Teste diagnóstico para detecção leishmaniose canina

Novo kit de ELISA direto que utiliza proteína recombinante comparando com o desempenho do EIE-LVC no protocolo de diagnóstico da leishmaniose visceral no Brasil.

Pesquisadora responsável: Deborah Bittencourt Mothé Fraga
Laboratório: LAIPHE – Laboratório de Interação Parasito-hospedeiro e Epidemiologia

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LeishDerm: formulação tópica para leishmaniose

Formulação tópica inovadora, contendo compostos inibidores encapsulado em nano ou microformulações para o tratamento tópico da leishmaniose tegumentar.

Pesquisadora responsável: Patrícia Sampaio Tavares Veras
Laboratório: LAIPHE – Laboratório de Interação Parasito-hospedeiro e Epidemiologia

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Integrando big data, drugbank e plataforma de ensaios 3D (esferoides) para otimização da terapia oncológica

Desenvolvimento de plataforma integrada com análise aprimorada de dados, modelagem computacional e tecnologia tridimensional de culturas de células para identificar possíveis candidatos a reposicionamento de medicamento para terapias oncológicas.

Pesquisadora responsável: Clarissa Araújo Gurgel Rocha
Laboratório: LPBM – Laboratório de Patologia e Biologia Molecular

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Formulação tópica para tratamento de leishmaniose e psoríase

Desenvolvimento de uma formulação considerada o primeiro fármaco administrado via tópica a ser utilizado no tratamento da leishmaniose tegumentar e psoríase.

Pesquisadora responsável: Milena Botelho Pereira Soares
Laboratório: LETI – Laboratório de Engenharia Tecidual e Imunofarmacologia

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Edição genômica para tratamento leucemia/linfoma de células T em adultos

Desenvolvimento de uma plataforma do sistema CRISPR-Cas9 para edição gênica, a fim de desativar e/ou remover o provírus do HTLV-1 e seus efeitos indutores proliferativos e tumorigênicos.

Pesquisador responsável: Antonio Ricardo Khouri Cunha
Laboratório: MeSP2 – Medicina e Saúde Pública de Precisão

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PathoSpotter: um assistente virtual a patologistas no diagnóstico de doenças

Trata-se de um sistema computacional que automatiza a identificação e classificação de lesões em lâmina histológicas de biópsias e autópsias e auxilia o patologista na formulação diagnóstica e emissão do laudo. O sistema opera também buscas semântica de lesões de aspectos e semelhantes, possibilitando rapidez na seleção de casos para pesquisa ensino e outros fins acadêmicos.

Pesquisador responsável: Washington Luis Conrado dos Santos
Laboratório: LAPEM – Laboratório de Patologia Estrutural e Molecular

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Imunoterapia com células-tronco modificadas para tratamento de câncer

Métodos in vitro e in vivo de uma imunoterapia com células- tronco modificadas para vários tipos de neoplasias, incluindo mama, próstata ou melanoma.

Pesquisadora responsável: Milena Botelho Pereira Soares
Laboratório: LETI – Laboratório de Engenharia Tecidual e Imunofarmacologia

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Big data para vigilância genômica do Zika Virus

A ferramenta alinha dados relativos à epidemio-genômica a estratégias de “big data” para contribuir com a saúde pública.

Pesquisador responsável: Artur Trancoso Lopo de Queiroz
Laboratório: CIDACS

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PGPAT divulga edital de seleção para mestrado e doutorado 2025

O Programa de Pós-Graduação em Patologia Humana (PGPAT), da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em ampla associação com a Fiocruz Bahia, torna público o processo seletivo 2025 (semestres 2025.1 e 2025.2) para o doutorado e mestrado acadêmicos. As inscrições vão de 01 a 27 de outubro de 2024.

As condições e critérios que regulamentam o processo seletivo estão especificados nos editais abaixo:

Edital Doutorado 2025.1 e 2025.2
ANEXOS Edital 2025- Doutorado
Edital Seleção Mestrado 2025.1 e 2025.2
ANEXOS Edital 2025 – Mestrado

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Pesquisador participou de mutirão para exames cardíacos em Feira de Santana

A Fiocruz Bahia participou de um mutirão de ecocardiograma e eletrocardiograma realizado em Feira de Santana entre os dias 24 e 27 de agosto, pela Santa Casa de Feira de Santana em parceria com a Edwards Lifescience Foundation e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A ação contemplou mais de 1400 pessoas entre crianças e adultos para o diagnóstico de miocardiopatias e problemas congênitos, além de encaminhamentos diversos para tratamento cardiológico.

O pesquisador da Fiocruz Bahia, Fred Luciano Neves Santos contou que a participação no mutirão ocorreu por meio do Projeto Oxente Chagas Bahia, que recebeu o convite para contribuir com o suporte diagnóstico para a doença de Chagas. “Atuamos na realização de testes sorológicos em indivíduos que apresentavam alterações eletrocardiográficas ou ecocardiográficas sugestivas de Chagas, colaborando com a identificação de casos suspeitos e confirmando o diagnóstico da doença em um ambiente de alta demanda e acesso limitado a exames especializados”, pontuou Santos.

Para ele, a realização de mutirões como esse é importante para a saúde pública, principalmente em áreas onde o acesso a exames especializados, como o ecocardiograma, pode ser limitado. “Esses eventos possibilitam a identificação precoce de alterações cardíacas, que são muitas vezes subdiagnosticadas, especialmente em doenças negligenciadas como a doença de Chagas. A detecção precoce permite uma intervenção mais eficaz, ajudando a evitar complicações graves e melhorando a qualidade de vida dos indivíduos afetados”.

Além disso, Santos acredita que ações como essa têm um impacto significativo ao aumentar a conscientização sobre a doença e promover a integração entre diagnóstico e tratamento, contribuindo para a redução da morbidade e mortalidade na população. “A participação do Oxente Chagas foi de extrema relevância para o sucesso do mutirão”, finalizou.

