças nascem com a forma mais grave da doença. Durante a apresentação, a pesquisadora descreveu algumas condições enfrentadas por pessoas nesta condição, como a hemólise e a falcização das hemácias e os seus desdobramentos, como a disfunção endotelial e o fenômeno de vaso-oclusão.

Marilda também falou sobre as manifestações clínicas ocorridas na doença falciforme, que podem compreender acidente vascular cerebral (AVC) e infartos silenciosos, osteonecrose, sequestro esplênico e hepático, além da suscetibilidade a infecções. “É necessário que o acompanhamento desses pacientes, principalmente aqueles que têm a forma mais grave da doença, a anemia falciforme, seja seguido por uma equipe multiprofissional porque é uma doença que envolve o acompanhamento com várias especialidades clínicas”, afirmou.

A pesquisadora também abordou as diferentes formas de tratamento disponíveis, apresentando as abordagens voltadas a fisiopatologia, transplante de medula óssea, terapia gênica e as terapias adjuvantes – destinadas a suprir os efeitos da hemólise e da vaso-oclusão. Ainda sobre o tratamento, Marilda ressaltou o uso da hidroxiuréia no Brasil, medicamento que reduz a contagem de leucócitos, reticulócitos e plaquetas, e aumenta a produção de hemácias com concentrações elevadas de HbF.

Marilda Gonçalves discorreu ainda sobre os novos estudos e descobertas a respeito de testes terapêuticos e novos fármacos que podem contribuir para o avanço no tratamento da doença falciforme, apresentando resultados de pesquisas nacionais e internacionais. “Nós estamos em um momento muito importante com esses novos tratamentos, como a edição e a terapia gênica. É um momento muito importante para o estudo da doença falciforme”, ressaltou. Marilda apresentou resultados do seu grupo de pesquisa, envolvendo estudos realizados por vários alunos de pós-graduação, todos eles hoje doutores (Thassila Pitanga, Modeste Yahouedehou, Sânzio Santana, Caroline da Guarda, Milena Aleluia e Rayra Santiago), apresentando resultados que investigaram a inflamação e os diferentes mecanismos de ação associados a hidroxiuréia. Por fim, foi aberto o espaço para contribuições por parte dos ouvintes que puderam fazer perguntas e sanar dúvidas a respeito do tema.

 

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Pesquisador da Fiocruz Bahia é novo coordenador do Fio-Chagas

O pesquisador da Fiocruz Bahia, Fred Luciano Santos Neves, foi nomeado, no dia 24/11, coordenador do Programa de Pesquisa Translacional em Doenças de Chagas – Fio-Chagas, para o biênio 2022-2024. É a primeira vez que um cientista de uma unidade regional ocupa o cargo. Também ocupam esta posição os pesquisadores da Fiocruz André Roque (IOC), Tânia C. Araújo Jorge (IOC) e Luiz Henrique Conde Sangenis (INI).

“Sempre participei ativamente do programa, desde a época que se chamava PIDC (Programa Integrado de Doença de Chagas). Durante os últimos anos muitas parcerias foram firmadas dentro do Fio-Chagas, o que facilitou o desenvolvimento do TR Chagas e sua produção por Bio-Manguinhos. Os desafios serão grandes neste próximo biênio, mas os resultados para a Fiocruz serão valiosos. Muito orgulho de ter recebido o convite”, declarou Neves.

Fred Luciano é um um dos idealizadores do TR Chagas, novo kit diagnóstico para doença de Chagas crônica, que obteve registro da Anvisa em 2020. O teste rápido, que dá o resultado em 15 minutos, será produzido pela unidade produtora de imunobiológicos da Fiocruz, Bio-Manguinhos, e irá contribuir para a melhoria do diagnóstico da doença no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente nas ações de controle e vigilância epidemiológica coordenadas pelo Ministério da Saúde.

O Fio-Chagas é composto por vinte e seis grupos de pesquisa, reunindo pesquisadores das diversas unidades da Fiocruz. Tem como missão ser protagonista decisivo na pesquisa em doença de Chagas e gerar produtos aplicáveis ao SUS; ser referência na elaboração de estratégias de vigilância nesta enfermidade; e elaborar estratégias educativas para a conscientização da população com relação aos diferentes aspectos da doença.

O Programa promove a articulação de grupos de pesquisa biomédica, clínica, de desenvolvimento tecnológico em saúde coletiva em torno de projetos que desenvolvem respostas para as necessidades e questões críticas para o controle de agravos, no caso a doença de Chagas, estimulando a composição de equipes inter laboratoriais, interunidades e interinstitucionais. A iniciativa assegura uma contribuição efetiva da Fiocruz para o controle da doença de Chagas no século 21, com metas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

Sobre o pesquisador

Fred Luciano possui graduação em Farmácia-Bioquímica e mestrado em Patologia Humana pela IGM/UFBA, e doutorado em Biociências e Biotecnologia em Saúde pela Fiocruz Pernambuco. Atualmente, é Pesquisador da Fiocruz Bahia, onde vem se dedicando a estudos sobre a busca de biomardores diagnósticos de doenças infecto-parasitárias. Docente permanente do curso de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (conceito 6), da Fiocruz Bahia, é responsável pela disciplina Desenvolvimento de Ferramentas Diagnósticas para Identificação de Patógenos. Atualmente é pesquisador nível 2 do CNPq.

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Dissertação caracteriza perfil bioquímico, hematológico e inflamatório em camundongos falciformes

Autoria: Gustavo Marinho Miranda
Orientação: Jaime Ribeiro Filho
Título da dissertação: “Caracterização do perfil bioquímico, hematológico e inflamatório em camundongos falciformes: correlações com o metabolismo lipídico e produção de eicosanoides em modelo de úlcera cutânea”
Programa: Pós-Graduação em Patologia
Data de defesa: 16/12/2021
Horário: 09h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO: A Anemia Falciforme é uma hemoglobinopatia autossômica recessiva, caracterizada pela mutação na sexta posição do gene da β-globina (GAG → GTG) que leva à substituição do ácido glutâmico por valina, gerando a hemoglobina S (HbS). Sua patogênese está relacionada com a polimerização da HbS, vaso-oclusão e inflamação estéril com posteriores complicações e alterações sistêmicas. As úlceras falciformes são complicações que afetam 8% a 10% dos pacientes com AF. Nesse contexto, embora seja estabelecido que a úlcera falciforme tanto resulte da predisposição dos pacientes, como induza processos inflamatórios, os mecanismos envolvidos, em particular, a participação dos mediadores lipídicos, permanecem por ser melhor investigados. OBJETIVO: Caracterizar o perfil hematológico, bioquímico e inflamatório de camundongos humanizados para anemia falciforme e avaliar as alterações locais e sistêmicas induzidas pela úlcera cutânea nestes animais. MATERIAIS E MÉTODOS: Após anestesia, amostras de sangue total, soro, órgãos e fragmentos de pele de camundongos da linhagem Townes B6:129 foram coletados a fim de determinar as diferenças basais em parâmetros bioquímicos, hematológicos e inflamatórios de camundongos sadios (AA), com traço falciforme (AS) e com anemia falciforme (SS). No modelo murino de úlcera falciforme, quatro lesões cutâneas de 4 mm foram induzidas no dorso dos animais, e amostras destas lesões foram coletadas nos tempos de 0, 24 e 72h após a indução das úlceras. Nestes mesmos períodos de avaliação, amostras de sangue total foram destinadas à análise de hemograma e leucograma por análise semiautomatizada, utilizando equipamento URIT 5160 Vet e esfregaços sanguíneos corados com Romanowsky. Análises bioquímicas de colesterol total (CT), triglicerídeos, AST, ALT, ureia e creatinina realizada no soro, por espectrofotometria por método automatizado no equipamento Smart Vet 200+. As concentrações de PGE2 e LTB4 no soro foram avaliados por ELISA. A expressão de genes associados à produção de eicosanoides tais como COX-1, COX2, 5-LO, PLA2 e PLIN2 nas lesões cutâneas foram determinadas por RT-qPCR. Análises histológicas do infiltrado inflamatório foram realizadas por microscopia em lâminas coradas por H&E, utilizando o programa Imaje J 1.53. As diferenças entre os grupos e respectivos tempos foram avaliadas por pelos testes One-way ANOVA, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, utilizando o programa Graphpad Prism 8.0.2. RESULTADOS: A caracterização dos parâmetros basais mostrou que animais SS apresentaram anemia hemolítica grave e leucocitose, enquanto o grupo AS se assemelhou ao controle. Níveis elevados de AST foram observados nos grupos AS e SS em comparação ao grupo AA, enquanto ALT do grupo SS estava elevada em comparação com os grupos AA e AS, e os níveis de creatinina do grupo SS foram significativamente maiores que o grupo AA. No grupo SS a concentração sérica de PGE2 se mostrou elevada enquanto os níveis de LTB4 estavam diminuídos em comparação com os animais do grupo AA e AS. Correlações negativas entre hemoglobina, hemácias, hematócrito e PGE2 foram observadas. As alterações induzidas pela úlcera no hemograma do grupo SS não foram significantes. No entanto, houve redução dos leucócitos totais em 24h e aumento em 72h nesse grupo. Em contrapartida, o infiltrado leucocitário tecidual apresentou aumento em 24h e leve redução em 72h. No grupo SS em 24h, houve redução de CT e de AST. Já em 72h, observamos aumento do CT e redução de ALT e creatinina no mesmo grupo. Ainda no grupo SS, o perfil de expressão da COX-2 no tecido aumentou em 72h, enquanto a PGE2 e LTB4 sistêmicos não apresentaram alterações significativas. CONCLUSÃO: Animais transgênicos com anemia falciforme apresentam alterações bioquímicas e hematológicas que estão correlacionadas a um desbalanço no metabolismo lipídico e produção de eicosanoides, contribuindo para um maior estado inflamatório em nível basal. A indução de úlcera cutânea neste modelo leva a um maior recrutamento de leucócitos nos animais doentes em comparação com os animais saudáveis e com traço falciforme, o que parece estar relacionado com as alterações bioquímicas, hematológicas e inflamatórias apresentadas por estes animais. Palavras-chave: Camundongos transgênicos; Doença falciforme; Eicosanoides; Inflamação; Úlcera cutânea.

