30ª RAIC premia melhores trabalhos de iniciação científica

Realizada entre os dias 08 e 10 de junho, presencialmente, a 30ª Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC) da Fiocruz Bahia anunciou os prêmios de Melhores Trabalhos e Menções Honrosas. Durante os dois dias do evento, promovido pela Vice-diretoria de Ensino e Informação da Fiocruz Bahia, através do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC), os participantes puderam apresentar as pesquisas desenvolvidas na instituição, passando por uma banca composta por avaliadores internos e externos.

Durante a cerimônia de encerramento, a Vice-diretora de Ensino, Claudia Brodskyn, falou sobre a importância da iniciação científica para a formação de futuros pesquisadores. “Tem todo um carinho especial que dedicamos à RAIC porque achamos que essa é a semente que começamos a plantar. O gostar da ciência e da metodologia científica, o rigor, a ética…é um aprendizado que acaba se transformando em uma mola propulsora”, afirmou.

Vencedor nas categorias Melhor Trabalho e Melhor Apresentação Oral, o estudante de medicina, Marcio Barreto, falou sobre as contribuições do estudo ‘Validação do questionário de distúrbios do olfato (odq) para a língua portuguesa do Brasil em pacientes com síndrome pós-covid-19’, orientado pela pesquisadora da Fiocruz Bahia, Viviane Boaventura. ”Nós percebemos que mesmo após a fase aguda da Covid-19, alguns pacientes continuavam com disfunção do olfato. Então o nosso trabalho foi validar questionários que já existiam em outros idiomas, traduzindo para o português do Brasil através de um processo metodológico que garantisse a fidedignidade dos dados”, explicou.

Intitulada ‘Avaliação da atividade de moléculas sinalizadoras na migração de macrófagos infectados por Leishmania’, a pesquisa apresentada pela estudante Carla Polyana Bernardes, foi mais uma premiada na categoria Melhor Trabalho. Orientado pela pesquisadora Juliana Perrone Fullam, o estudo avalia a migração  de macrófagos murinos infectados por 3 espécies diferentes de Leishmania (Leishmania amazonensis, L. braziliensis, e L. Infantum) em ambiente  tridimensional. Segundo a premiada, a RAIC é uma grande oportunidade para divulgar e discutir os dados científicos com a comunidade Fiocruz, auxiliando na disseminação da ciência. “Receber o prêmio foi extremamente gratificante e emocionante para mim porque foi uma forma de reconhecimento de todo um trabalho em equipe, afinal a ciência não é feita de uma forma individualizada e sim em conjunto, e esse prêmio representa todo o nosso esforço e dedicação por este projeto”, afirmou.

A estudante de Farmácia, Joelma Neres, também está entre as premiadas pela banca.  A pesquisa intitulada “Alterações em genes de enzimas metabolizadoras de drogas em pacientes com anemia falciforme em uso de hidroxiuréia”, foi orientada por Dra. Marilda Gonçalves e co-orientada pelo Dr. Sètondji Cocou Modeste. “Nós estamos caracterizando os perfis laboratorial, clínico e farmacocinético dos participantes e investigando os polimorfismos em genes de enzimas metabolizadoras de drogas, buscando associações entre os dados obtidos. Com isso, buscamos identificar fatores e biomarcadores associados à variabilidade da resposta terapêutica nos indivíduos com AF em uso de HU, que é o principal tratamento para a doença”, afirmou Joelma Neres, premiada na categoria Melhor Apresentação Oral.

Contemplada com Menção Honrosa, a pesquisa ‘Análise do matrisoma tumoral e sua relação com marcadores prognósticos em modelo espontâneo canino de câncer de mama em estágio avançado’, apresentado pelo estudante de Farmácia, Bruno Almeida, o estudo busca entender as diferenças da morfologia e composição de proteínas da matriz extracelular entre estágios brandos e agressivos do câncer de mama. Para Bruno, o reconhecimento é uma validação de que ele está seguindo o caminho certo. “A pandemia foi um momento complicado na vida de todos e, para mim, além das complicações óbvias, representou um atraso no andamento do meu trabalho no laboratório e admito que tive que lutar para vencer a frustração. Esse prêmio, logo na retomada das minhas atividades em caráter normal, me deixou em êxtase por um bom tempo, pois sei que, mesmo em um contexto caótico, eu dei o meu melhor para realizar esse trabalho”, afirmou.

O estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde, Arthur Lopes, também recebeu Menção Honrosa pela apresentação oral na categoria RAIC Voluntária, com o estudo ‘O debate sobre vacina contra o novo coronavírus: uma análise de sentido no jornalismo e nas mídias sociais’, orientado por Antonio Brotas. O participante falou sobre a importância de analisar o cenário de desinformação em meio à pandemia da Covid-19 e descreveu o sentimento de ter a sua pesquisa reconhecida. “Essa é uma sensação de dever cumprido. Estou finalizando o período de Iniciação Científica e concluir essa etapa recebendo a Menção é muito representativo”, afirmou.

Ao todo foram 43 trabalhos inscritos e dezesseis premiados, que abordaram temas como sífilis, doença falciforme, leishmaniose visceral e células tronco. A RAIC premiou ainda o estudo ‘Avaliação da eficácia do tratamento com OLPC em cães naturalmente infectados com Leishmania infantum’, na categoria Programa de Vocação Científica – PROVOC, destinado a Iniciação Científica para estudantes do ensino médio.

Clique aqui e confira a lista completa de premiados.

 

Confira as fotos: 

 

 

 

 

 

twitterFacebookmail
[print-me]

Primeiro datacenter de dados administrativos em saúde do Brasil é inaugurado pelo Cidacs/Fiocruz Bahia

“O desafio de quem financia a pesquisa científica é saber identificar o que interessa ao país. E o que o Cidacs faz interessa ao Brasil”, definiu Raquel Coelho, analista sênior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na inauguração do novo datacenter do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), no Parque Tecnológico da Bahia, nesta quinta-feira, 9 de junho. O evento foi marcado pela presença de diretores, pesquisadores e técnicos de diferentes unidades da Fiocruz no país, além de representantes de diversas instituições de ciência e tecnologia do Brasil e do mundo.

No campo da pesquisa científica, o Datacenter Container possibilita um maior armazenamento e integração de dados sociais e de saúde que permitem à ciência obter informações sobre determinantes sociais da saúde, aspectos epidemiológicos relacionados a diversas doenças, avaliações de políticas públicas. Dessa forma, o Cidac despertou o interesse de órgãos nacionais e internacionais interessados em entender as dinâmicas de determinadas doenças, baseada em contextos demográficos, sociais, econômicos, entre outros.