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Atividades de divulgação científica marcam participação da Fiocruz Bahia no Bon Odori Salvador

Entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro a Fiocruz Bahia participou do XVI Festival de Cultura Japonesa de Salvador e XXXI Bon Odori, no Parque de Exposições. O evento, realizado pela Associação Cultural Nippo Brasileira de Salvador (Anisa) e Ministério da Cultura, reuniu milhares de pessoas para celebrar as tradições japonesas. A Fiocruz Bahia recebeu cerca de 8.000 visitantes no estande de aproximadamente noventa metros quadrados.

Diversas atividades de divulgação científica foram realizadas com o público, como jogo de verdadeiro ou falso do projeto contra a desinformação – Bora Checar, óculos de realidade virtual, simulações de experimentos, exposições e materiais sobre diversas doenças e projetos apresentados por pesquisadores e estudantes dos programas de pós-graduação e iniciação científica da Fiocruz Bahia, além de pintura artística na pele, espaço kids e fotos com o Zé Gotinha, que fez sucesso entre crianças, jovens e adultos.

Para a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, o festival tem uma importância grande, porque difunde a cultura japonesa, mas também dá a oportunidade de trabalhar divulgação científica e a popularização da ciência. “O público-alvo é bastante heterogêneo e nós aproveitamos essa oportunidade para expor o que nós estamos fazendo de ciência, de uma maneira lúdica, mais popular, e que possa atingir a população. Agradecemos à coordenação do evento pela oportunidade. Essa parceria já ocorre há vários anos é importantíssima, principalmente devido aos momentos que nós vivemos com a pandemia da Covid-19 e também com todas essas doenças e agravos que tem ocorrido à população”, declarou.

Rita de Cassia Acioli Barbosa relatou que foi a primeira vez que participou do festival e que gostou da programação. “Achei ótimo. Não só para os adultos, como para as crianças, terem contato com equipamentos, com esse mundo da ciência, do laboratório, achei fantástico”. Barbosa estava com seu filho Thiago Acioli, de dez anos, que também compartilhou a alegria em conhecer mais sobre ciência e saúde. “Adorei, pois são várias experiências para olhar e aprender mais. Eu gostei muito”, reforçou.

Visitação de estudantes da rede pública

No primeiro dia participaram do evento cerca de 1000 estudantes de escolas públicas estaduais e municipais. Fernando Lima, diretor do Colégio Estadual Mestre Paulo dos Anjos, no Bairro da Paz, em Salvador, disse que a importância da participação dos estudantes no festival é a possibilidade de alinhar o conhecimento teórico em sala de aula ao conhecimento extra sala de aula.

As estudantes Maiara Santana dos Santos, 18 anos, e Amanda Ferreira, de 17, estavam no grupo da escola do Bairro da Paz. Maiara acredita que o Bon Odori seja importante pela relevância da cultura para as pessoas e pelo fato de trazer elementos da ciência. Ela participa de projetos de iniciação científica e de meninas na ciência, no Senai Cimatec, e de um projeto para tratar a água do próprio bairro para uso dos moradores. Amanda foi ao festival pela terceira vez, a estudante participa de um projeto que se chama Metaverso, de iniciação científica júnior, também no Senai Cimatec. “É uma experiência maravilhosa, porque eu sou do tipo de pessoa que gosta tanto do mundo das artes, quanto do mundo da ciência. Então é um mundo amplo que eu posso explorar à vontade”.

Ana Paula Nunes, coordenadora pedagógica das escolas Santa Luzia e Várzea do Santo Antônio, em Camaçari, ressaltou a importância da atividade para as crianças das escolas rurais. “A gente percebe o brilho deles e eles estão encantados com todos os estandes que nós estamos passando. Aqui, onde várias pessoas estão apresentando suas pesquisas, que são dados interessantes para essas crianças, é o primeiro contato deles com uma instituição como a Fiocruz. Essas crianças são o futuro do nosso país, esse tipo de contato ajuda a colocar sonhos, imagens e desejos na cabeça dessas crianças”, concluiu Nunes.

O maestro e professor de música da Escola Ambiental, em Camaçari, Fred Dantas, destacou a importância da presença da Fiocruz no Bon Odori. “A universidade e a pesquisa têm que ir aonde o povo está. Eu acabo de ver ali num microscópio as células alteradas de um tumor, várias crianças não têm essa oportunidade”. Dantas falou sobre a relevância da Fiocruz para contrapor com as campanhas anti vacinação e anti profilaxia. “A Fiocruz está no oposto disso, trazendo a vacina, trazendo a prevenção”, observou.

A estudante de 12 anos, Mariana Nascimento, relatou sua experiência no estande da Fundação. “Foi muito legal, usei óculos de realidade virtual e vi um dinossauro enorme, ele quase cai em cima de mim. Também fui na pintura, a gente passou por vários lugares aqui, vimos uns bichos que pareciam que eram de verdade, só que não eram. Mas foi muito divertido”, finalizou.

Confira as fotos:

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Dissertação faz análise de transcriptoma imune de indivíduos com arbovírus

Estudante: Joyce Karoline da Silva
Orientação: Antônio Ricardo Khouri Cunha
Título da dissertação: Análise global do perfil de transcriptoma imune de indivíduos com infecção por arbovírus (CHIKUNGUNYA, DENGUE, ZIKA)
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana e Experimental
Data de defesa: 09/09/2024
Horário: 09h00
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 859 8800 9332
Senha: defesa