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Nota de esclarecimento sobre posicionamento da Fiocruz Bahia para realização do Carnaval de Salvador

Em virtude das recentes citações à Fiocruz Bahia em torno do debate sobre a realização do Carnaval de Salvador em 2022, esclarecemos que a seleção de trechos específicos do ofício encaminhado à Comissão de Retomada de Eventos da Câmara Municipal de Salvador, no dia 22 de novembro de 2021, está levando a uma interpretação errônea de que a Fiocruz Bahia avalizou a realização do Carnaval de Salvador, que reúne milhões de pessoas, se 90% da população da capital baiana estiver vacinada.

No documento, o observatório Covid-19 da Fiocruz, destaca de início, a partir da avaliação de especialistas em epidemiologia da instituição, que têm acompanhado a evolução da pandemia desde março de 2020, que “tudo dependerá do cenário no período que antecede o carnaval, a partir de janeiro”, em função das consequências das comemorações de final de ano e das férias escolares. Esta ressalva apontava o grau de incerteza em que nos encontramos no momento, o que impediria afirmativas categóricas sobre o planejamento de um evento de grandes dimensões, com aglomeração inevitável de milhões de pessoas.

Assim, a recomendação de avanço da vacinação, a pelo menos 90%, seria o fator necessário para que fosse iniciada qualquer discussão, ou seja, atingida esta margem, será necessário avaliar outros fatores citados no documento, a exemplo, do controle da entrada de não vacinados e a testagem, uma vez que o evento atrai indivíduos de outras regiões do Brasil e de outros países.

A Fiocruz, como instituição paradigmática no âmbito da saúde, com amplo reconhecimento nacional e internacional, sempre atuou em favor da vida, da saúde dos indivíduos e coletiva. Nossa atuação durante a pandemia da Covid-19 demonstra nosso compromisso centenário com a saúde dos brasileiros. Desta forma, é equivocado informar que a Fiocruz Bahia se posicionou a favor da realização do Carnaval de Salvador, uma vez que as recomendações colocadas no referido ofício não estão sequer contempladas para que fosse iniciada a discussão.

A Fiocruz Bahia sempre esteve disponível para dialogar com outras instituições representativas da sociedade, por isso não nos furtamos em participar de debates públicos que versem sobre políticas públicas que irão atingir a saúde dos brasileiros, principalmente em momento de alerta de nova onda da Covid-19, em diversos países da Europa, e com a possibilidade de aparecimento de novas variantes do SARS-Cov-2. Continuamos abertos ao diálogo para que a saúde da população seja preservada e priorizada.

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Resposta de teste rápido para esquistossomose é analisada em dissertação

Autoria: Ronald Alves dos Santos
Orientação: Ricardo Riccio Oliveira
Título da dissertação: “Avaliação do padrão de resposta do teste rápido em urina para o diagnóstico da esquistossomose, POC-CCA, em uma população de elevada endemicidade no Estado da Bahia”
Programa: Pós-Graduação em Patologia
Data de defesa: 17/12/2021
Horário: 14h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO: A esquistossomose é uma doença negligenciada causada por helmintos do gênero Schistosoma, e reconhecida como um importante problema de saúde pública que afeta especialmente as comunidades mais pobres ao redor do mundo. A esquistossomose possui uma ampla distribuição ao redor do mundo, porém, está restrita apenas às zonas tropical e subtropical, onde vivem os parasitos e seus hospedeiros intermediários, fator esse que influencia diretamente na distribuição global da doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) as pessoas mais suscetíveis a contrair a esquistossomose são as que habitam áreas carentes, cuja fonte de renda principal seja a pesca ou a agricultura em rios e lagos com caramujos infectados. O diagóstico atualmente é realizado por exame parasitológico de fezes, pelo método Kato-Katz, o que representa uma limitação dos estudos e inquéritos parasitológicos, considerando o cenário epidemiológico atual do Brasil. Alguns testes diagnósticos estão sendo propostos e avaliados em todos o mundo, dentre eles, destaca-se o teste rápido em urina POC-CCA. OBJETIVO: Determinar a frequência de positividade do teste rápido em urina para o diagnóstico da esquistossomose, POC-CCA, em uma população de alta prevalência no estado da Bahia, antes e após o tratamento da esquistossomose. METODOLOGIA: Trata-se de uma coorte realizada no município de Conde-BA, localizado a cerca de 170 km de Salvador-BA. Foram incluídos indivíduos de ambos os sexos com idade entre 4 e 70 anos que entregaram amostras de fezes e urina. As amostras de fezes foram utilizadas para a confecção de duas lâminas de Kato-Katz, e as de urina para a execução do POC-CCA e tira reagente de urina. Para as análises do póstratamento, todos os indivíduos que receberam o tratamento para a esquistossomose e enviaram amostras de fezes e urina foram incluídos. O acompanhamento foi realizado em cinco momentos: avaliação pré-tratamento (D0), tratamento (D30), controle de cura (D30), acompanhamento 180 (D180) e 360 (D360) dias após tratamento. RESULTADOS: Foi identificada a presença de ovos de S. mansoni em 189 indivíduos (55,59%) com mediana da carga parasitária de 36 (12–108) ovos por grama de fezes (OPG). Para a avaliação do POCCCA das 273 amostras no D0, 58,24% (n=159) foram positivas para o Antígeno Catódico Circulante (CCA), destes, 18,32% (n=50) foram considerados falso-negativos; 19,05% (n=52) falso-positivos; 23,44% (n= 64) verdadeiro-negativos e 39,19% (n=107) verdadeiro-positivos. Demonstramos ainda que a densidade da urina é um fator que interfere no desempenho do OC-CCA, onde urinas com densidade mais elevada aumentar a chance de resultados falso negativos no POC-CCA CONCLUSÃO: O POC-CCA, apesar de apresentar uma frequência de resultados positivos maior do que a trazida por duas lâminas de Kato-Katz, apresenta um número considerado de falso-negativos, especialmente entre os indivíduos com baixa carga parasitária. O POC-CCA mostrou as mesmas falhas que o Kato-Katz, no que diz respeito a sensibilidade em amostras com baixa carga parasitária, além disso, o método demonstrou sofrer influência da densidade urinária. Por essa razão a utilização em larga escala do POCCCA não pode ser recomendada em seu formato atual. É possível que a adequação do teste ou do estado do paciente, como a recomendação de hidratação do paciente antes da coleta de material, ou utilização de solução tampão durante a aplicação da amostra, possam auxiliar na melhoria de desempenho deste teste em regiões de alta endemicidade do Brasil.
PALAVRAS CHAVE: Schistosoma mansoni; Diagnóstico; POC-CCA.

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Projeto Sons e Imagens da Bahia realiza mostra de cinema

Nesta quinta-feira, 25/11, às 18h, acontece a Mostra de Cinema do Projeto Sons e Imagens da Bahia. O evento, aberto ao público, será transmitido pelo canal da Fiocruz Bahia, no YouTube. Os vídeos exibidos são fruto de oficinas de audiovisual ministradas a alunos da rede estadual de ensino, para a produção de curta-metragens.