O coordenador-geral de Ações Estratégicas em Pesquisa Clínica do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde (Decit/MS), Max Nóbrega, foi um dos presentes à mesa de abertura e destacou a importância do Cidacs para ciência brasileira, frisando a expertise do Cidacs/Fiocruz na gestão de grandes volumes de dados com muita segurança da informação: “A gente veio aqui para aprender com experiência do Cidacs, sobretudo, quanto a questão da privacidade de dados sensíveis”. E com o datacenter esses processos devem ser ainda mais otimizados.

Em vídeo enviado para a cerimônia, a presidente da Fiocruz Nísia Trindade comentou a importância do Datacenter: “Este equipamento poderá aprimorar a análise de dados com segurança e velocidade”, pois ele irá expandir a capacidade de análise de dados administrativos e de saúde, além de aumentar a capacidade de absorver e impulsionar novos projetos de pesquisa que venham para melhorar a saúde pública no Brasil, através da compreensão de análises mais complexas sobre determinantes sociais e impactos de políticas de saúde.

Diante destas potencialidades, Alexandre Menezes, vice-presidente da Global Health Strategies (GHS), que representa a Fundação Bill and Melinda Gates no Brasil, declara como ele enxerga a importância do trabalho realizado pelo Cidacs: “Olho para o Centro como um tesouro capaz não só de oferecer dados de saúde para a população, mas que segue inspirando todo o ecossistema da pesquisa científica em saúde, pois possui a singularidade do volume e a qualidade dos dados, além da capacidade da pesquisa brasileira e do compromisso com a equidade social”.

 

Fazendo história

Mais de 70 artigos publicados, parcerias nacionais, internacionais, vitórias em diversos editais internacionais. O Cidacs já tem muito o que comemorar e o Datacenter nasce pela perspectiva de que é possível e necessário fazer ainda mais.  No entanto, tamanha repercussão foi contextualizada no sentido do trabalho e das parcerias que foram fundamentais para elevar o Cidacs ao patamar que alcançou nesta data. Sobre isso, o coordenador do Cidacs, Mauricio Barreto, ressalta: “Só chegamos até aqui porque nos articulamos e tivemos parceiros que entenderam nossas potencialidades e nos permitiram esse crescimento”.

A história de parceria do Cidacs vem desde antes, na concepção, e desde que nasceu o Cidacs se instalou no Parque Tecnológico, estrutura pertencente à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). O superintendente de Inovação da secretaria Agnaldo Freire, representou a pasta e fez questão de frisar como era importante ter uma instituição que faz pela ciência o que o Cidacs faz e que leva o nome da Bahia para o mundo.

O coordenador do Cidacs Mauricio Barreto durante sua fala também relembrou que o Centro foi referência para a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e um dos artigos dessa Lei permite e viabiliza o uso de dados na pesquisa em Saúde Pública. Barreto também lembrou dos achados, do compromisso de entender determinantes sociais para o panorama da saúde pública no Brasil e alguns resultados que as pesquisas realizadas pelo Cidacs alcançaram.

Em clima de comemoração, o Cidacs foi destacado como uma importante parte de uma instituição tão renomada quanto a Fiocruz. “É impressionante ver o quanto o Cidacs já produziu e cresceu, por isso, fico envaidecida por este Centro pertencer a Fiocruz. É bom saber que vocês fazem parte do IGM”, disse Marilda Goncalves, diretora do Instituto Gonçalo Moniz (IMG – Fiocruz Bahia), representante da presidência da Fiocruz no evento.

 

Pioneirismo

Agora, além de contar com o maior estudo de saúde populacional do mundo, a Coorte de 100 Milhões, com mais de 130 milhões de indivíduos registrados, o Cidacs passa a contar também com um equipamento capaz de proporcionar mais estabilidade nos processos de análise. Sobre esse pioneirismo, Raquel Coelho, diretora substituta de Ações Estratégicas de Ciências Agrárias, Biológica e da Saúde do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), presente no evento de inauguração, afirmou que um grande desafio de quem financia pesquisa científica é saber diferenciar a pesquisa que vai interessar ao país. O CNPq foi um dos financiadores do datacenter, junto à Fundação Bill e Melinda Gates.

Com tanto os frutos sendo comemorados, o sentimento de orgulho é que marcou o evento. E foi compartilhado entre os pesquisadores na perspectiva de que agora, mais do que nunca, será possível proporcionar ainda mais parcerias no campo da pesquisa científica em saúde, conforme ressalta a professora Suani Pinho, Chefe de Gabinete da Reitoria da Universidade Federal da Bahia que representou o Reitor João Carlos Salles na mesa de abertura. “Duas marcas registrada do Cidacs são a excelência e compromisso social com o propósito de integração de dados em saúde. Para nós, da Ufba, é um grande orgulho fazer parte dessa parceria”, declarou Suani.

E um dos nossos parceiros nessa jornada foi o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Cimatec), representado pela coordenadora de Pesquisa da Pró-Reitoria, Josiane Dantas, que também relembrou como o Cidacs tem parceria com a instituição, através do uso dos espaços do Senai, e que está feliz em ter colaborado para esse crescimento do Centro. O Cidacs utiliza o espaço de supercomputação do Senai, onde fica nosso primeiro computador de alto desempenho, o Omolu.

 

 

twitterFacebookmail
[print-me]

Prorrogada as inscrições para o curso Boas Práticas para o Processamento de Amostras Histológicas

As inscrições para o curso Boas Práticas para o Processamento de Amostras Histológicas foram prorrogadas até o dia 17 de junho e podem ser realizadas através do link ou pelo QR Code disponível na imagem. 

Coordenado pelas profissionais, Ana Paula Almeida de Souza Pacheco e Lorena dos Anjos Magalhães, da Fiocruz Bahia, o curso EAD de “Boas Práticas para o Processamento de Amostras Histológicas” é 100% gratuito e caracteriza-se por uma abordagem teórica sobre as técnicas utilizadas durante o processamento de fragmentos de tecido, incluindo desde a etapa da fixação desses fragmentos até a produção de lâminas histológicas para a análise por Microscopia Óptica, Imunofluorescência e Imunohistoquímica. 

O curso é destinado aos profissionais histotecnólogos, e a estudantes de pós-graduação e graduação em cursos da área de saúde. As vagas serão distribuídas a esses grupos obedecendo à proporção de 50% para profissionais da área, 30% para estudantes de pós-graduação, e 20% para estudantes de graduação. Dentro dessa proporção, os alunos serão alocados conforme a ordem de inscrição. Serão asseguradas, do total de vagas ofertadas aos grupos, no mínimo 30% para autodeclarados negros (pretos e pardos), optantes.

Os candidatos devem ter o nível de instrução/formação mínimo de Ensino Médio completo, e ter idade igual ou superior a 18 anos. A carga horária do curso é de 40hs, e todas as aulas do curso ficarão disponíveis de 20/06 a 20/07/2022. 