Resumo

As infecções pelos vírus da Chikungunya (CHIKV), Dengue (DENV) e Zika (ZIKV) têm a apresentação clínica semelhantes, o que dificulta o diagnóstico clínico presuntivo e laboratorial diferencial durante a fase aguda da doença. Entretanto, a evolução clínica e o risco de complicações diferenciam-se sobremaneira entre os arbovírus ao longo da infecção. A febre Chikungunya apresenta morbidade e tendência a produzir quadro crônico de artralgia e artrite. A Dengue pode causar quadros hemorrágicos potencialmente letais. A infecção pelo Zika é associada ao desenvolvimento de lesões neurológicas em crianças e adultos, como a Síndrome Congênita do Zika e a Síndrome de Guillain-Barré. Com isto este projeto busca revelar alvos terapêuticos e biomarcadores para diagnóstico através de assinaturas gênicas, pela de conjunto de genes, rede gênica e genes hubs. Este estudo analisou as respostas imunológicas nas infecções agudas por CHIKV, DENV e ZIKV usando RNA-Seq de células mononucleares de sangue periférico (PBMC) de indivíduos naturalmente infectados. Aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal da Bahia, foram coletadas amostras de sangue e urina para confirmação de infecção por RT-qPCR. Foram recrutados 37 indivíduos com CHIKV, 8 com DENV, 14 com ZIKV e 6 controles saudáveis. O RNA das PBMCs foi sequenciado na plataforma NextSeq 500 da Illumina. Foi realizada uma análise de expressão diferencial com ferramentas de bioinformática e definido como genes diferencialmente expressos (DEGs) segundo os critérios de pajustado < 0,05 e fold change ≥ 2 ou ≤ -2. Com isso foi feito o enriquecimento biológico foi realizado e a análise de co-expressão gênica. Os resultados mostraram respostas específicas para cada vírus: CHIKV apresentou proliferação celular regulada por citocinas, DENV mostrou regulação do ciclo celular, e ZIKV destacou sinalização de quimiocinas. Biomarcadores potenciais identificados incluem ARG1 e ANGPTL4 para CHIKV, HIST1H2BJ para DENV e MIR6775 para ZIKV. A co-expressão gênica revelou módulos distintos associados a respostas imunológicas e metabólicas específicas para cada vírus. Todos os arbovírus apresentaram módulos relacionados à tradução de proteínas e atividade ribossomal, com genes centrais específicos para cada infecção. Este estudo fornece uma compreensão detalhada das respostas imunológicas nas infecções por CHIKV, DENV e ZIKV, identificando biomarcadores e alvos terapêuticos potenciais, essenciais para o desenvolvimento de estratégias diagnósticas e terapêuticas.

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Fiocruz Bahia participou da comemoração de 23 anos da Fapesb

No dia 27 de agosto a Fiocruz Bahia participou da comemoração aos 23 anos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). A atividade foi realizada no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador, e contou com a presença da diretora e dos vice-diretores de Pesquisa e Ensino, da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, Ricardo Riccio e Claudia Brodskyn, respectivamente; do diretor-Geral da Fapesb, Handerson Leite; e de André Joazeiro, Secretário Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (SECTI).

Marilda Gonçalves enfatizou a importância da Fundação no suporte à pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação no estado da Bahia, a instituições de ensino e de pesquisa. “A Fapesb tem realizado a manutenção de bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado, pós-doutorado e também é uma agência financiadora de projetos de pesquisa. Isso tem contribuído muito para a pesquisa dentro do estado da Bahia. Ressalto que, apesar de a FAPESB ter uma atuação ativa dentro do ambiente de pesquisa e inovação, desenvolvimento tecnológico e inovação do estado, é importante que nós tenhamos mais financiamentos para pesquisa, para que realmente exista um desenvolvimento maior dessas áreas na Bahia. Lembrando que o desenvolvimento de pesquisa, de inovação e desenvolvimento tecnológico está diretamente associado a melhorias na vida da sociedade e da saúde em todas as áreas”.

Durante o evento, Leite anunciou investimentos em três editais através da Fapesb, o Incite 2, o Tecnova 3 e o de Avaliação de Políticas Públicas, que juntos totalizam mais de 58 milhões de reais. Também participaram do evento o subsecretário da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), Paulo Barbosa, o diretor científico do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Olival Freire, e a primeira-dama e presidente das Voluntárias Sociais da Bahia, Tatiana Velloso.

Sobre a Fapesb

Criada em 2001, a Fapesb tem a missão de fomentar atividades de ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento sustentável da Bahia. Durante a sua existência, foi fundamental para o avanço da pós-graduação na Bahia, concedendo cerca de 45.000 bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Mais de 300 editais foram lançados para financiamento de projetos de pesquisa nas mais diversas áreas da ciência. Além disso, a Fundação também tem financiado a inovação em micro e pequenas empresas no Estado, apoiando mais de 350 empreendimentos.

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Dissertação investiga propriedades de nanoemulsão para malária

Estudante: Aline Lorena Lourenço dos Santos Miranda
Orientação: Diogo Rodrigo de Magalhães Moreira
Coorientação: Helenita Costa Quadros
Título da dissertação: DESENVOLVIMENTO DE UMA NANOEMULSÃO CONTENDO DECO-QUINATO PARA O TRATAMENTO DA MALÁRIA EXPERIMENTAL
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 07/10/2024
Horário: 13h30
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 860 9244 8058
Senha: aline

Resumo

INTRODUÇÃO: A malária é a doença infecciosa parasitária com maior taxa de morbidade e mortalidade no mundo, tendo como epicentro a África subsaariana, atingindo em sua maioria crianças e gestantes. Os medicamentos antimaláricos administrados atualmente na clínica não são adequados ou eficientes para superarem todos os desafios enfrentados na malária, sendo a resistência a principal delas. Desse modo, a reposição de fármacos tem sido considerada uma alternativa promissora para acelerar o desenvolvimento de novos fármacos e implementá-los na clínica mais rapidamente, eliminando custos operacionais e tempo. OBJETIVOS: investigar as propriedades farmacológicas de uma nanoemulsão contendo decoquinato para o tratamento da malária experimental. MATERIAIS/MÉTODOS E RESULTADOS: A nanoemulsão foi desenvolvida em colaboração com os pesquisadores do Laboratório de Tecnologia Farmacêutica da Universidade Federal da Bahia, possibilitando então o início dos trabalhos para avaliação in vitro e in vivo frente ao plasmódio. Foram realizados ensaios de citotoxicidade e os compostos apresentaram baixa concentração citotóxica quando testados em culturas de J774 e HepG2. As nanoformulações foram capazes de apresentar atividade antiparasitária in vitro nas cepas D10 e W2, com CI50 menor que a CQ e MFQ respectivamente. As nanoformulações apresentaram atividade potente contra as formas sexuadas do P. falciparum, quando comparadas com o AM. Foi realizado também ensaio de hemólise, para saber se os compostos eram capazes de lisar as hemácias e causar efeitos adversos. Não ocorreu hemólise nem nas maiores concentrações dos compostos. E por fim, todos os compostos foram testados in vivo em camundongos da linhagem Swiss Webster infectados com a cepa P. berghei-GFP, nesse experimento com base no método de Peters, ao qual é analisado a supressão da parasitemia, os animais tratados com NE-DQ e MCT-DQ apresentaram parasitemia reduzida em relação grupo veículo, o que fez com que consequentemente aumentasse o tempo de sobrevida. CONCLUSÃO: Diante dos resultados, podemos observar que o DQ quando encapsulado em uma nanoformulação apresenta-se como um promissor antimalárico, tendo como resultados significativos na redução da parasitemia in vitro e in vivo.