O objetivo do projeto, que vem sendo realizado desde agosto deste ano, é proporcionar aos estudantes conhecimento em estratégias de promoção e disseminação da cultura popular e da divulgação científica da saúde, além de incentivar a produção digital e audiovisual como linguagem interdisciplinar.

Esta é uma ação do projeto Sons e Imagens da Bahia através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com gestão cultural da SPCOC, em parceria com a Fiocruz Bahia, apoio da Secretaria de Educação e Governo do Estado da Bahia, assim como produção da Giro Planejamento Cultural. O projeto Sons e Imagens da Bahia conta com o patrocínio da Bayer e realização da Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

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Webinar sobre medicina personalizada acontece em 25/11

O 2º EULAC PerMed Webinar 2021In Silico Models and Personalised Medicine será realizado no dia 25 de novembro, às 10h, pelo Zoom. O evento, promovido através do projeto internacional EULAC-PerMed, do qual a Fiocruz é membro, reunirá palestrantes e participantes de países da Europa, América Latina e do Caribe, visando intercâmbio de conhecimentos e estratégias relacionadas à implementação da pesquisa em Medicina Personalizada. 
 

O webinar conta com a participação da pesquisadora do Hospital Sírio Libanês, Anamaria Aranha Camargo, que ministrará a palestra “Precision Oncology In Brazil:A Promising Future But Along Way To Go”, e do pesquisador do Centro de pesquisa Jülich GMBH na Alemanha, Marc Kirsncher, que abordará o tema “A European Standardization framework For Data integration And Data-Drivenin-Silico Models For personalised Medicine”.

Acesse o link para participar do evento.

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Tese investiga a modificação de aminoácidos e do envelope do vírus Zika

Autoria: Jamile Gomes Conceição
Orientação: Ramon dos Santos El-Bachá
Título da tese: Estudo da interação da fenilfluorona com aminoácidos da glicoproteína e do envelope do vírus Zika e seus efeitos em células in vitro
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana
Data de defesa: 30/11/2021
Horário: 14h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

Zika é uma doença que se tornou um problema de saúde pública mundial. O vírus pertence a família Flavivírus, e possuem resíduos de arginina, lisina e cisteína que são altamente preservados na glicoproteína E. Catecóis ao se oxidarem geram quinonas e semiquinonas altamente reativas, que são capazes de se ligar a resíduos de arginina, lisina e cisteína de proteínas. Catecóis podem modificar covalentemente a estrutura de aminoácidos da glicoproteína E, alterá-los covalentemente e interferir na infectividade viral. OBJETIVO: Este trabalho investigou a modificação de aminoácidos da glicoproteína e do envelope do vírus Zika através da Fenilfluorona. METODOLOGIA: Foram analisados os locais de ligação da fenilfluorona com resíduos de aminoácidos da glicoproteína E in silico. Foi identificada a concentração não citotóxica da Fenilfluorona em linhagem de glioblastoma U-251 através de testes de viabilidade celular. Comparou-se a infectividade do vírus selvagem (não modificado com Fenilfluorona) com a do vírus modificado em cultura de células Vero pela formação de unidades formadoras de placas (PFU). Investigou-se a resposta imunológica por ELISA através da expressão de citocinas TNF,IL-8 e IL-10. RESULTADOS: Os resultados demonstraram que a fenilfluorona interage com a glicoproteína E do zika vírus. A fenilfluorona não apresenta citotoxicidade para células de glioblastoma U-251 em uma mediana de 49,9 µM. O vírus modificado com a fenilfluorona apresentaram redução da PFU em células Vero. Não houve alteração estatisticamente significativa de interleucinas IL-8, IL-10 e TNF nas células infectadas com o vírus modificado. CONCLUSÃO: Entende-se que a fenilfluorona interage com a glicoproteína E do vírus da Zika. Concentrações não tóxicas de Fenilfluorona não interferem na viabilidade de linhagens de células de glioblastomas U-251. Os vírus modificados com fenilfluorona tem sua infectividade reduzida em células Vero. Não há mudança na expressão de interleucinas. O vírus modificado não altera o perfil de expressão de das interleucinas IL-8 IL-8, IL-10 e TNF em glioblastomas.

Palavras-chave: células de glioblastoma, Zika vírus, Fenilfluorona.

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Tese avalia prevalência de doença reumática e sarcopenia na população do ELSABrasil

Autoria: Lélia Renata Carneiro Vasconcelos
Orientação: Maria da Conceição Chagas de Almeida
Título da tese: “SARCOPENIA E OCORRÊNCIA DE DOENÇAS REUMÁTICAS ENTRE OS PARTICIPANTES DO ELSA-Brasil”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 30/11/2021
Horário: 14h30
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO: A sarcopenia é caracterizada pela redução de massa e força muscular esquelética de forma progressiva. Está associada a eventos negativos de saúde e nos casos mais graves pode levar a limitações e síndrome da fragilidade. Existe associação entre sarcopenia e doenças crônicas, entre elas, as doenças reumáticas. As doenças reumáticas (DR) compreendem uma gama de patologias com diferentes manifestações clínicas, entre as quais, a dor, desgaste em estruturas do aparelho locomotor, limitações funcionais, que levam a redução da qualidade de vida, da produtividade e a elevados custos de assistência à saúde. Tanto a sarcopenia quanto as DR, têm em comum o caráter inflamatório, as repercussões negativas ao estado de saúde e são consideradas um problema de saúde pública. O conhecimento sobre a frequência e fatores associados a sarcopenia poderão constituir-se como insumos importantes para triagem e identificação precoce desta patologia entre pacientes reumáticos. OBJETIVO: Nesse sentido, o propósito do presente estudo é estimar a prevalência de DR e sarcopenia e analisar a associação entre a presença de doenças reumáticas e a ocorrência de sarcopenia na população do ELSABrasil. METODOLOGIA: Tratar-se de um estudo transversal que utiliza dados oriundos do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), uma coorte prospectiva, que conta com uma população de 15.105 participantes, homens e mulheres funcionários de seis Instituições de diferentes regiões do país, com idade entre 34 e 75 anos. Os dados fazem parte da linha de base realizada 2008 a 2010 e da etapa ocorrida entre 2012 a 2013. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista utilizando questionário estruturado, além da realização de exames complementares para acompanhamento do estado de saúde, entre eles a força de preensão palmar e bioimpedância. A prevalência de sarcopenia foi calculada usando dois critérios de diagnóstico. O primeiro critério com base na perda de massa muscular (sarcopenia grau I); e o segundo critério com base na redução da força e da massa muscular (sarcopenia grau II). Na análise dos dados foram utilizados procedimentos da estatística descritiva, medidas de associação para variáveis categóricas. Foi realizada análise de regressão logística bruta e ajustada para verificar possíveis fatores intervenientes. RESULTADOS: Para esse estudo foram selecionados 7.708 indivíduos, sendo a maioria mulheres (n=3864), com média de idade 51,85 ± 9,0 anos, brancos (as), que vivem com companheiro(a), tem nível superior de escolaridade, estavam no maior tercil de renda, e exerciam trabalho não manual e não rotineiro. A prevalência de doenças reumáticas foi de 33,7%. Foram consideradas todas as doenças reumáticas relatadas. A prevalência de sarcopenia variou de 1,2% a 16,7% de acordo o critério de classificação utilizado. As variáveis idade e presença de comorbidades mantiveram associação positiva estatisticamente significante tanto para sarcopenia quanto para DR para ambos os sexos. Foi verificada associação positiva estatisticamente significante entre doenças reumáticas e sarcopenia grau II entre as mulheres. CONCLUSÃO: Os achados deste estudo sugerem que na presença de DR, o comprometimento da massa muscular e força muscular possa ser mais significativo para pessoas do sexo feminino. Descritores: Sarcopenia, Doenças Reumáticas, Epidemiologia, Saúde.

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Fiocruz Bahia celebra Dia Nacional de Combate à Tuberculose (17/11)

Nesta quarta-feira, 17/11, é celebrado o Dia Nacional do Combate à Tuberculose. Apesar de ser curável, a doença é responsável pela quarta maior taxa de mortes por infecção no Brasil, são 70 mil casos em média por ano, segundo dados do Ministério da Saúde. A data surgiu com o propósito de alertar os brasileiros para a prevenção e a importância do tratamento da doença, que é eficaz e em uma ou duas semanas já diminui a capacidade do paciente de infectar as pessoas de seu convívio, embora os cuidados devam ser seguidos mesmo após o fim dos sintomas.