Os participantes serão submetidos a avaliações no final de cada módulo do curso, onde precisarão obter nota => 70. Será emitido o certificado ao final da última avaliação, caso o participante obtenha nota => 70 considerando a média de todas as avaliações. 

Para mais informações, basta entrar em contato através do e-mail:  histotecnologia@fiocruz.br

twitterFacebookmail
[print-me]

Feira agroecológica tem edição especial em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente

Na última quinta-feira, 09, foi realizada uma edição especial da Feira Agroecológica do IGM, em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente. O evento contou com a participação de expositores de alimentos orgânicos, cosméticos, produtos artesanais e sustentáveis. Além da distribuição de brindes e degustação de lanches saudáveis.

A feira, promovida pelo Serviço de Gestão do Trabalho da Fiocruz Bahia, através do Núcleo de Saúde do Trabalhador – NUST, tem como principal objetivo o fomento da educação alimentar e o fortalecimento da prática de produção orgânica, contribuindo para a saúde e o bem-estar. 

Para Adriana Carvalho, assistente operacional administrativa da Fiocruz Bahia, a edição especial foi uma ótima oportunidade para o acesso a uma variedade de produtos, despertando novos hábitos de consumo. “Toda semana eu participo e nesta edição tivemos uma feira mais abrangente. É importante incentivar esse tipo de ação, ainda mais nessa geração em que estamos vivendo, consumindo cada vez mais alimentos industrializados e com agrotóxicos. Quanto mais a gente puder se alimentar de forma saudável, melhor”, afirmou. 

A assistente administrativa, Juliana Miranda, também se mostrou satisfeita com a edição especial da feira. “Ter esses itens no seu local de trabalho é muito importante, facilita o acesso e contribui para uma melhor qualidade de vida. Além de despertar uma consciência maior em relação ao meio ambiente”, ressaltou. 

Confira as imagens: 

 

twitterFacebookmail
[print-me]

Abertas as inscrições para estágio não obrigatório na Fiocruz Bahia

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em conjunto com a Universidade Patativa do Assaré – UPA, publicou o novo edital para recrutamento e seleção de estagiários(as) e formação de cadastro reserva para fins de estágio não obrigatório. As inscrições vão de 15 a 30 de junho e podem ser feitas neste site. A bolsa tem valor de R$787,98 mais auxílio transporte.

Clique aqui para consultar o edital.

Para a Fiocruz Bahia, em Salvador, estão sendo oferecidas vagas para nível superior, nas seguintes áreas:

  • Secretariado ou Administração
  • Biblioteconomia

Esclarecimentos poderão ser prestados pelo e-mail atendimento.fiocruz@universidadepatativa.com.br.

twitterFacebookmail
[print-me]

Ciência aberta e compartilhamento de dados é tema de palestra na Fiocruz Bahia

Nesta quarta-feira, 08, foi realizada a palestra Ciência Aberta na Fiocruz: Atualizações Sobre a Gestão, Compartilhamento e Abertura para a Pesquisa, ministrada pela  coordenadora de Informação e Comunicação da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) da Fiocruz, Vanessa de Arruda Jorge. O evento, que reuniu pesquisadores e membros da comunidade interna, foi iniciado pelo vice-diretor de pesquisa da Fiocruz Bahia, Ricardo Riccio, que deu as boas vindas a palestrante e reforçou a importância do tema para os avanços científicos e, especialmente para as pesquisas desenvolvidas na instituição.

Durante a sua apresentação, Vanessa Arruda descreveu a ciência aberta como um conjunto de práticas capazes de contribuir para a ampliação do acesso a dados e produções científicas, dialogando com os princípios de transparência e colaboração, envolvendo, inclusive, acordos internacionais. “Essa é uma tentativa de aumentar o acesso a dados e informações, acelerando descobertas e trazendo o cidadão para mais perto da ciência, diminuindo os muros entre ciência e sociedade”, afirmou. 

A convidada também falou sobre as ações para a implementação da política institucional de acesso aberto, iniciada em 2016, e a definição dos seguintes eixos de atuação: política institucional, capacitação, ferramenta e infraestrutura e projetos pilotos. “Aqui nós estamos falando de um conjunto de práticas. Estamos falando de acesso aberto a artigos, teses, dissertações, cadernos de laboratórios, métodos, softwares abertos e todo o ecossistema da pesquisa. Esse não é um tema dado, é um tema que está sendo construído, são processos que estão em debate. Por isso toda a preocupação em tratá-lo de forma segura e controlada dentro da instituição”, reforçou a convidada. 

Durante o encontro, os participantes puderam tirar suas dúvidas e opinar sobre questões a respeito do tema, abordando os principais desafios e avanços a respeito da produção científica e o seu compartilhamento.

Confira a apresentação no link

Confira as fotos: 

 

 

 

 

twitterFacebookmail
[print-me]

Abertas as inscrições para o curso de Autópsias Minimamente Invasivas Guiadas por Ultrassonografia

As inscrições para o curso Autópsias Minimamente Invasivas Guiadas por Ultrassonografia estão abertas e podem ser realizadas até o dia 28 de junho, através do e-mail cursoamicus@gmail.com. A atividade promovida pela Fiocruz Bahia em parceria com o Instituto Médico Legal, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, o Serviço de Verificação de Óbitos e a Secretaria de Saúde da Bahia, será realizada nos dias 8 e 9 de julho, no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues.  

Com carga horária de 10 horas e 30 minutos, o curso, que conta com dez vagas, será realizado no formato teórico-prático de curta duração e é direcionado aos médicos patologistas, peritos médicos legais e residentes de patologia. Para a inscrição é necessário o envio de um breve currículo indicando graduação e pós-graduação, além de uma carta com as motivações para fazer o curso e como serão utilizados os conhecimentos adquiridos.

As autópsias são realizadas para a investigação das causas da morte, além de auxiliar no estudo de doenças e aperfeiçoamento da medicina. As amostras coletadas pela necropsia minimamente invasiva também podem ser analisadas por diversas técnicas usadas no estudo de necropsias convencionais, como microscopia ótica e eletrônica, além de permitir analisar a quantidade de vírus e avaliar características genéticas.

twitterFacebookmail
[print-me]

Fiocruz Bahia realiza 30ª RAIC entre os dias 8 e 10 de junho

 

A Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC) da Fiocruz Bahia será realizada entre os dias 8 e 10 de junho, em formato presencial. A abertura será realizada nesta quarta-feira, 08, às 8h30, no Auditório Aluízio Prata. Os trabalhos dos alunos serão apresentados em quatro bancas, divididas nos dois turnos dos dias 08 e 09.