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Cientistas

Marilda Gonçalves

Marilda de Souza Gonçalves nasceu em 1957. É graduada em Farmácia Bioquímica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), tem mestrado e doutorado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com doutorado sanduiche – Medical College of Georgia, e pós-doutorado pela Universidade da Pensilvânia (EUA). Atualmente, é diretora e pesquisadora titular da Fiocruz Bahia e professora titular da Faculdade de Farmácia da UFBA. A cientista é a primeira mulher negra a ser diretora da Fiocruz Bahia.

Possui experiência na área de Hematologia e Genética, com ênfase em Biologia Molecular, atuando na área de interação da genética com marcadores hematológicos, bioquímicos e imunológicos, principalmente nos seguintes temas: doença falciforme, hemoglobina fetal, anemias, leucemias e saúde materno-fetal.

A pesquisadora afirma que a ciência é a melhor coisa que já aconteceu à humanidade, pois permite abrir caminhos para o conhecimento, caminhos para melhorar a vida de todos. “O mundo precisa da ciência para sobreviver, para se locomover, para falar ao telefone, para curar suas doenças. A ciência está em toda parte e os cientistas são elementos fundamentais para o desenvolvimento de uma comunidade e para que as sociedades vivam plenamente”.

Saiba mais sobre Marilda Gonçalves, clique aqui.

Oswaldo Cruz

O médico sanitarista e cientista Oswaldo Gonçalves Cruz nasceu em São Luís do Paraitinga (SP), em 5 de agosto de 1872. Graduou-se na Faculdade de Medicina do Rio de janeiro, em 1892. Em 1897 Oswaldo Cruz viajou para Paris, onde permaneceu por dois anos estudando. De volta ao Rio de Janeiro, assumiu a direção técnica do Instituto Soroterápico Federal, que era construído na Fazenda Manguinhos. O jovem médico e cientista teve que empreender uma campanha sanitária de combate às principais doenças da capital federal: febre amarela, peste bubônica e varíola.

A luta contra as doenças ganhou reconhecimento internacional em 1907, quando Oswaldo Cruz recebeu a medalha de ouro no 14º Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, na Alemanha, pelo trabalho de saneamento do Rio de Janeiro. Oswaldo Cruz ainda reformou o Código Sanitário e reestruturou todos os órgãos de saúde e higiene do país. Em 1908 o sanitarista foi recepcionado como herói nacional e, no ano seguinte, o instituto passou a levar seu nome.

Em 1913, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Em 1915, por motivos de saúde, abandonou a direção do Instituto Oswaldo Cruz e mudou-se para Petrópolis. Eleito prefeito daquela cidade, traçou vasto plano de urbanização, que não pode ver construído. Sofrendo de crise de insuficiência renal, morreu a 11 de fevereiro de 1917, com apenas 44 anos.

Clique aqui e saiba mais sobre o cientista.

Carlos Chagas

Nascido em 9 de julho de 1879, em Oliveira, Minas Gerais, Carlos Justiniano Ribeiro Chagas. Em 1897, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Concluído o curso, escolheu a malária como tema de sua tese, intitulada “Estudos hematológicos no impaludismo” e defendida em 1903 – iniciativa que o colocou pela primeira vez em contato com Oswaldo Cruz. Em 1905, realizou em Itatinga, interior de São Paulo, a primeira campanha bem sucedida do país contra a malária. Decidiu combater o mosquito no interior das casas, desinfetando-as pela queima de piretro. Sua teoria da infecção domiciliar da malária serviu de base para o efetivo combate à doença em todo o mundo. Ao regressar de São Paulo para o Rio de Janeiro, em 1906, Carlos Chagas retornou ao Instituto Oswaldo Cruz, onde trabalhou por toda a vida.

Clique aqui e saiba mais sobre Carlos Chagas.

Gonçalo Moniz

Gonçalo Moniz Sodré de Aragão, nascido em 1870, ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1887. A relevância de seu trabalho na construção da medicina baseada no conhecimento etiológico de suporte experimental começou a se desenhar já em 1891, logo após a conclusão de seu curso, quando publicou neste mesmo ano o trabalho intitulado “Etiologia e Pathogenia da suppuração”. Como professor, ocupou a cadeira de Fisiologia, Anatomia, Fisiologia Patológica e Patologia Geral que assumiu de 1894 a 1895, através da apresentação da tese “Imunidade Mórbida”, passagem que o prepararia para construir uma carreira voltada para estudos no campo da microbiologia.

Em 1899, Gonçalo Moniz foi nomeado pelo Governo Estadual para montar e dirigir o Gabinete de Análises e Pesquisas Bacteriológicas, voltado para a verificação de óbitos e controle das doenças infecto- contagiosas de caráter epidêmico. Essa atividade levaria a publicar vários estudos e observações sobre a peste bubônica. O Instituto Gonçalo Moniz, a Fiocruz Bahia, leva este nome em homenagem ao médico baiano.

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Zilton Andrade

Nascido em 1924, no município de Santo Antônio de Jesus, Bahia, seu interesse por ciência começou desde muito cedo, ainda criança, quando via filmes com cenas de laboratórios. Formou-se médico pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), no ano de 1950. Doenças como leishmanioses, doença de Chagas, esquistossomose e fibrose hepática, foram focos de sua pesquisa. Ao longo de sua carreira, foi amplamente reconhecido por seu trabalho e, como resultado, recebeu muitos prêmios, como a Medalha de Alto Mérito do Conselho Regional de Medicina da Bahia. Ingressou na Fundação Oswaldo Cruz em 1983, onde foi diretor e pesquisador. Colaborou significativamente na construção da unidade, que possui um pavilhão com seu nome e abriga a maioria dos laboratórios da instituição. Faleceu em 2020, aos 96 anos.