Os sintomas mais comuns são tosse por mais de três semanas (às vezes, com sangue), dor ao respirar ou tossir, perda de peso, febre, fadiga e dores pelo corpo, especialmente no peito. Muitos indivíduos não apresentam qualquer tipo de sintoma inicial após a infecção, desenvolvendo a doença pulmonar anos após o contato com a bactéria. Aplicada logo nos primeiros dias de vida, a vacina BCG é altamente eficaz na proteção contra o desenvolvimento de doenças como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar nos primeiros anos de vida, porém em adultos essa proteção é insuficiente para controlar a transmissão.

A tuberculose pode ser detectada através de exames, como a radiografia de tórax, disponível gratuitamente pelo SUS, assim como todo o tratamento. Na Bahia, o quinto estado com maior número de casos, a taxa de abandono do tratamento pelos pacientes chega a 8,1%. O risco de a doença se agravar novamente é muito grande e a bactéria pode ficar resistente aos medicamentos. 

Pesquisadores da Fiocruz Bahia atuam em estudos sobre a doença, o desenvolvimento de práticas para melhor diagnóstico e tratamento dos pacientes e vacina. Uma das pesquisas mapeou a interação entre tuberculose e diabetes, analisando como a origem do aumento do risco de adquirir tuberculose ativa em pessoas com diabetes é multifatorial.

Confira o vídeo da pesquisadora da Fiocruz Bahia, Theolis Bessa, vice-líder do Grupo de Pesquisa Clínica Fiocruz em Tuberculose, sobre a importância da data:

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SciNEXT abordou oportunidades de carreira científica nacional e internacional

Nos dias 5 e 6 de novembro, ocorreu o SciNEXT: Nova geração de cientistas, realizado em parceria entre a Fiocruz Bahia e o Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Vale do Silício, com o objetivo de discutir sobre oportunidades de carreira científica nacional e internacional. Esta primeira versão teve como público alvo toda a comunidade acadêmica da Fiocruz Bahia. Confira a playlist das palestras.

Foram 105 inscritos, com alunos e alunas do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC), incluindo os ICs Junior (PROVOC), os discentes do Programa de formação técnica em ciência, tecnologia e inovação em saúde (PROFORTEC-SAÚDE), bem como discentes de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Patologia Humana (PGPAT), da Universidade Federal da Bahia em ampla associação com a Fiocruz Bahia, Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PGBSMI) da Fiocruz Bahia, bem como do curso de Pós-graduação em Pesquisa Clínica e Translacional (PGPCT).

No primeiro dia do evento, as boas-vindas aos participantes foram dadas por Valéria Borges, coordenadora de Ensino da Fiocruz Bahia e do PGPAT, e Cynthia Michels, uma das líderes do Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Vale do Silício. A palestra de abertura foi proferida por Patrícia Veras, ex-vice-diretora de Ensino e Comunicação da Fiocruz Bahia, com o tema: Atração de jovens para o futuro da Ciência, tendo como moderadora Juliana Menezes Fullam, coordenadora do PROIIC. Logo após, foi apresentado o Programa Meninas Baianas na Ciência: conectando passado, presente e futuro e suas perspectivas, pela pesquisadora da Fiocruz Bahia, Karine Damasceno, que compõe a comissão do programa juntamente com as pesquisadoras Natália Tavares e Isadora Siqueira.

Em seguida, aconteceu a mesa-redonda ‘Trajetórias de carreiras de mulheres cientistas da Fiocruz Bahia’, com Camila Indiani, ex-vice-diretora de Pesquisa da Fiocruz Bahia; Cecilia Favali, egressa do PGPAT e atual docente da Universidade de Brasília, e Deborah Fraga, egressa do PGBSMI e atual coordenadora do mesmo Programa.

No dia 6 de novembro, a mesa-redonda ‘Desafios e facilidades de trabalhar com ciência no exterior’ foi moderada pela cientista Raquel Santana e teve a participação das pesquisadoras do Comitê Ciência do Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Vale do Silício,  Eliza Alves-Ferreira, Liliana Massis, Luciana Frazão  e Nárjara Grossmann falando de suas trajetórias acadêmicas e profissionais no exterior.

O evento também contou com Márcia Fournier, co-fundadora e presidente da ONG Dimensions Sciences, e Lucas Cunha, analista do BRASA – Associação de estudantes brasileiros no exterior, tendo como moderadora Cynthia Michels, na última mesa intitulada ‘Quer estudar ou trabalhar com ciência no exterior?’. Os palestrantes compartilharam sobre suas experiências profissionais, sobre a missão das instituições que representam e responderam perguntas dos discentes sobre como aplicar para oportunidades internacionais. O evento foi encerrado com a fala da Diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves.

Cynthia Michels pontuou que foi uma parceria frutífera entre a Fiocruz Bahia e o Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Vale do Silício, que conta com cientistas que atuam no governo, no setor privado e na academia nos Estados Unidos, sem nunca perderem o foco em contribuir para a valorização e o fortalecimento da ciência no Brasil. Segundo Valéria Borges, o SciNEXT: Nova geração de cientistas foi um evento marcante da Equipe de Ensino, coordenada por Cláudia Ida Brodskyn, atual Vice-Diretora de Ensino. 

“Nosso corpo discente em diferentes estágios de formação desde a Iniciação Científica à Pós-graduandos, acompanharam todas as atividades da  programação com curiosidade e entusiasmo e fizeram uma avaliação positiva”, disse. “O SciNEXT foi um evento diferente de tudo o que eu já vi na Fiocruz Bahia. Considero um espaço de acolhimento, empoderamento e formação de novos líderes em um tempo muito oportuno”, declarou Igor Muller, egresso de mestrado do PGBSMI.

Já a IC Ana Caroline Santos declarou que se eu tivesse que escolher uma palavra para definir o SciNEXT 2021, escolheria inspiração. “De fato, o evento foi marcado pela exposição de trajetórias marcantes de grandes mulheres cientistas, que mostraram como vale a pena persistir no sonho de tornar-se cientista, mesmo em meio aos desafios que se enfrentam no caminho”. Veja mais depoimentos dos discentes neste link.

Sobre Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Vale do Silício

O Grupo Mulheres do Brasil, presidido por Luiza Helena Trajano, foi fundado em 2013 por 40 mulheres de diferentes segmentos com o intuito de engajar a sociedade civil na conquista de melhorias para o país. São mais de 98 mil mulheres no Brasil e no exterior, atuando de forma voluntária em causas alinhadas com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, em mais de 150 Núcleos. O Núcleo Vale do Silício, organizador do SCINEXT junto com a Fiocruz Bahia, é liderado por Monica Kangussu-Marcolino, Aline Fontes e Cynthia Michels, e tem como objetivo construir uma ponte entre o Brasil e o Vale do Silício em prol do desenvolvimento do País.

O Núcleo Vale do Silício é composto por diferentes comitês temáticos, entre eles o Comitê Ciência, que tem como missão contribuir para a valorização da ciência no Brasil através principalmente de ações que fortaleçam a presença das  mulheres na ciência. O comitê é liderado por Eliza Alves-Ferreira, Liliana Massis e Nárjara Grossmann, e é composto pelas também cientistas Raquel Santana e Luciana Frazão.

Saiba mais no link: https://www.grupomulheresdobrasil.org.br/

Sobre as instituições parceiras:

Dimensions Sciences

A Dimensions Sciences, presidida por Márcia Fournier, visa promover a inclusão na ciência de grupos étnicos, culturais, raciais, religiosos, e minorias de gênero, além de fornecer oportunidades que promovam a diversidade e o crescimento profissional. Em parceria com o Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Vale do Silício, fundaram e coordenam  o prêmio ScientistA, uma iniciativa com os principais objetivos de homenagear cientistas brasileiras trabalhando nos EUA e conectar os pesquisadores brasileiros nos Estados Unidos. 

Saiba mais sobre o Dimensions Science e da premiação do ScientistA nos links: https://dimensionssciences.org/ e https://www.grupomulheresdobrasil.org.br/premio-scientista-conheca-a-historia-do-projeto/

BRASA

A associação de estudantes brasileiros no exterior, BRASA, oferece benefícios como ajuda financeira, mentoria e atividades de desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional para estudantes de baixa renda que estudam ou irão estudar em uma universidade no exterior. Fundado em 2018, o programa já conta com três gerações de bolsistas. A organização tem como missão, fomentar a igualdade de oportunidades para que talentos brasileiros realizem o sonho de estudar no exterior.

Saiba mais no link: https://www.bolsas.gobrasa.org/

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Depoimentos SCINEXT

Depoimentos SCINEXT

O que o evento SciNEXT contribuiu para sua formação acadêmica?