08/06 manhã – Banca 1 – Local: Auditório Aluízio Prata

08/06 tarde – Banca 2 – Local: Auditório do LASP

09/06 manhã – Banca 3 – Local: Auditório Aluízio Prata

09/06 tarde – Banca 4 – Local: Auditório do LASP

 

A sessão científica integra a programação que contará com a palestra da enfermeira e pesquisadora em ciências da saúde, María B. Arriaga que abordará o tema “A ciência transformando políticas públicas em tuberculose no Brasil”, transmitida no telão do Auditório Aluízio Prata, na sexta-feira, 10, a partir das 9h. Em seguida, será realizada a premiação da RAIC, às 10h30.

 

Confira a programação completa clicando aqui

twitterFacebookmail
[print-me]

Sessão Científica – “A ciência transformando políticas públicas em tuberculose no Brasil”

Nesta sexta-feira, 10 de junho, a sessão científica abordará o tema “A ciência transformando políticas públicas em tuberculose no Brasil”. A palestra, ministrada pela pesquisadora Maria B. Arriaga, data manager no estudo PISAAC, da universidade Cayetano Heredia, será realizada às 09h, via Zoom. 

As inscrições podem ser realizadas através do link.

 

A palestrante 

Enfermeira e pesquisadora em ciências da saúde, María B. Arriaga é graduada pela Universidade Nacional Federico Villarreal, no Peru, com mestrado em Medicina e Saúde pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutorado em Patologia Experimental pela (UFBA) e Fundação Oswaldo Cruz. Atualmente é assistente de pesquisa em Bioestatística no consórcio RePORT-Brasil e membro da iniciativa Multinational Organization Network Sponsoring Translational and Epidemiological Research (MONSTER), além de Data Manager no estudo PISAAC da universidade Cayetano Heredia, no Peru. A convidada possui experiência em coordenação de ensaios clínicos, gestão e controle de qualidade de dados e análises estatísticas.

twitterFacebookmail
[print-me]

Cidacs/Fiocruz Bahia inaugura primeiro datacenter voltado para dados administrativos e de saúde do Brasil

 

Segurança, velocidade e estabilidade são as principais preocupações no trabalho de análise envolvendo grandes volumes de dados. Por conta disso, o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), que desenvolve um dos maiores estudos populacionais do mundo, a partir de informações de mais de 130 milhões de brasileiros, está inaugurando o primeiro datacenter destinado à integração de dados administrativos e de saúde do Brasil. A cerimônia de inauguração ocorre no dia 9 de junho, às 15h, no auditório do Edifício Tecnocentro, no Parque Tecnológico da Bahia.

Uma das inovações desta estrutura é que ela está alocada em um container montado em anexo ao Edifício Tecnocentro – onde o Cidacs funciona. O datacenter ampliará a eficiência no processamento de grandes bases de dados sociais e de saúde porque expande a estrutura computacional do Centro.

“O datacenter aumenta nossa capacidade de absorver novos projetos de pesquisa e dá mais agilidade aos projetos em curso”, afirma o coordenador do Cidacs, Mauricio Barreto. Atualmente, o Centro desenvolve dezenas de projetos científicos dedicados a investigar o impacto de políticas sociais e de saúde na população com parcerias e colaborações nacionais e internacionais.

A vice-coordenadora do Cidacs, Maria Yury Ichihara, também elenca os ganhos para o Centro e para a pesquisa científica sobre as desigualdades sociais e em saúde no Brasil com a inauguração do datacenter. “Poderemos vincular novas bases de dados de programas sociais, como Criança Feliz, Censo Escolar ou da Relação Anual de Informações Sociais e aprofundar a análise de determinantes sociais e impactos de políticas em eventos de saúde em extratos populacionais e eventos raros”, destaca.

Capacidade técnica do datacenter do Cidacs

O datacenter contém em sua estrutura sistemas computacionais que agregam a Sala Segura do Cidacs – que abriga os dados individualizados que precisam estar protegidos –, o ambiente de análise e a área administrativa, bem como o sistema de telecomunicações e gerador de energia elétrica.

“Já estão instalados dois clusters computacionais [infraestrutura de computação distribuída], que serão ampliados, e outro cluster que será instalado até o final do ano de 2022”, explica o responsável pela Plataforma de Dados do Cidacs, Roberto Carreiro. Ainda segundo ele, estes recursos computacionais irão proporcionar aos projetos do Cidacs um total aproximado de 2.600 hilos de processamento em CPU (vCPU) e 240.000 em GPU (Cuda), capacidade de memória de 24 terabytes e 2,5 petabytes de armazenamento.

O datacenter do Cidacs é parte das ações de um projeto financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates. O projeto tem um componente de infraestrutura, onde o datacenter está inserido, e de pesquisa relacionada a avaliação do serviço de atenção primária na saúde materno-infantil.

Cidacs cresce e dribla cenário de crise na pesquisa científica

Inaugurado em dezembro de 2016, o Cidacs surgiu com uma proposta inovadora de conduzir estudos e pesquisas a partir de uma plataforma que permitisse a utilização de grandes volumes de dados individualizados. Esta estratégia permitia uma produção científica ágil, robusta e capaz de alcançar evidências científicas em proporções inéditas rapidamente e com custos baixos. O Centro usa dados administrativos de vários sistemas de informação sociais e de saúde do governo brasileiro e executa uma série de procedimentos – como limpeza, padronização e harmonização – para adequá-los para suas investigações.

Um dos principais produtos é a coorte com dados administrativos. Esta inovação é constituída com dados de mais de 130 milhões de indivíduos pertencentes a famílias com baixa renda (que recebem renda per capita de menos de 3 salários mínimos) que são elegíveis para programas sociais do governo federal. Pesquisas sobre hanseníase, zika, dengue, covid-19, além de investigações sobre saúde mental exploram a coorte para uma análise mais eficaz sobre políticas sociais e de saúde ao longo do tempo.

Nos últimos anos, o Cidacs aumentou seus recursos humanos em 180% – saindo de 60 pessoas em 2017 para 170 em 2021 e, atualmente, possui 28 projetos ativos e 22 subprojetos – alguns deles com financiamentos de agências internacionais. Além disso, a estrutura física e computacional também vem sendo ampliada. Os parceiros e colaboradores estão em diversas partes do Brasil e no mundo, como Reino Unido, EUA, Áustria, Chile, Equador e Argentina. Mais de 70 artigos científicos revisados por pares já foram publicados por pesquisadores do Cidacs. Veja mais no site: https://cidacs.bahia.fiocruz.br/

 

twitterFacebookmail
[print-me]

Artigo da Fiocruz Bahia está na seleção do editor da Lancet Infectious Diseases

O artigo intitulado “Vaccination plus previous infection: protection during the omicron wave in Brazil”, publicado na The Lancet Infectious Diseases está entre os quatro artigos da seleção do editor da edição de maio. A publicação apresenta os resultados do estudo que avaliou, durante a onda da variante Ômicron no Brasil, a proteção contra a Covid-19 em indivíduos que tiveram a infecção antes de se vacinar. Os achados apontaram que a imunidade híbrida (pré-infecção mais vacinação) ofereceu, entre janeiro e março de 2022, alta proteção adicional contra as formas graves da COVID-19 (hospitalização ou óbito). A pesquisa faz parte do projeto Vigivac, da Fiocruz.