Conheça mais sobre o cientista, clique aqui.

Juliano Moreira

Nascido em Salvador em 6 de janeiro de 1872, Juliano Moreira era filho de Manuel do Carmo Moreira Júnior, português, inspetor de iluminação pública, e Galdina Joaquim do Amaral, doméstica. Juliano Moreira foi um dos principais nomes da história da saúde mental no Brasil, considerado o pai da psiquiatria brasileira e que revolucionou o campo. Dono de grande sucesso acadêmico no país e no exterior, Juliano presidiu a Academia Brasileira de Ciências. Moreira contestou cientificamente a teoria da degenerescência racial — que, em sua época, associava doenças à mistura de raças — como deixou inúmeras outras contribuições para o campo da Medicina, como o estudo da sífilis — sua tese de formatura, defendida aos 18 anos, até hoje é uma referência no assunto — e o pioneirismo na divulgação científica, entre outras áreas. O cientista morreu na cidade de Correias, no Rio de Janeiro, em 1933.

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Joaquim Venâncio

Joaquim Venâncio Fernandes era um homem negro, que nasceu em uma fazenda em Minas Gerais em 23 de maio de 1895. Mas foi no Rio de Janeiro que fez história. Joaquim trabalhou por mais de 30 anos na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no campus de Manguinhos. Ele passou de servente a auxiliar de laboratório e contribuiu para várias pesquisas científicas. Dada a sua importância, foi homenageado e passou a dar nome a uma unidade da instituição: a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), que  foi criada em 1985, voltada para a formação de técnicos para a área de saúde. Joaquim faleceu em 27 de agosto de 1955 devido a complicações cardíacas.

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Sérgio Arouca

O sanitarista Sérgio Arouca foi um dos principais teóricos e líderes do chamado “movimento sanitarista”, que mudou o tratamento da saúde pública no Brasil. A consagração do movimento veio com a Constituição de 1988, quando a saúde se tornou um direito inalienável de todos os cidadãos, como está escrito na Carta Magna: “A saúde é direito de todos e dever do Estado”.

Morto aos 61 anos, em 2 de agosto de 2003, Arouca é reconhecido por sua produção científica e a liderança conquistada na construção do Sistema Único de Saúde (SUS). Foi presidente da Fiocruz em 1985, professor da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), além de chefe do Departamento de Planejamento da Escola.

Conheça mais sobre Sergio Arouca, clique aqui.

Adolpho Lutz

Médico e cientista brasileiro, Lutz nasceu no Rio de Janeiro em 1855. Com doutorado pela Universidade de Berna, na Suiça (1880), Lutz começou a clinicar em Limeira, São Paulo. Dez anos mais tarde foi para o Havaí como especialista em hanseníase, onde chegou a ser diretor do hospital de Kalihi, na ilha Molocai. Em 1893, voltou ao Brasil para dirigir em São Paulo o Instituto Bacteriológico, o primeiro do gênero na América do Sul e que hoje tem seu nome. Lá permaneceu até 1908, quando Oswaldo Cruz o convidou para chefiar um dos setores de Manguinhos, onde trabalhou por 32 anos. Lutz publicou inúmeros trabalhos sobre febre tifóide, malária, esquistossomose, difteria, leishmaniose, hanseníase, entre outros. Seu falecimento ocorreu em 1940.

Saiba mais sobre o cientista, clique aqui.

Maria Inês

Maria Inês da Silva Barbosa é uma pesquisadora negra brasileira de 69 anos, professora e doutora em Saúde Pública, pioneira nos estudos sobre racismo e saúde. Esteve na equipe que articulou e institucionalizou a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), instituída em 2009 pelo Ministério da Saúde, com o objetivo de combater as desigualdades no Sistema Único de Saúde (SUS) e promover a saúde da população negra de forma integral.

Nascida em 12 de novembro de 1954, Maria Inês foi criada na periferia de São Paulo, em Cidade Dutra, um distrito localizado no extremo sul do município. Maria Inês é Assistente Social; Mestre em Serviço Social; Doutora em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), sua tese sobre racismo em saúde é reconhecidamente o primeiro trabalho sobre perfil de mortalidade da população negra no país. É professora aposentada do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), onde exerceu atividades de pesquisa, ensino e extensão na docência de cursos de graduação, de especialização, mestrado e doutorado.

Conheça mais um pouco da pesquisadora, clique aqui.

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Profortec – Saúde divulga resultado final e convocação para matrícula

O Comitê Técnico Assessor do PROGRAMA DE FORMAÇÃO TÉCNICA EM CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE – PROFORTEC-SAÚDE promovido pelo IGM torna público o resultado final da seleção do programa de formação, nos perfis Laboratórios e Plataformas e convoca os candidatos para a matrícula.

Os candidatos aprovados que não forem convocados no momento, irão compor cadastro de reservas para convocação no caso de desistências ou surgimento de novas vagas durante o período de vigência do curso.

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Caracterização fenotípica e genética de Bordetella pertussis é tema de tese

Estudante: Viviane de Matos Ferreira
Orientação: Leila Carvalho Campos
Título da tese: Caracterização fenotípica e genética de Bordetella pertussis isoladas na Bahia, no período de 2011 a 2019
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 09/09/2024
Horário: 09h00
Local: Sala de videoconferência e Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 880 7395 1872
Senha: viviane