“Além de todas as oportunidades maravilhosas para os pesquisadores, eu notei no SciNEXT que todos nós passamos por momentos em que duvidamos de nossas capacidades, mas que apesar disso devemos nos sentimos capazes de lutar por nossos sonhos.”

Pedro Olivaldo Santos Júnior, Iniciação Científica

 

 

 

“Amei o evento! Concordo que foi emocionante e humano ver as pesquisadoras contando suas trajetórias e histórias de como não foi fácil chegar onde elas estão hoje, um aprendizado bastante importante para quem nem começou ainda! Eu me vi nelas, pois muitas vezes julgamos que deve ter sido fácil, mas sei que não vai ser. Esse evento me deu um gás a mais!”

Laiane Almeida Santos, PROVOC

 

 

 

“Acho que se eu tivesse que escolher uma palavra para definir o SciNEXT 2021, eu escolheria inspiração. De fato, o evento foi marcado pela exposição de trajetórias marcantes de grandes mulheres cientistas, que mostraram como vale a penar persistir no sonho de tornar-se cientista, mesmo em meio aos desafios que enfrentam no caminho. Ademais, a exposição de projetos como o “Meninas baianas na ciência” mostrou como é possível e importante aproximar a ciência da população, especialmente de adolescentes em formação e, ainda, a apresentação de empresas que fomentam a vivência de experiências no exterior foi também outro grande marco do evento, que serviu como um potente estímulo para prosseguir no sonho da pesquisa científica”.

Ana Carolina Santos, Iniciação Científica

 

“Foi incrível 🤩

Fiquei muito feliz com a oportunidade! Parabéns pela ideia e pela organização! Foi um evento muito inovador e necessário!”

Lorena Cunha Martins, Apoio técnico

 

 

 

 

“Minha experiência no evento SciNEXT foi única e inesquecível que com certeza vou levar para toda minha vida acadêmica e profissional, através da palestras e mesas redondas ministradas fiquei ainda mais motivada a seguir a carreira acadêmica e científica, cada vivência e experiência passada pelas palestrantes foi de grande aprendizado e incentivo principalmente em relação a especialização no exterior que sempre foi um sonho, e através do evento pude me sentir mais próxima dessa realidade e entender que é possível chegar lá! Agradeço a todos os envolvidos por essa experiência tão enriquecedora! Espero que tenhamos mais nos próximos anos! “

Mariellen Santos de Jesus Souza, Iniciação Científica, graduanda em Farmácia

 

 

“O SCINEXT foi um evento diferente de tudo o que eu já vi na Fiocruz Bahia. Considero um espaço de acolhimento, empoderamento e formação de novos líderes em um tempo muito oportuno. Fomos acolhidos ao conhecer as trajetórias de pesquisadoras de destaque em nossa instituição e notar os percalços que também vivenciamos sendo por elas superados. Fomos empoderados ao entender que é possível vencer os nossos desafios, em nossas realidades, e continuar fazendo ciência, afinal, os tempos ruins passam, mas a ciência permanece. E finalmente, foram nos apresentados caminhos, alternativas e ferramentas para a construção de uma carreira sólida e bem sucedida, seja ela no contexto nacional ou internacional. Particularmente, considero esse último momento o mais valioso de todos, pois confere ao aluno independência na tomada de decisões e expande o seu leque de possibilidades. Muito obrigado Fiocruz Bahia, Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Vale do Silício e ao BRASA!”

Igor Muller, egresso de mestrado do PGBSMI

 

“O evento contribuiu de forma importante para a minha formação acadêmica. Através do depoimento das cientistas brasileiras ficou claro a importância de se dedicar aos estudos durante a pós-graduação, assim como perseverar para alcançar os objetivos na carreira. Além disso, percebi que estudar ou trabalhar no exterior é um sonho possível. E mais importante, estudando no exterior, podemos voltar para nosso país para retribuir o conhecimento adquirido.”

Márcio Almeida, discente de doutorado do PGPAT

 

 

 

“Participar da primeira edição do Scinext me promoveu um novo incentivo para buscar novas experiências científicas internacionais! Foi gratificante conhecer a história de grandes pesquisadoras que já estiveram exatamente no mesmo lugar em que estou agora.”

Yasmin Santos Freitas Macedo, discente de mestrado do PGBSMI

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Papo Acadêmico discute cuidado emocional com a Comunicação Não Violenta

O Papo Acadêmico, realizado no dia 29 de setembro, através da plataforma virtual Zoom, abordou o tema ‘Cuidado Emocional com a Comunicação Não Violenta (CNV)’, apresentado pela bióloga Thayna Meirelles. A convidada, que é mestre pelo Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI), da Fiocruz Bahia, e doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), falou sobre o papel da CNV, destacando a proposta de mudanças na forma de nos relacionarmos com o outro e compartilharmos poder.

O evento, que contou com a presença de professores, alunos e demais colaboradores dos programas de pós-graduação da Fiocruz Bahia, foi mediado pela coordenadora de Ensino Valéria Borges, que falou sobre a importância da iniciativa. “O Papo Acadêmico foi criado em 2019 com a proposta de ser, de fato, um lugar de acolhimento e troca com o nosso corpo discente, a coordenação dos programas e toda a equipe de ensino da Fiocruz Bahia. E hoje nós temos o prazer de receber uma egressa de mestrado que irá compartilhar sobre sua trajetória e atual área de atuação”, afirmou.

Em sua apresentação, Thayna Meirelles falou sobre a sua formação acadêmica, sua passagem pela Fiocruz Bahia e como essas experiências ajudaram a construir o seu caminho para a CNV, tema ao qual se dedica há 5 anos. Segundo a palestrante, a chamada comunicação trágica – pautada nas posturas que criticam, rotulam e ordenam – estão enraizadas na sociedade e são ensinadas desde o núcleo familiar, ganhando força em ambientes como a escola e o mercado de trabalho. “Infelizmente, a gente não aprende a liderar, a gente aprende a comandar”, explicou.

A palestrante falou ainda sobre a necessidade de sair da política de julgamentos em que há uma dicotomia entre certo e errado e mudar o foco para aquilo que é importante para o cuidado com os seres humanos, fundamentado em sentimentos como o pertencimento, saúde, colaboração, paz e confiança. “Na comunicação não violenta, a gente dá nome às nossas necessidades, a gente traz a comunicação também, mas a gente acredita que elas representam a própria força vital”, disse.

Meirelles também falou sobre a relação entre problemas de saúde mental, como a depressão, o ambiente de trabalho e as diversas formas de nos relacionarmos com o mundo e com as pessoas. “O nosso convite, o convite da comunicação não violenta, efetivamente, é tirar o foco sobre o que a gente pensa sobre nós e os outros e colocar o foco no que sentimos, para encontrar as nossas necessidades e fazer escolhas melhores na vida”, concluiu.

Em seguida, a  vice-diretora de Ensino da Fiocruz Bahia, Claudia Brodskyn, agradeceu à palestrante pela participação e falou sobre a complexidade de praticar a comunicação não violenta em diversos ambientes, ressaltando os desafios de aprender a lidar com as emoções. “É importante essa fala, principalmente para os alunos. Esse é um momento muito difícil para quem escolhe a vida acadêmica no Brasil. Especialmente nesse momento que é muito particular. A gente tem que ter a coragem de encarar este tema e saber o que é melhor”, pontuou. Por fim, foi aberto o espaço para contribuições por parte dos ouvintes que puderam compartilhar as suas experiências com os presentes.

Confira a palestra completa aqui

Sobre a palestrante

Thayna Meirelles é formadora em Comunicação não violenta e fundadora da Konekti que oferta cursos e treinamentos de CNV. Sua trajetória trabalhando com empatia e com a Abordagem Centrada na Pessoa iniciou em 2011, quando se tornou voluntária do Centro de Valorização da Vida. Iniciou seus estudos em CNV com cursos no Brasil e desde 2018, conta com diversas experiências internacionais, incluindo três imersões pelo Centro Internacional em CNV, treinamento em CNV voltada à Educação e formação em mediação usando a CNV. Atualmente encontra-se em processo de certificação como treinadora internacional pelo The Center for Nonviolent Communication.

Informações Konekti:

Site: www.cnvkonekti.com

Instagram: @cnvkonekti

 

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Fiocruz Bahia celebra o Dia Mundial de Combate ao Vírus HTLV

Nesta quarta-feira, 10 de novembro, celebra-se o Dia Mundial de Combate ao Vírus HTLV. A data foi instituída pela Associação Internacional de Retrovirologia (IRVA – International Retrovirology Association), com o objetivo de informar e mobilizar a sociedade e o poder público para sobre a infecção, as doenças a ela associadas, seu impacto na saúde pública e os meios de contê-la. 