Da instituição, participaram o estudante de doutorado e primeiro autor do artigo, Thiago Cerqueira-Silva; e os pesquisadores Maurício Barreto, Viviane Boaventura, Vinicius Oliveira e Enny Paixão. Cientistas da Fiocruz Brasília, London School of Hygiene & Tropical Medicine (UK), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) também integraram o estudo.

twitterFacebookmail
[print-me]

Seminário discute projeto que articula grupos de pesquisa e movimentos sociais

A Fiocruz Bahia recebeu o Seminário de Sistematização dos Questionários MSTB: Quilombo Paraíso e Quilombo Manuel Faustino, no dia 26 de maio. O projeto, iniciado em 2021, é fruto da articulação de grupos de pesquisa e movimentos sociais, firmada a partir da criação do Núcleo de Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória da Saúde – NEEPES, com o objetivo de promover pesquisas que abordem, de forma simultânea, a justiça social, sanitária, ambiental/territorial e cognitiva.

Em Salvador, a iniciativa atua em parceria com o Movimento Sem Teto da Bahia – MSTB, contribuindo para a construção de um modelo de cidade vinculado a questões como proteção ambiental, agroecologia, agricultura urbana, saneamento e moradia digna, com sustentabilidade e proteção ambiental. Segundo o coordenador do NEEPES, Marcelo Firpo Porto, o trabalho busca reconhecer os saberes tradicionais e populares de grupos indígenas, quilombolas, camponeses e periferias urbanas, atuando nos seguintes eixos: agroecologia e alimentação saudável; moradia digna e proteção ambiental; saúde comunitária, autocuidado e prevenção à covid-19; comunicação entre as comunidades, movimento e sociedade.

A realização do projeto é amparada por diferentes estratégias de sistematização de experiências, tomando os movimentos sociais como sujeitos da pesquisa e articulando as suas vivências com os quatro eixos do projeto. Em sua primeira fase foram realizadas oficinas e discussões, buscando compreender como as experiências de agroecologia são realizadas no contexto dos acampamentos. A partir daí, as questões debatidas serviram para o refinamento dos questionários aplicados nos territórios, ajudando a compreender as demandas do movimento e suas necessidades em comunicação.

Os dados extraídos dos questionários são sistematizados, transformados em gráficos e aprofundados, tornando possível a reflexão sobre pontos de interesse da comunidade. Segundo o pesquisador Juliano Luís Palm, o projeto atua a partir do conceito de territórios sustentáveis e saudáveis e do conceito de promoção emancipatória da saúde, buscando entender, a partir dessa sistematização, como os movimentos contribuem para a sociedade e tornam suas experiências palpáveis.

De acordo com a coordenadora estadual do Movimento Sem Teto da Bahia, Rita Ferreira, a parceria vem se articulando para a promoção de atividades de sustentabilidade para as famílias dentro do território onde estão acampadas, com o objetivo de promover um espaço onde seja possível plantar e desenvolver a economia solidária, levando em consideração que grande parte dessas pessoas são mães solo. Além disso, pretende-se promover a produção de fitoterápicos a partir das plantas medicinais a partir dos saberes populares, em parceria com os conhecimentos científicos. O Movimento dos Sem Teto da Bahia está desenvolvendo um projeto de agrofloresta e Farmácia Viva em uma área de 35 hectares na APA Bacia do Cobre junto ao novo conjunto ambiental conquistado, beneficiando não só as famílias membros do MSTB, como também os moradores da região da Bacia do Rio do Cobre. “Nós queremos algo aberto para que as famílias e as crianças tenham contato com a terra, entendam o que são as ervas. Nós vamos resgatar a ancestralidade, a gente precisa trabalhar em cima dos saberes populares”, afirmou a coordenadora. 

A realização do seminário marca a colaboração da Fiocruz Bahia com a iniciativa, firmando o diálogo entre a instituição, os movimentos sociais e as comunidades tradicionais, contribuindo para a popularização da ciência e a produção de diferentes formas de conhecimento.

twitterFacebookmail
[print-me]

Dissertação correlaciona imunoglobulinas e formas clínicas da doença de Chagas

Autoria: Isabela Machado Serrano
Orientação: Mitermayer Galvão dos Reis
Co-orientação: Fred Luciano Neves Santos
Título da dissertação: “CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE IMUNOGLOBULINAS DE INDIVÍDUOS INFECTADOS PELO Trypanosoma cruzi
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 1ª/06/2022
Horário: 15h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO: a doença de Chagas (DC) é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e sua manifestação clínica varia de assintomática até o comprometimento cardíaco grave, que depende, dentre outros fatores, da resposta imune do hospedeiro durante o curso da infecção. Os isotipos de imunoglobulinas possuem características distintas de estrutura, função e grau de participação na patogenia da doença, e o estudo acerca destes componentes pode elucidar os mecanismos imunopatogênicos envolvidos na DC. OBJETIVO: correlacionar o perfil de imunoglobulinas de indivíduos infectados pelo T. cruzi com as formas clínicas da fase crônica da doença de Chagas. MATERIAL E MÉTODOS: as amostras séricas foram oriundas de Instituições parceiras, localizadas em diferentes estados do Brasil (Pernambuco, Bahia e Goiás) no período de 1978 a 2020. Os indivíduos diagnosticados com DC crônica foram classificados quanto à forma clínica da doença. Para identificação do perfil de imunoglobulinas (IgG total, IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4), foi realizado o método ELISA indireto utilizando o antígeno recombinante quimérico IBMP-8.4 como agente de captura. Para correlação do quantitativo de anticorpos com as fases clínicas, foram utilizados os testes estatísticos Spearman e Fisher, paralelamente. RESULTADOS: Foram obtidas 97 amostras de soro, classificadas após sorologia para T. cruzi e análise clínica como: negativas (NEG, n = 38); forma indeterminada (IND, n = 24); forma cardíaca leve (CL, n = 20) e forma cardíaca grave (CG, n = 15). Os isotipos de IgG foram encontradas em quase todas as amostras e o isotipo IgG1 apresentou maiores níveis em relação aos outros isotipos, com diferença significativa entre os grupos CL e IND. O isotipo IgG3 apresentou-se mais elevada nos indivíduos CL, quando comparados aos do grupo CG. CONCLUSÕES: os isotipos IgG1 e IgG3 são biomarcadores que podem ser utilizados na avaliação da progressão da DC, ao demonstrarem diferenças entre os grupos clínicos. Sugere-se estudos de acompanhamento dos casos, com avaliação da associação da cinética dos anticorpos com a evolução de lesões teciduais.
Palavras-chave: anticorpos; isotipos; prognóstico; doença de Chagas.