Resumo

INTRODUÇÃO: A coqueluche é uma doença infecciosa aguda do trato respiratório, de alta transmissibilidade, causada pela bactéria Bordetella pertussis. Essa doença pode ocorrer em indivíduos de qualquer faixa etária, sendo que os lactentes menores de seis meses constituem o grupo mais propenso a apresentar formas graves da doença. Nas últimas décadas, a coqueluche ressurgiu em países com alta cobertura vacinal tornando-se assim uma das doenças imunopreviníveis com maior prevalência no mundo. A reemergência da coqueluche tem sido associada a diversos fatores que vão desde as novas técnicas para diagnóstico até queda da imunidade conferida pela vacina e adaptação do patógeno. OBJETIVO: Este estudo tem como objetivo realizar a caracterização fenotípica e genética de cepas de B. pertussis isoladas na Bahia, no período de 2011 a 2019. MÉTODOS: Um total de 178 cepas de B. pertussis, provenientes da coleção de culturas do Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (LACEN-BA), foram recuperadas por métodos clássico microbiológicos. As características fenotípicas foram avaliadas pelo método de soroaglutinação, ensaio imunoenzimático e imunoblotting. As características genéticas dos isolados foram analisadas por eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE) e sequenciamento do genoma completo (WGS). RESULTADOS: A maioria das cepas foi isolada em indivíduos menores de 1 ano de idade, sendo 56,9% (58/102) provenientes de indivíduos com idade ≤ 2 meses. A maioria das cepas foram isoladas entre 2011- 2014 (89,9%), sendo o ano de 2014 o que apresentou maior frequência de isolados ( 67/178; 37,6%). Observou-se variação nos sorotipos ao longo do tempo, com maior prevalência do sorotipo 3 em 2011-2013, e a partir de 2014 o sorotipo 2,3 passou a ser o mais frequente. Além disso, todas as cepas testadas para pertactina demonstraram a presença desta adesina. Foram identificados 85 perfis eletroforéticos utilizando PFGE, dos quais BP.Xba.0163 (7,3%;13/178) e BP.Xba. 0178 (7,3%;13/178) foram os padrões mais prevalentes, predominantemente isolados em 2014 e 2015. Além disso, foi observada redução na diversidade dos perfis eletroforéticos ao longo do período de estudo. Após análise genômica, foram observados sete perfis genotípicos, dos quais ptxA1/ptxP3/fim2-1/fim3-1 foi o mais frequente, apresentando predominância após o ano de 2014. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esses achados enfatizam a importância do monitoramento das características fenotípicas e genotípicas de cepas de B. pertussis para apoiar estratégias de controle e prevenção.

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Pesquisador é diplomado membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências

O pesquisador da Fiocruz Bahia, Bruno Solano, foi diplomado membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências (ABC), no dia 23 de agosto. O simpósio e a cerimônia de diplomação dos membros afiliados da ABC da regional Nordeste e Espírito Santo para o quadriênio 2024-2028 foi realizado no Senai-Cimatec, em Salvador. Membro afiliado é uma categoria de pesquisadores com menos de 40 anos de idade, eleitos pelos membros titulares, representando as diferentes regiões do Brasil, em um mandato de cinco anos.

Além de Solano na área de Ciências Biomédicas, mais quatro cientistas e professores universitários apresentaram as pesquisas pelas quais foram eleitos e receberam os diplomas: Anielle Christine Almeida Silva (UFAL, Ciências Físicas), Bruna Aparecida Souza Machado (Senai/FIEB, Ciências da Saúde), Enelise Katia Piovesan (UFPE, Ciências da Terra) e Yuri Gomes Lima (UFC, Ciências Matemáticas). Eles foram eleitos no final de 2023, empossados automaticamente em janeiro de 2024 e cumprirão o mandato entre os anos de 2024 e 2028.

O pesquisador compartilhou que se sente profundamente grato pelo reconhecimento de seu trabalho. “Como membros afiliados, temos esse papel de contribuir para aproximar a ABC e a sociedade. Vejo aqui uma excelente oportunidade para destacar as contribuições científicas produzidas na região Nordeste”, declarou.

No evento, Solano ministrou a palestra “O que esperar após aprovação da primeira terapia de edição genômica com CRISPR/Cas9?”, onde falou sobre a origem da tecnologia, como se deu a aprovação, o que se deve esperar para os próximos períodos e porque ela representa uma grande revolução na medicina. Durante sua apresentação, o cientista citou o marco da aprovação da primeira terapia usando esta tecnologia para a anemia falciforme e a continuidade da pesquisa aplicando a terapia no Brasil.

Sobre o pesquisador

Bruno Solano de Freitas Souza possui graduação em medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestrado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa pela Fiocruz Bahia, doutorado em Patologia Humana e Experimental, da UFBA em ampla associação com a Fiocruz Bahia, e possui MBA na área de gestão em saúde pela Fundação Getúlio Vargas.

É pesquisador da Fiocruz Bahia e do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), além de ser médico coordenador e responsável técnico do Centro de Biotecnologia e Terapia Celular do Hospital São Rafael, com área de pesquisa em biotecnologia, células-tronco e genética.  Atua em projetos de pesquisa clínica e translacional com foco principal nas áreas de terapia celular, medicina regenerativa, edição gênica, CRISPR/Cas9 e estudos de biomarcadores. É bolsista de produtividade nível 2 do CNPq.

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Tese analisa biomarcadores para qualidade de células-tronco para tratamento de trauma raquimedular

Estudante: Thais Alves de Santana
Orientação: Milena Botelho Pereira Soares
Título da tese: Identificação de biomarcadores para a qualidade de células-tronco mesenquimais para tratamento de trauma raquimedular
Programa: Pós-Graduação em em Patologia Humana e Experimental
Data de defesa: 10/09/2024
Horário: 09h00
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 870 5351 3291
Senha: defesa