O HTLV é um retrovírus pouco conhecido, pertencente à mesma família do HIV, que infecta um dos tipos de células humanas de defesa. As principais formas de transmissão são por meio da relação sexual, aleitamento materno e agulhas de seringas contaminadas. Diferentemente do HIV, que destrói o sistema imunológico, o HTLV provoca alterações sistêmicas que prejudicam a qualidade de vida e causa doenças como leucemia, incontinência urinária, disfunção erétil e problemas neurológicos. Ainda não há cura. 

A Bahia é um estado endêmico da doença. Uma pesquisa realizada pela Fiocruz Bahia, coordenada pela pesquisadora Fernanda Grassi, em 2019, apontou a disseminação e o aumento do vírus no território. 

O HTLV foi inserido na Bahia como uma doença de notificação compulsória, em janeiro de 2011. No período de 2012 a 2020, o estado apresentou o total de 3.722 casos notificados, de acordo com o último Boletim Epidemiológico, da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (SESAB). A ocorrência da infecção predomina entre as mulheres, com 86,6% dos casos em 2020. Do total, 28,9% são gestantes. 

As faixas etárias mais atingidas são 20 a 39 anos e 40 a 59 anos e a maioria dos casos notificados é entre pardos e pretos, com cerca de 62%. Mesmo com a pandemia Covid-19, o número de pessoas notificadas como portadoras da doença em 2020 (308) é superior ao primeiro ano de registro de casos no estado (189). 

A Portaria N° 460/2020, que publicou a Linha de Cuidado aos Portadores de HTLV na Bahia, foi um marco e uma conquista de anos de mobilização de pessoas que vivem com o HTLV. A política pública, inédita no Brasil, estabelece fluxos assistenciais, ações e serviços de saúde para atender às necessidades de saúde da população portadora do vírus. O protagonismo do pesquisador emérito da Fiocruz Bahia, Bernardo Galvão, junto a organizações da sociedade civil, também foi reconhecidamente importante nesse avanço

Confira o vídeo da pesquisadora Fernanda Grassi sobre a importância da data e da conscientização sobre a doença e de suas formas de transmissão:

 

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Tese avalia participação de cílio primário em carcinoma escamocelular oral

Autoria: Renata Oliveira de Souza
Orientação: Clarissa Araújo Gurgel Rocha
Título da tese: O Cílio primário em carcinoma escamocelular oral: participação na regulação da sinalização hedgehog e proliferação celular
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana
Data de defesa: 29/11/2021
Horário: 09h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO: O carcinoma escamocelular oral (CECO) é o subtipo tumoral que mais acomete os tecidos bucais. A via Hedgehog (HH) é uma importante cascata no desenvolvimento embrionário, que também está associada ao desenvolvimento tumoral, inclusive do CECO. A via HH ocorre, de maneira canônica, no Cílio primário (CP), estrutura que funciona como um sensor, responsável por abrigar diversas vias de sinalização. Uma alteração da função do CP pode culminar em diversos problemas, inclusive neoplasias. HIPÓTESE: Há perda do CP em CECO, o que favorece a manutenção da proliferação celular e desregulação da via HH. OBJETIVO: Estudar o processo de ciliogênese e a presença do cílio primário em tecidos e linhagens celulares de CECO, bem como a relação entre CP, moléculas HH e proliferação celular deste tipo tumoral. MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizadas linhagens celulares tumorais (CT), não metastática (CAL27) e metastática (HSC3), linhagem celular não tumoral (HGK, controle) e 22 amostras de tumores humanos (TH). As linhagens tumorais foram cultivadas em meio DMEM completo suplementados com 10% de Soro Bovino Fetal, 1% de antibióticos e 8% de hidrocortisona; a linhagem HGK foi cultivada em meio Keratinocyte SFM. As células foram analisadas nos tempos 0h e, para CT, também nos tempos 6, 12, 24 e 48h em privação de soro (sincronização em G0). qPCR foi realizado no tempo 0h (CT e HGK) e nos tempos 6, 12 e 24h (CT), como também para as amostras de TH para análise da expressão gênica da via HH (PTCH1, SMO, GLI1 e SHH), CP (KIF3A, IFT88, AURKA e BORA) e proliferação (Ciclina D1). Para caracterização das proteínas do CP (α-Tubulina acetilada), via HH (SMO e GLI1) e proliferação (Ki-67 e profilina), foram realizados os ensaios de Western Blot (WB) e Imunofluorescência (IF) nas CT (tempos 0, 24 e 48h) e HGK (tempo 0h), assim como Imuno-histoquímica nos TH. A análise estatística foi realizada utilizando o teste ANOVA (p<0,05). RESULTADOS: Genes de montagem e desmontagem apresentaram níveis de expressão abaixo ou similar nas CT quando comparadas à HGK; Não houve diferença estatisticamente significante entre componentes de montagem e desmontagem do CP, proliferação celular e moléculas HH. SHH não foi encontrado nas linhagens estudadas. CP, ativação da via HH (GLI1 nuclear), SMO nuclear e citoplasmático, e proliferação celular (Ki-67 nuclear) foi encontrado nas CT. CONCLUSÕES: O CP está presente em células metastáticas e não-metastáticas de CECO, bem como em tumores humanos. Nestas células e tumores, GLI1 e SMO nucleares foram descritos independente da presença do CP, mas também em células que exibem esta organela. Em conjunto, esses resultados indicam que há ativação da via HH, canônica e não-canônica, em CECO. Ainda, a proliferação celular ocorreu de forma independente do CP nas linhagens celulares.

Palavras-chave: Neoplasias bucais, Proteínas hedgehog, Cílio primário.

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Palestra “Ciência e cultura no cotidiano escolar” acontece dia 12/11

O último encontro do projeto Sons e Imagens da Bahia vai receber Moselene Reis (CE Cosme de Farias), Shirley Costa (SEC-BA) e Érika Nascimento (CE Antônio Carlos Magalhães), para falarem sobre o tema: “Ciência e cultura no cotidiano escolar”. O evento será totalmente online, no dia 12/11 (sexta-feira), das 15h às 17h, no canal da Fiocruz Bahia, no Youtube. Todas as pessoas que participarem terão direito ao certificado. Para isso, é necessário realizar inscrição através deste link e estar presente na palestra.

Esta é uma ação do projeto Sons e Imagens da Bahia através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com gestão cultural da SPCOC, em parceria com a Fiocruz Bahia, apoio da Secretaria de Educação e Governo do Estado da Bahia, assim como produção da Giro Planejamento Cultural. O projeto Sons e Imagens da Bahia conta com o patrocínio da Bayer e realização da Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

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Quarto seminário preparatório do IX Congresso Interno da Fiocruz aborda os desafios da ciência e da inovação

A emergência de novos temas estratégicos nas ciências biomédicas, humanas e sociais; o impacto da ciência e da inovação na sociedade; e a transversalidade como uma nova forma de produção do conhecimento científico, com vistas a uma visão menos fragmentada da realidade serão alguns dos pontos abordados no seminário Desafios da Ciência e da Inovação e a Fiocruz do Futuro, que terá como conferencistas a vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), professora Helena Nader, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), e o presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), professor, André Botelho, do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS/UFRJ).

O seminário, que será realizado em 10/11/2021, das 14h às 17h, é o último de uma série de quatro eventos preparatórios do IX Congresso Interno da Fundação Oswaldo Cruz – instância máxima de representação, que definirá as grandes teses e diretrizes para os próximos quatro anos da instituição. A transmissão do seminário será pelo canal da VideoSaúde no Youtube (https://www.youtube.com/watch?v=1Ys_cNhXVHk) e qualquer pessoa pode se conectar e acompanhar.

A dinâmica do seminário prevê a conferência de um convidado externo à instituição, que apresenta o contexto global e nacional relacionado ao tema, seguida de comentários de dois debatedores da Fiocruz, que aproximam as reflexões da conferência aos desafios da instituição no futuro. Há, ainda, espaço para perguntas da audiência, de modo a ampliar o espectro de contribuições ao processo de formulação das grandes teses e diretrizes para os próximos quatro anos da Fiocruz.

Participarão como debatedores à exposição de Helena Nader e André Botelho o pesquisador titular do Instituto Gonçalo Moniz (IGM/FIOCRUZ-Bahia), Manoel Barral, e a pesquisadora titular do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Patricia Bozza. A mediação será do coordenador do CEE, Carlos Gadelha.