twitterFacebookmail
[print-me]

Detecção de anticorpos IgG e IgM responsivos aos extratos lipídicos de M. tuberculosis é tema de dissertação

Autoria: Luana Evangelista de Araújo
Orientação: Sérgio Marcos Arruda
Título da dissertação: “Detecção de anticorpos IgG e IgM responsivos aos extratos lipídicos de Mycobacterium tuberculosis
Programa: Pós-Graduação em Patologia
Data de defesa: 13/06/2022
Horário: 09h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO: Tuberculose (TB), doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium tuberculosis (Mtb), é considerada um grave problema para a saúde pública. Cerca de 40% do peso seco da parede do Mtb é composta por lipídios. Grande parte do genoma bacteriano é dedicado à biossíntese e degradação dessas moléculas. O Mtb contém transportadores os quais estão envolvidos na importação desses lipídios através da parede celular que são codificados pelos operons mce 1 a 4. Em um estudo recente, foi demonstrado em modelo in vitro que o Mtb, ao reprimir a expressão do operon mce1, é capaz de modificar a composição lipídica de sua parede celular, acumulando ácidos micólicos livres. Outro estudo demonstrou que os lipídios do Mtb apresentam capacidade distinta de ativar a resposta pró-inflamatória em macrófagos murinos e em células T humanas. Assim, por serem moléculas importantes para a virulência do bacilo e por serem capazes também de estimular uma resposta imune celular no hospedeiro, nessa dissertação, exploramos se os lipídios do Mtb são capazes de estimular uma resposta humoral com a produção de imunoglobulinas (Igs) que possam ser detectadas no soro humano, em diferentes populações. OBJETIVO: Avaliar os níveis de IgG e IgM responsivos aos extratos lipídicos do Mtb, da cepa selvagem e mutante no operon mce1, além de identificar se essas Igs podem ser exploradas como possíveis marcadores de doença e infecção tuberculosa. MATERIAL E MÉTODOS: Voluntários foram convidados para participar de um estudo de corte transversal mediante a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Os soros desses indivíduos foram coletados e armazenados a -80ºC até a sua utilização. Ensaios de ELISA foram realizados para identificar a detecção de anticorpos IgG e IgM contra os extratos lipídicos do Mtb adsorvidos nas placas. A avaliação dos níveis dessas Igs foi realizada através do índice de reatividade (IR), média geométrica e intervalo de confiança (IC) de 95%, além disso alguns parâmetros de desempenho dos testes foram avaliados como curva ROC, sensibilidade, especificidade, acurácia, dentre outros. RESULTADOS: Observa-se que as características clínicas e demográficas dos grupos selecionados para o estudo são bem similares. Os ensaios realizados demonstram que não há uma diferença significativa na dosagem dos anticorpos entre os grupos em estímulo aos extratos lipídicos do Mtb de ambas as cepas, com exceção dos níveis de IgG e IgM em estímulo aos lipídios da cepa selvagem no grupo de indivíduos com outras doenças pulmonares (ODP) em relação aos demais. CONCLUSAO: Os extratos lipídicos do Mtb apresentaram capacidade limitada em diferenciar os grupos testados no estudo pelas dosagens de IgG e IgM. Entretanto, observou-se um aumento nos títulos de anticorpos responsivos aos extratos lipídicos do Mtb no grupo ODP, o qual pode ser explorado como um teste diferencial de triagem. Além disso, mais estudos devem ser realizados buscando avaliar o papel de espécies lipídicas isoladas do Mtb como possíveis marcadores de prognóstico ou diagnóstico da doença, como forma de aumentar a sensibilidade e especificidade dos testes. Palavras-chave: Tuberculose, Lipídios, Testes sorológicos.

twitterFacebookmail
[print-me]

Pesquisador da Fiocruz Bahia é eleito Membro Titular da Academia de Medicina da Bahia

O pesquisador da Fiocruz Bahia, Luis Conrado dos Santos, foi eleito Membro Titular da Academia de Medicina da Bahia, para a cadeira 43, que tem como patrono o Professor Manuel Augusto Pirajá da Silva e, como último ocupante, o professor Sebastião Antônio Loureiro de Souza e Silva. Também foram eleitos, para as cadeiras 11 e 21, Angela Marisa de Aquino Miranda Scippa e Cresio de Aragão Dantas Alves, respectivamente.

Santos disse se sentir honrado pelo reconhecimento da Academia de Medicina da Bahia ao elegê-lo como um de seus membros titulares. “É uma grande responsabilidade ocupar a cadeira 43, antes ocupada por médicos que fizeram contribuições tão marcantes para a saúde. Essa é uma conquista pela qual devo muito a Fiocruz Bahia que me possibilitou atuar na atenção, pesquisa e ensino médico e às nefrologistas e aos nefrologistas que atuam na rede pública da Bahia, que sempre constituíram uma fonte de incentivo e inspiração para o cuidado do paciente”, declarou.

Para a seleção dos candidatos foi analisado o currículo da trajetória profissional, além de trabalhos inéditos e memorial sobre estudos pessoais de natureza médica. A cerimônia de posse ainda não tem data para ocorrer, podendo ser realizada em caráter coletivo ou individual, em modelo remoto.

O pesquisador

Washington Santos é graduado em Medicina, fez residência médica em Anatomia Patológica e Mestrado em Patologia Humana pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), e é doutor em Patologia pelo Kings College, University of London. Fez pós-doutorado na Fiocruz Bahia, onde atualmente é pesquisador e ocupa a chefia do Laboratório de Patologia Estrutural e Molecular (LAPEM). É também professor adjunto de Patologia, da Faculdade de Medicina da Bahia (UFBA). Na Fiocruz Bahia, coordena o programa de apoio ao desenvolvimento diagnóstico em Patologia Hepática e Renal, no qual é também responsável pelo diagnóstico, formação de especialistas e por um programa de educação continuada em Nefropatologia.