Resumo

INTRODUÇÃO: O trauma raquimedular (TRM) é uma condição clínica que afeta milhares de pessoas ao redor do mundo e ainda não possui um tratamento eficaz. Sendo assim, as células-tronco surgem como uma alternativa para o tratamento desses pacientes. Dentre elas, as células-tronco mesenquimais (MSCs) se destacam por apresentarem uma série de vantagens, principalmente, devido à secreção de fatores com potencial para auxiliar na regeneração tecidual. Contudo, devido à heterogeneidade dessas células e às diferenças existentes entre as células dos pacientes se faz necessária a realização de testes de potência, visando a identificação de novos marcadores que possam ajudar na seleção das MSCs de melhor qualidade. OBJETIVO: Identificar marcadores, com base nas características biológicas de células-tronco mesenquimais obtidas de pacientes com TRM, que podem ser utilizados para avaliar a qualidade de uma MSC para uso clínico. MÉTODOS: Inicialmente, as MSCs foram caracterizadas por citometria de fluxo e pela análise de diferenciação celular, para depois serem cultivadas em meio DMEM e XF para comparações entre o cultivo em diferentes meios. Para identificação dos genes com potencial, foi realizada uma análise de bioinformática. Já para a proliferação celular foi realizado o experimento de PD com posterior análise de expressão gênica e de parâmetros morfológicos de forma e tamanho usando equipamento automatizado. Além disso, as células submetidas ao PD foram marcadas para avaliar a atividade de ꞵ-galactosidase e de genes de senescência, bem como para análise de estresse por MITOSOX e de morte celular por Anexina/PI. Para avaliar o potencial imunomodulador, as MSCs foram co-cultivadas com PBMCs marcadas com CFSE para avaliação por citometria de fluxo, enquanto para avaliação do efeito antifibrosante, foi analisado o cultivo de fibroblastos co-cultivados com as MSCs. Ao final de ambos os experimentos, foi realizada uma análise da expressão de genes de imunomodulação e fibrose nas MSCs. RESULTADOS: as MSCs cultivadas em meio XF apresentaram um aumento da expressão de alguns dos genes analisados e da sua proliferação, bem como uma redução de tamanho em relação às cultivadas em DMEM. A análise do PD revelou diferenças significativas entre as linhagens, com aumento da expressão de genes de proliferação/stemness nas com melhor desempenho, que também apresentavam um tamanho reduzido e menor expressão de genes de senescência. Já a avaliação de estresse e morte celular mostrou um aumento da marcação para algumas das MSCs, enquanto outras apresentavam uma redução, com aumento da expressão de genes de sobrevivência. Por fim, os ensaios funcionais de imunomodulação, efeito antifibrosante mostraram que fomos capazes de padronizar a ativação de fibroblastos e linfócitos in vitro, com mudanças na expressão gênica das MSCs. Além disso, diferenças significativas entre as linhagens e os controles foram observadas nos dois primeiros ensaios. CONCLUSÃO: os experimentos mostram que fomos capazes de identificar grupos de genes com potencial para serem usados para avaliar a qualidade das MSCs visando o tratamento do TRM. Palavras-chave: MSCs; TRM; Testes de potência; Proliferação

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Pesquisadores são eleitos membros da Academia de Ciências da Bahia

Os pesquisadores da Fiocruz Bahia Guilherme Ribeiro e Fernanda Grassi foram eleitos como membros da Academia de Ciências da Bahia (ACB) na área de Ciências da Vida. A cerimônia de posse será realizada no dia 18 de setembro, quando os novos membros serão reconhecidos por suas contribuições, junto com mais um membro da mesma área e outros três das Ciências Exatas, Agrárias e da Terra.

A academia destacou que a escolha não representa apenas a expansão do corpo acadêmico da instituição, mas também o fortalecimento de sua missão de promover a excelência científica e o avanço do conhecimento. Além disso, acredita que os novos membros trarão novas perspectivas e impulsionarão o avanço do conhecimento em suas respectivas áreas. Os pesquisadores são indicados e votados por toda comunidade acadêmica atual, que atualmente são mais de 100 pesquisadores.

Guilherme de Sousa Ribeiro

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Residência Médica em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo, Mestrado em Epidemiologia pela Harvard School of Public Health e Doutorado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PGBSMI) pela Fiocruz Bahia. É Pesquisador Associado em Saúde Pública da Fiocruz Bahia, onde também atua como Professor Permanente do PGBSMI. Na UFBA, é Professor Associado da Faculdade de Medicina, Professor Permanente da Pós-Graduação em Saúde Coletiva e da Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho.

É Bolsista de Produtividade em Pesquisa (PQ-1C) do CNPq. Tem experiência na área de epidemiologia clínica e aplicada à saúde coletiva. Desenvolve pesquisas sobre problemas de saúde associados à iniquidade social e à pobreza urbana. Suas principais linhas de investigação incluem a eco-epidemiologia, a clínica e o diagnóstico de doenças transmissíveis, particularmente sobre as arboviroses emergentes.

Maria Fernanda Rios Grassi

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e mestrado e doutorado em Imunologia pela Universite de Paris VII, na França e realizou pós-doutorado na Fiocruz. É pesquisadora Titular da Fiocruz Bahia e Professora Adjunta da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Atualmente é professora do núcleo permanente da Pós-graduação de Medicina e Saúde Humana da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Humana e professora da Pós-Graduação de Biotecnologia e Medicina Investigativa (PGBSMI) da Fiocruz Bahia, onde coordena a disciplina de Bioética. Tem experiência na área de Infectologia e Imunologia, com ênfase em Imunologia Celular, atuando principalmente nos seguintes temas: modulação da resposta imune nas infecções por retrovírus humanos (HTLV-1, HIV).

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Profortec-Saúde divulga resultado da entrevista de heteroidentificação

O Comitê Técnico Assessor do Programa de Formação Técnica em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (Profortec-Saúde), promovido pelo IGM, em concordância com a legislação vigente que dispõe sobre a indução de Ações Afirmativas, torna público o resultado da entrevista com a Comissão de Heteroidentificação Racial, seleção do programa de formação, no perfil Laboratórios e Plataformas.

Clique aqui para consultar a lista.

A lista com o resultado final, com a ordem de classificação dos candidatos, será publicada no dia 29/08. Após a classificação, serão convocados para matrícula os candidatos classificados dentro do número de vagas para ampla concorrência e vagas reservadas para ações afirmativas.

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XXII Epimol reuniu pesquisadores e estudantes para formação em epidemiologia molecular

Entre os dias 11 e 16 de agosto aconteceu, na Fiocruz Bahia, o XXII Curso Internacional de Epidemiologia Molecular em Doenças Infecciosas e Parasitárias Emergentes (XXII Epimol). Com coordenação dos pesquisadores da Fiocruz Bahia, Mitermayer Galvão Reis e Luciano Kalabric, e a pesquisadora Joice Neves, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o objetivo principal do curso é apresentar os princípios básicos da epidemiologia molecular para epidemiologistas e profissionais de laboratório, trabalhando em instituições nacionais e internacionais com doenças infecciosas e parasitárias emergentes e/ou reemergentes, de importância para a saúde pública em seus respectivos países.