Os três seminários anteriores tiveram como tema o mundo do trabalho, os desafios da área da saúde e os impactos das mudanças climáticas. A organização é do Centro de Estudos Estratégicos Antonio Ivo de Carvalho (CEE-Fiocruz).

“Os seminários e o rico debate com a comunidade da Fiocruz mostram que é possível uma mudança de paradigma no qual os direitos sociais e o cuidado com o planeta em que vivemos são as novas energias para mobilizar nossas ações e um novo projeto nacional e institucional de desenvolvimento” ressalta Carlos Gadelha”, à frente da organização dos seminários preparatórios e da produção de sumários sobre os pontos fundamentais de cada uma das discussões. Os sumários servirão de suporte para o documento de referência do IX Congresso Interno, cuja plenária se realizará nos dias 8, 9 e 10 de dezembro de 2021.

Sobre Helena Nader

Professora titular da Unifesp, bolsista de produtividade do CNPq (nível 1A), membro titular da Academia de Ciências de São Paulo (1989), da Academia Brasileira de Ciências (1999), da World Academy of Science (TWAS) for the Advancement of Science in Developing Countries (2013) e da ACAL (Academia de Ciencias de América Latina, 2018). Desde 2011, é vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e, desde 2019, é co-Presidente da InterAmerican Network of Academies of Sciences (IANAS). É membro da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp), da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na qual foi 

vice-presidente (2007-2011) e presidente (2011-2017) e, desde 2017, é presidente de honra. Professora visitante da Loyola Medical School (Chicago, USA), W. Alton Jones Cell Science Center (NY, USA), Istituto Scientifico G. Ronzoni (Milão, Itália) e Opocrin Research Laboratories (Modena, Itália).

Sobre André Botelho

Professor Associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pesquisador do CNPq e da FAPERJ, e presidente da ANPOCS. Foi professor visitante na Princeton University (2013), onde é atualmente Affiliated Scholar junto ao Brazil Lab. Foi editor de Sociologia & Antropologia (2011-19); membro da Comissão Editorial da Revista Brasileira de Ciências Sociais (2015-16); membro do Conselho Científico (2017-18) da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs); diretor da Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS) em dois mandatos consecutivos (2011-14); e membro do Conselho Regional do Rio de Janeiro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) de 2010 a 2015. Coordenou o Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA/UFRJ) de 2015 a 2016 e foi diretor de graduação do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, de 2008 a 2009. Participou de PROCAD-CAPES com diferentes instituições na Amazônia entre outros projetos de cooperação científica. Atualmente participa, também, de iniciativas de comunicação pública da ciência na Universidade das Quebradas (UQ) do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC/UFRJ), no Blog da BVPS (https://blogbvps.wordpress.com).

Sobre Manoel Barral

Médico, doutor em Patologia Humana, membro titular da Academia Brasileira de Ciências e Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico. Pesquisador titular da Fiocruz-Bahia na área de imunoregulação de doenças parasitárias. Foi Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Diretor da Faculdade de Medicina da mesma universidade. É membro do Comitê Gestor do Fundo Setorial de Saúde (MCTI) e do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT). Foi Diretor do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz-Bahia) de 2013 a 2017 e Vice-Presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz entre 2017 e 2018.

Sobre Patricia Bozza

Médica, doutora em Ciências pelo Programa de Biologia Celular e Molecular do Instituto Oswaldo Cruz. Pós-doutorado no Beth Israel Hospital, da Harvard Medical School. Pesquisadora titular do Instituto Oswaldo Cruz, pesquisadora 1 A do CNPq e membro da Academia Brasileira de Ciências. Foi International Scholar do Howard Hughes Medical Institute e coordenou o comitê Brasileiro do Programa Pew em ciências biomédicas.

Congresso Interno da Fiocruz

A cada quatro anos, desde 1988, na gestão do sanitarista Sergio Arouca, delegados eleitos pelas diferentes unidades da Fiocruz reúnem-se no Congresso Interno da instituição, para deliberar sobre o regimento interno, propostas de alteração do estatuto e assuntos estratégicos relacionados ao projeto institucional.

A realização do Congresso Interno na Fiocruz orienta-se pela afirmação de valores humanistas, dos direitos sociais e trabalhistas, traduzidos na frase democracia é saúde, que pautou a histórica 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986.

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PgPAT abre inscrições para seleção de doutorado 2022.1

A Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Patologia Humana (PgPAT), da Universidade Federal da Bahia em Ampla Associação com a Fiocruz Bahia, torna pública a abertura das inscrições de candidatos ao doutorado acadêmico para o processo seletivo 2022.1. O prazo para inscrição encerra em 28 de novembro de 2021.

O curso é composto por dois grandes eixos – Patologia Humana e Patologia Experimental. O eixo de Patologia Humana é restrito a Médicos. O eixo de Patologia Experimental é aberto a graduados nas grandes áreas: ciências biológicas e da saúde.

Clique aqui e consulte o edital.

 

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Websérie | Leishmaniose | Episódio 7

 

No vídeo “Pesquisas com flebótomos”, a pesquisadora da Fiocruz Bahia, Claudia Brodskyn, aborda as pesquisas sobre o vetor que transmite a leishmaniose. A cientista fala sobre o papel da saliva do inseto no estabelecimento da infecção e os estudos que podem contribuir para o desenvolvimento de vacina para a doença.

A Fiocruz Bahia produziu uma websérie sobre as principais pesquisas realizadas na instituição. Os vídeos, publicados semanalmente nas redes sociais, estão divididos em 9 temas: arbovirose, big data, câncer, células-tronco, doença de Chagas, doença falciforme, helmintíase, HTLV, leishmaniose e tuberculose. As gravações tiveram início em 2019, por isso a maioria das entrevistas foram realizadas antes da pandemia.

Confira!

 

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Bioassinatura associada à susceptibilidade à coinfecção tuberculose e HIV é tema de tese

Autoria: Clarissa Cunha Santana
Orientação: Theolis Costa Barbosa Bessa
Título da tese: “Bioassinatura associada à susceptibilidade à coinfecção tuberculose vírus da imunodeficiência humana (TB-HIV): avaliação de vias relacionadas à morte celular, à resposta imune inata e à ativação de linfócitos T”.
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Patologia Humana
Data de defesa: 12/11/2021
Horário: 09h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO. A tuberculose apresenta alta incidência e mortalidade em vários países do mundo, mesmo com vacina disponível. Dentro do seu espectro de apresentações observamos desde indivíduos infectados sem a doença, estado conhecido como tuberculose latente, àqueles com os casos mais graves, como os associados a infecções crônicas, muitas vezes com cepas resistentes a múltiplas drogas empregadas no tratamento, ou coinfectados com HIV. Na tentativa de combate da doença, um arcabouço de fatores imunológicos está presente, porém, a micobactéria apresenta eficientes mecanismos de evasão da resposta imune, como a inibição da morte celular, a modulação da resposta de linfócitos e o escape para o ambiente extracelular. METODOLOGIA. Nós avaliamos a diversidade genética dos hospedeiros nas vias relacionadas à morte celular, nos subconjuntos de linfócitos T e no perfil expressão gênica de linfócitos T em indivíduos em mono infecção com TB e HIV e coinfectados TB-HIV, para identificar uma assinatura a nível transcricional e celular a ser utilizada como base para prospectar novos alvos para a distinção de indivíduos com tuberculose ativa e coinfectados TB-HIV. RESULTADOS. Nossos resultados apontam diferenças no padrão de ativação celular em LTBI, TB e TB-HIV, em parte determinadas pela tendência inversa da presença de células T HLA-DR+PD-1+ em relação às CD95+. Em TB-HIV observou-se maior presença de células de memória central e efetora, e células Tcm CD8+HLA-DR+ demonstraram serem capazes de discriminar os indivíduos coinfectados dos demais grupos clínicos investigados. Em coinfectados há expansão do compartimento de células T de memória central e em paralelo verifica-se que os genes AK5, FAS/CD95 e IL17A apresentaram capacidade de discriminar os grupos clínicos avaliados. Finalmente, obtivemos vários registros em bases de dados genéticos a respeito da variabilidade em moléculas de vias de morte celular que podem atuar como alvos promissores para intervenções futuras. CONCLUSÕES. Todas as abordagens estudadas indicam potenciais biomarcadores a serem explorados para a distinção dos grupos clínicos de interesse

Palavras-chave: Tuberculose, coinfecção TB-HIV, morte celular, perfil de linfócitos, genes diferencialmente expressos.