Atua na pesquisa em remodelamento tecidual em inflamações crônicas, com foco em marcadores histológicos em nefropatias e remodelamento linfoide esplênico na leishmaniose. Mantém, no momento, três linhas de pesquisas relacionadas três projetos de pesquisa: PathoSpotter-K, que lida com a tradução de lesões histológicas glomerulares em linguagem computacional, LXPLEEN, que estuda remodelação de compartimentos esplênicos na leishmaniose visceral e sua relação com a gravidade da doença e RIMFAL que estuda potenciais determinantes genéticos na progressão de doenças renais em afro-brasileiros. Foi editor do Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial no período de 2005 a 2007. Ocupou a posição de Vice-Diretor de Ensino e Informação da Fiocruz Bahia, entre 2009 e 2013.

twitterFacebookmail
[print-me]

Divulgado resultado da 1ª Etapa do Edital PIBIC FAPESB 2022

A coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) do Instituto Gonçalo Moniz (IGM) divulga o resultado da 1ª Etapa do Edital PIBIC FAPESB – 2022 do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC), apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) através do sistema de cotas institucionais.

Os orientadores aprovados deverão proceder com a indicação do estudante bolsista conforme descrito no Edital, entre os dias 23 a 27 de maio de 2022. Para a Implementação da bolsa na FAPESB é necessário encaminhar os documentos solicitados para o e-mail proiic@fiocruz.br. Os documentos devem ser encaminhados em formato PDF, sendo cada documento um arquivo, nomeados conforme descrito no Edital.

Clique aqui para conferir o resultado.

twitterFacebookmail
[print-me]

Doença de Chagas: teste rápido da Fiocruz Bahia é utilizado em inquérito sorológico

O teste rápido TR Chagas Bio-Manguinhos, desenvolvido através de parceria entre Fiocruz Bahia, Fiocruz Paraná, Fiocruz Pernambuco, Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e Bio-Manguinhos, foi utilizado pela primeira vez na população no dia 19 de maio, para um inquérito soroepidemiológico da doença de Chagas.

Na equipe da Fiocruz Bahia, os testes foram liderados pelo pesquisador Fred Santos. O projeto piloto foi realizado através de parceria com a Prefeitura de Tremedal, na Bahia, em residentes de uma área rural da cidade, por demanda da Secretaria Municipal de Saúde. 

Para o projeto apelidado de “Treme Chagas”, em analogia ao nome do município, inicialmente foram selecionadas quatro residências onde o Triatoma sordida, barbeiro transmissor do Trypanosoma cruzi, parasito causador da enfermidade, foi encontrado, tanto no intradomicílio quanto no peridomicílio. “A primeira pessoa a ser beneficiada pelo projeto foi uma senhora de mais de 80 anos de idade, dona Amélia. Em sua residência foram coletados mais de cem barbeiros. Essa tecnologia vai ajudar a identificar e dar visibilidade a essas pessoas. Então hoje é dia de comemorar”, declara o pesquisador. 

O teste foi desenvolvido ao longo dos últimos 10 anos e, após diversas avaliações quanto à acurácia, foi submetido à análise da Anvisa, recebendo o registro de produção em 2020. Atualmente, o ensaio faz parte do portfólio da unidade produtora de imunobiológicos da Fiocruz, Bio-Manguinhos, e está disponível para o Ministério da Saúde, podendo ser empregado no rastreio da doença de Chagas no Sistema Único de Saúde (SUS), contribuindo para ações de controle e vigilância epidemiológica. 

“O que me deixa muito feliz é que um produto, fruto de nossas pesquisas, chegou à população muitas vezes negligenciada, que carece de cuidados em saúde. Fico feliz por ter contribuído, juntamente com as demais unidades da Fiocruz, com esta vitória e particularmente por ter sido o primeiro a usar nosso produto na população. É fantástico, a gente leva o laboratório para a população, e não a população para o laboratório”, comenta Fred Santos. Todos os pacientes beneficiados com a testagem realizada no primeiro dia do projeto tiveram resultado negativo para a doença. 

Vantagens

Os testes sorológicos convencionais (ELISA) e os de biologia molecular (PCR) atualmente utilizados para diagnóstico de Chagas levam horas para apresentar resultado, demandam infraestrutura laboratorial, equipamentos sofisticados e profissionais com treinamento especializado. Já o novo kit obtém o resultado em apenas 15 minutos. A testagem é realizada com a coleta de amostra de sangue ou plasma, através de um furo no dedo. Caso o resultado seja positivo, uma linha roxa ou rosa irá aparecer, indicando que o paciente foi infectado.

Além de dispensar o uso de equipamentos e de profissionais altamente qualificados, o novo teste amplia a oferta de diagnóstico. Segundo Fred, a maioria dos indivíduos que vivem sob risco de adquirir a infecção reside em áreas remotas e de difícil acesso. “Isso é um marco no diagnóstico da doença de Chagas, pois a aplicação de teste rápido amplia o acesso da população e oportuniza tratamento precoce, oferecendo melhor qualidade de vida a população acometida”, afirma o cientista.

 

 

twitterFacebookmail
[print-me]

Ômicron: vacinas ofereceram alta proteção contra casos graves em pré-infectados

Um estudo avaliou, durante a onda da variante Ômicron no Brasil, a proteção contra a Covid-19 em indivíduos que tiveram a infecção antes de se vacinarem. Os resultados, publicados na revista The Lancet Infectious Diseases, em 16 de maio, apontaram que a imunidade híbrida (pré-infecção mais vacinação) ofereceu, entre janeiro e março de 2022, alta proteção contra hospitalização ou óbito, independentemente do tipo de imunizante: Astrazeneca, Coronavac, Janssen e Pfizer.

Para chegar a esta conclusão, o grupo de cientistas do projeto VigiVac, liderado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Manoel Barral, utilizou informações de bancos de dados da campanha nacional de imunização do Ministério da Saúde. A eficácia da infecção na prevenção de reinfecção foi baixa (28,9%), em comparação com os não vacinados e sem pré-infecção, aumentando com a vacinação, principalmente após o reforço, embora com rápido declínio.

Já a proteção da infecção contra resultados graves foi consideravelmente maior (85,6%) e aumentou com a vacinação, variando de 88 a 100%.No estudo de caso-controle, casos e controles foram definidos como indivíduos com resultados do teste RT-PCR positivo e negativo, respectivamente. Foram analisados 918.219 testes, em 899.050 indivíduos, sendo 51,9% positivos para Covid-19 e 48,1% negativos. Destes, 35,2% não eram vacinados, 2,4% tinham infecção prévia e 32,8% não tinham pré-infecção por coronavírus.

A pesquisa é uma continuidade do trabalho publicado na mesma revista, que mostrou a proteção da vacina em pessoas previamente infectadas durante a predominância das variantes Gama e Delta. Entender o efeito da combinação de infecção e vacina, denominada imunidade híbrida, na efetividade das vacinas é de grande importância para orientar políticas públicas de vacinação.