A capacitação contou com a participação de 80 inscritos, dentre estudantes da pós-graduação da Fiocruz Bahia, servidores da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS), e ouvintes do público geral.

Mitermayer Galvão Reis relatou que a cada edição o curso traz alguma novidade e que é um privilégio ter no evento professores que vêm de outros países, que trazem suas experiências e novas ferramentas. “Já estamos definindo a nova edição. O Epimol é um curso que se renova, e a cada ano nós temos mais candidatos, temos que fazer seleção, mostrando a relevância do curso para a formação. Estamos oferecendo oportunidade de treinamento para pessoas que vêm aqui em busca de um aumento de conhecimento e investimento na área”, concluiu.

De acordo com Luciano Kalabric, o Epimol é um curso maduro e as novidades se concentram nos temas da saúde que são mais importantes a cada ano. “Trouxemos de volta a doença de Chagas pelo segundo ano consecutivo, e foram feitas colaborações com a Universidade de Tulane, que permitem que a gente faça estudos sobre a doença de Chagas, e com isso podemos trazer os professores”.

Além desses temas, Kalabric observou que a participação do professor Felipe Naveca foi importante para abordar a dinâmica de transmissão de uma série de doenças como dengue, zika, chikungunya e Oroupoche. E a professora Katherine Walters e juntamente com a pesquisadora Theolis Bessa, trouxeram discussão dos temas sobre tuberculose.

Para Joice Neves, a XXII edição do Epimol continua impactando como as primeiras e sempre com novos aprendizados sendo compartilhados. “Esse ano, as ferramentas de sequenciamento genômico trouxeram um destaque especial, principalmente na abordagem de estudos epidemiológicos de vírus emergentes”, pontuou.

Ronald Blanton, médico especializado em doenças infecciosas da Universidade de Tulane (EUA) e professor do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PGBSMI) da Fiocruz Bahia, compartilhou que sente prazer em participar do curso que completou 22 anos de existência.

“Estão acontecendo mudanças no mundo inteiro, e nós estamos introduzindo essas mudanças no Epimol. É um grande prazer participar e crescer com todo o grupo que está fazendo o curso, aumentando também o conhecimento nas técnicas”. Além de estar entre os professores do curso, Blanton também palestrou na Sessão Científica no último dia, sobre a

“Esquistossomose como doença urbana: 13 anos de estudos nos bairros de Salvador”. Na programação, houve ainda uma homenagem a um dos criadores do curso, o professor da Universidade de Berkeley (EUA), Lee Riley, que faleceu em 2022.

A estudante de mestrado do PGBSMI, Maria Victoria Lima de Castro, contou que participar do curso foi uma experiência que abriu muitas possibilidades. Para ela, a parte dos exercícios foi uma das mais interessantes, pois tinha a oportunidade de colocar em prática o que havia sido ensinado. “Tenho uma curiosidade muito aflorada, amo bancar a detetive, então realmente desvendar os casos foi o ápice para mim. Graças ao curso, agora observo a pesquisa por outros olhos. O Epimol me abriu os olhos para outras possibilidades de atuação”, finalizou Maria Victoria.

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Fiocruz Bahia levará ciência e saúde a festival de cultura japonesa

Nos dias 30 e 31 de agosto e 1º de setembro de 2024, a Fiocruz Bahia vai participar do XVI Festival de Cultura Japonesa de Salvador e XXXI Bon Odori, que acontecerá no Parque de Exposições. Realizado pela Associação Cultural Nippo Brasileira de Salvador (Anisa) e o Ministério da Cultura, o festival reúne milhares de pessoas para celebrar as tradições japonesas. No primeiro dia do evento é esperada a visita de cerca de 1.000 estudantes de escolas da rede pública.

O estande da instituição contará com atividades de divulgação científica, jogos, simulações de experimentos e exposições apresentadas por pesquisadores e estudantes dos programas de pós-graduação e iniciação científica da Fiocruz Bahia.

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Projeto ‘Poluição do Ar em Salvador’ fica entre os 3 melhores do Prêmio Espírito Público

A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Nelzair Vianna, foi uma das finalistas do Prêmio Espírito Público, na categoria Saúde, com o projeto “Poluição do Ar em Salvador: Uma abordagem em análise de riscos para tomada de decisão”. O prêmio tem a missão de reconhecer e prestigiar a atuação de profissionais que trabalham com o propósito de transformar positivamente o serviço público brasileiro.

Nelzair Vianna relatou que a premiação foi um dia especial e emocionante que ficará guardado para sempre. “Passou um filme de todo o processo até chegar aqui. Compartilhar esse momento com os melhores projetos do Prêmio Espírito Público foi vibrante. Subir ao palco com colegas tão especiais foi mais incrível ainda. Cada servidor tem a sua história de resiliência para vencer todos os desafios que a carreira pública nos impõe a cada dia, e certamente neste dia representamos tantos vencedores anônimos que se dedicam a servir a população”, pontuou.

De acordo com Vianna, ser finalista do prêmio entre os três melhores trabalhos do Brasil tem um significado muito especial. “Independentemente da premiação, sempre vi o meu trabalho como um projeto de vida e propósito. A cada realização dele, ao provocar mudanças no sistema, já me fazia sentir vencedora. Ter esse reconhecimento nacional só reforça o quanto fez sentido todas as pequenas e grandes escolhas, com seus altos e baixos, que me trouxeram até aqui”, concluiu.

O projeto coordenado por Vianna surgiu em 2005 para abordar a falta de dados locais sobre os efeitos da poluição do ar na saúde humana. A iniciativa buscou promover a inclusão de comunidades historicamente marginalizadas, como populações quilombolas, ao desenvolver estratégias de vigilância popular em áreas de alta vulnerabilidade ambiental e social.

Desde então, a cidade passou de uma ausência de dados sobre poluição do ar em 2005 para a implementação de um programa de vigilância em saúde relacionado à qualidade do ar, contribuindo significativamente para o fortalecimento do setor público, ao estabelecer um modelo replicável de análise de riscos e promover ações concretas para a proteção da saúde pública e o enfrentamento das mudanças climáticas.

Confira os projetos no site do Prêmio.

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