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Estudo aponta quimiocina como fator de risco para artralgia crônica após chikungunya

Uma pesquisa foi realizada para avaliar o papel de quimiocinas e citocinas séricas como preditores de desenvolvimento de dor articular crônica em pacientes com chikungunya. Na fase aguda, a doença tem como principais sintomas febre, dores e inchaço nas articulações, erupção cutânea, dores musculares e de cabeça. Passada a fase aguda, alguns indivíduos podem evoluir para a fase crônica, caracterizada por dores persistentes nas articulações, denominado de artralgia crônica, que podem durar anos, levando à limitação dos movimentos, incapacidade para o trabalho e até depressão.

Publicado na revista Frontiers in Immunology, o estudo realizado pela estudante de doutorado Camila Jacob e coordenado pelos pesquisadores Mitermayer Reis e Guilherme Ribeiro, da Fiocruz Bahia, faz parte de um estudo de vigilância para monitorar infecções por arbovírus em pacientes febris agudos, em um centro de saúde de emergência, em Salvador. Os achados sugerem que níveis elevados da quimiocina CXCL8 em pacientes com chikungunya na fase aguda da doença podem induzir aumento na resposta inflamatória, o que pode contribuir para o desenvolvimento de dor articular crônica.

No estudo, 948 pacientes com doença febril aguda foram avaliados por testes diagnósticos que identificaram 265 (28%) com evidência laboratorial de infecção pelo vírus chikungunya e, destes, 253 foram submetidos a dosagem de biomarcadores. Dosagens de citocinas e quimicionas nestes pacientes foram realizadas e comparadas com os níveis observados em indivíduos saudáveis e em pacientes com outras doenças febris agudas. Os pacientes com chikungunya apresentaram na fase aguda níveis significativamente mais elevados de CXCL8, CCL2, CXCL9, CCL5, CXCL10, IL-1β, IL-6, IL-12 e IL-10 comparados aos controles saudáveis. Os níveis de CCL2, CCL5 e CXCL10 também foram significativamente maiores em comparação com pacientes com outras doenças febris agudas.

Os pacientes com chikungunya foram acompanhados por contatos telefônicos para determinar aqueles que mantiveram artralgia por mais de 3 meses e aqueles que apresentaram resolução da dor articular. Com isso, foi possível identificar que os pacientes que evoluíram com persistência da dor tinham níveis de CXCL8, na fase aguda da doença, mais elevados que aqueles que tiveram resolução da dor. Além dos níveis elevados de CXCL8, o sexo feminino também foi associado à artralgia com duração maior que 3 meses.

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Pesquisador da Fiocruz Bahia é promovido à Grã-Cruz pela Ordem Nacional do Mérito Científico

O pesquisador Edgar Marcelino de Carvalho Filho, da Fiocruz Bahia, foi promovido à Ordem Nacional do Mérito Científico, na classe de Grã-Cruz, na área de Ciências Biológicas. A lista de novos cientistas que vão receber a honraria foi publicada, no dia 03/11, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e InovaçõesA Ordem Nacional do Mérito Científico é concedida a personalidades brasileiras e estrangeiras como forma de reconhecimento das suas contribuições científicas e técnicas para o desenvolvimento da ciência no país. Manoel Barral-Netto, pesquisador da Fiocruz Bahia, também recebeu a condecoração em 2018.

O pesquisador

Edgar Marcelino de Carvalho Filho nasceu em Salvador (Bahia) e é graduado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA/ 1973). Fez especialização em Reumatologia e Imunologia pela University of Virginia (1979), mestrado (1977) e doutorado (1986) em Medicina e Saúde pela UFBA e pós-doutorado em Imunologia no Weill Cornell Medical College (1990-1991).

Tem formação em Clínica Médica com ênfase em Imunologia Clínica, Doenças Tropicais e Reumatologia, e tem como principais áreas de atuação em pesquisa a Imunopatogênese das leishmanioses, imunopatologia e manifestações clínicas associadas à infecção pelo HTLV-1, Imunopatogênese da esquistossomose, influência das helmintíases na resposta imune das doenças inflamatórias crônicas e doenças auto-imunes e imunoterapia nas doenças infecciosas. Foi bolsista do Howard Hugges e Presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia.

É Pesquisador do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia), Professor Titular Aposentado de Clínica Médica da UFBA, Professor Titular Aposentado de Imunologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e Pesquisador Associado do Serviço de Imunologia do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES/UFBA). É também Professor Adjunto do Weill Cornell Medical College e Professor Adjunto da University of Iowa. Também atua como editor do Plos Neglected Tropical Diseases, e do corpo editorial do Case Reports in Medicine e da Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.

É Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Medicina Tropical, além de membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academia de Ciências da Bahia. Recentemente, foi considerado, pelo site Expertscape, como o maior especialista em leishmaniose cutânea do mundo. 

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Palestra Ciência, Saúde e Audiovisual acontece dia 5/11

A onda de aprendizado ainda não acabou e por isso, anunciamos a penúltima palestra deste projeto tão lindo, afetuoso e feito por pessoas que acreditam no poder transformador do audiovisual. O nosso próximo encontro será no dia 05/11 (sexta-feira), das 15h às 17h, com o tema “Ciência, saúde e audiovisual”. O nosso match acontecerá no canal FIOCRUZ BA, no Youtube, e será uma honra imensa termos a sua presença, mais uma vez.
 
Todas as pessoas que participarem terão direito a certificado. Para isso, é necessário realizar inscrição através deste link e estar presente na palestra. Salva aí na agenda e vamos mergulhar em mais uma onda de puro aprendizado! Inscreva-se no canal Fiocruz Bahia no Youtube e junte-se a nós. Esta é uma ação do projeto Sons e Imagens da Bahia através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com gestão cultural da SPCOC, em parceria com a Fiocruz Bahia, apoio da Secretaria de Educação e Governo do Estado da Bahia, assim como produção da Giro Planejamento Cultural. O projeto Sons e Imagens da Bahia conta com o patrocínio da Bayer e realização da Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
 
Clique aqui para assistir à palestra.
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Mais de 14 milhões podem estar com segunda dose da vacina da Covid-19 atrasada, aponta boletim

segunda edição do Boletim VigiVac da Fiocruz Bahia, divulgada nesta quinta-feira (4/11), indica que, até o dia 25 de outubro, 14.097.777 indivíduos estavam com mais de 15 dias de atraso para a segunda dose da vacina contra Covid-19 no Brasil. O número é o dobro do observado em 15 de setembro, quando foram registrados cerca de 7 milhões. As análises foram realizadas com dados individuais anônimos fornecidos pela Campanha Nacional de Vacinação contra Covid-19, do Ministério da Saúde (MS).

Os pesquisadores observam que esse resultado pode ser justificado por alguns fatores: como atrasos da segunda dose, demora para registro e envio dos dados para a base do MS, esgotamento e sobrecarga das equipes de gestão, vigilância e atenção à saúde, disseminação de notícias falsas sobre a imunização, falta de estoque de reserva de imunizantes e mortalidade, dentre outros. “É necessária uma análise cuidadosa, por parte dos gestores locais de saúde, para identificar localmente as mais prováveis causas do atraso. Este diagnóstico será útil para orientar as ações de estímulo à população para completar o esquema vacinal”, alertam os cientistas.

Segundo os dados do MS, cerca de 50% dos atrasos são superiores a 30 dias e por volta de 14% são maiores que 90 dias da data prevista. O número de atrasos para a AstraZeneca é de 6.739.561; Coronavac, 4.800.920; e Pfizer, 2.557.296. As informações estão disponíveis no Painel de Atraso de Segunda Dose de Vacina, desenvolvido pela Fiocruz Bahia, que acompanha o cumprimento do esquema vacinal, a fim de apoiar os gestores na identificação de  municípios que precisam de suporte para acelerar a vacinação da segunda dose. Os dados são atualizados semanalmente e podem ser visualizados de forma interativa, nos âmbitos municipal e estadual, por tipo de vacina. 

Para as análises, foram levados em conta apenas os atrasos com mais de 15 dias após a data esperada, por considerar o tempo de entrada dos dados na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS); pelo entendimento de que um tempo curto de atraso pode ocorrer por motivos de agendamento e disponibilidade das pessoas para se vacinarem; e pelo risco individual não ser elevado em um intervalo relativamente curto de atraso. 

“É fundamental adotar estratégias para aumentar a adesão ao esquema vacinal completo, uma vez que os estudos sobre efetividade de vacinação têm demonstrado que a proteção contra infecção, hospitalização e morte é significativamente maior no grupo com esquema vacinal completo quando comparado com o grupo com apenas uma dose da vacina. Também foi mostrado que a proteção contra as novas variantes do Sars-CoV-2 é mais efetiva somente após duas doses da vacina”, afirmam os cientistas.

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