 

twitterFacebookmail
[print-me]

Tese analisa relação entre sedentarismo e diabetes mellitus no ELSA- Brasil

Autoria: Keila de Oliveira Diniz
Orientação: Maria da Conceição Chagas de Almeida
Título da tese: “COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO E DIABETES MELLITUS NO ELSA-BRASIL”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 30/05/2022
Horário: 09h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

Introdução: O comportamento sedentário (CS) é o tempo gasto sentado, deitado ou reclinado. Estudos sobre esse assunto são relativamente recentes e tem aumentado nas últimas décadas uma vez que esse tipo de  comportamento eleva os riscos de adoecimento. Objetivo: Estimar a prevalência, fatores associados e a relação do comportamento sedentário para a diabetes mellitus no ELSA- Brasil. Método: Estudo transversal com todos os participantes da segunda etapa (2012-2014) do ELSA-Brasil. Foram calculadas proporções para as variáveis categóricas e medidas de tendência central e dispersão para as varáveis contínuas. A prevalência de tempo sentado de tela no lazer foi apresentada com os seus respectivos valor-p e utilizou-se a regressão de Poisson robusta com modelo hierárquico; foram empregados modelo de regressão logística tendo a DM como variável dependente e foram testados potenciais modificadores de efeito (ME) e confundimento. Para avaliação do modelo final foi utilizada a curva ROC e o teste de bondade de ajuste do modelo. Resultado: Foram incluídos no estudo 13.518 indivíduos. Mais da metade dos participantes tinha ensino superior completo, referiu raça/cor branco e tinha situação ocupacional ativa. A frequência de tempo de tela no lazer foi de 21,8% para os homens e 17,7% para as mulheres. A maior prevalência de tempo de tela no lazer foi observada entre os participantes homens e mulheres com até ensino fundamental e ensino médio completo, fumantes, que consomem álcool excessivamente, que tinham diabetes, obesidade e obesidade abdominal. Houve associação positiva em ambos os sexos nas variáveis fumante, obesidade e obesidade abdominal; e somente para as mulheres a idade. A maior prevalência de DM foi observada na faixa etária de 60 anos ou mais, entre aposentados/as, participantes de raça/cor preta, insuficientemente ativos/as, com maior tempo de tela no lazer, com hipertensão e sobrepeso/obesidade. Após ajuste, houve associação a DM com as variáveis tempo de tela no lazer dia de semana; tempo de tela no lazer final de semana; e tempo total de tela no trabalho/lazer dia de semana para os homens. E para as mulheres tempo sentado no final de semana e o tempo de tela no lazer final de semana que teve como modificadora de efeito o sobrepeso/obesidade. Conclusão: Reduzir o tempo de tela no lazer atuando
nos fatores comportamentais e naqueles relacionados a saúde levando em consideração as características sociodemográficas, pode resultar em benefícios importantes para a saúde da população estudada. O tempo de tela no lazer dia de semana, o tempo de tela no final de semana, o tempo total de tela no trabalho/lazer dia de semana e o tempo sentado final de semana apresentou associação estatisticamente significante com a DM. Incentiva-se a inclusão de diretrizes que aprimorem as políticas públicas direcionadas ao controle de DM através de estratégias para diminuir o tempo sedentário em frente a tela e/ou sentado acumulado em atividades laborais e no lazer, além de promover hábitos saudáveis e a prática de atividade física no tempo livre. Essas recomendações poderão impactar na saúde da população e proteger contra os principais fatores de risco para DM.

Palavras-chave: comportamento sedentário; tempo de tela; diabetes mellitus; atividade física; adulto.

twitterFacebookmail
[print-me]

Palestra lança segunda edição do projeto Sons e Imagens da Bahia

A aula de abertura da segunda edição do Sons e Imagens da Bahia foi ministrada pela diretora e roteirista Maria Carol, no dia 06 de maio. A palestra abordou linguagem de audiovisual, e está disponível no canal YouTube da Fiocruz Bahia. O evento contou com a presença de Cristina Araripe, coordenadora de Divulgação Científica da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) da Fiocruz.

O projeto vai proporcionar aulas online sobre audiovisual para 200 alunos da rede pública, distribuídas em mais de 20 escolas, tanto de Salvador, quanto de cidades no interior do estado. O Sons e Imagens é um projeto realizado em parceria entre a Fiocruz Bahia e a Sociedade de Promoção da Casa de Oswaldo Cruz (SPCOC), com apoio da Lei de Apoio à Cultura (Pronac 193074).

Durante o encontro, a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, ressaltou que está na missão da Fiocruz a realização de projetos que ampliem o conhecimento e a consciência de que a educação é a saída para o desenvolvimento do país. “Quando assisti aos resultados da primeira edição fiquei emocionada de ver que nós temos sementes brilhantes. Nós precisamos cada vez mais criar oportunidades para que essas pessoas, que estão próximas de nós, tenham oportunidade de se expressar, evoluir e de também conquistar o direito de desenvolver tarefas e atividades que possam levar ao desenvolvimento profissional”, salientou.

O coordenador da Gestão de Comunicação e Divulgação Científica da Fiocruz Bahia e do projeto, Antônio Brotas, disse que nesta edição houve um aumento de 250% de alunos beneficiados em comparação com a primeira. “No ano passado tivemos 81 estudantes e neste ano estamos chegando a 200, de diversos cantos da Bahia. Se caracterizando como um projeto realmente regional”, afirmou. 

Além da ampliação no número de alunos e localidades atendidas, outro diferencial este ano será o formato híbrido. A colaboradora da Giro, Gabriela Rocha, produtora que realiza as oficinas, anunciou a novidade. “A gente teve essa inquietação no ano passado, vinda muito dos alunos e também dos professores que participaram, e nesta edição conseguimos introduzir essa etapa”. Ela também falou sobre o encerramento do projeto, uma mostra audiovisual com os filmes produzidos pelos alunos, que será presencial com transmissão online.

Patrícia Oliveira, coordenadora do Programa Ciência na Escola, da Secretaria de Educação do Município de Salvador (SEC), levando em conta a experiência anterior, junto à comunidade escolar, considera que a iniciativa faz diferença na inclusão social e nos arranjos educacionais. “Quero parabenizar a equipe da Casa de Oswaldo Cruz, da Fiocruz Bahia e de todos os parceiros, por provocar os nossos estudantes a ter um pensamento emancipatório e que podem ser autores da sua jornada”. A coordenadora das Olimpíadas do Conhecimento, da SEC, Shirley Costa, falou aos estudantes sobre a importância do conhecimento adquirido que pode ser aplicado no dia a dia. “Pensar numa educação que atenda a sociedade atual, a evolução, a tecnologia, é pensar numa educação que extrapole o currículo, que vai para além do ensino curricular”, comentou.

Alice Rocha, do setor de Comunicação e Engajamento Comunitário da Bayer, declarou estar feliz com a realização do Sons e Imagens da Bahia. “Esse projeto é super representativo. Também tem ligação com a inclusão e diversidade, foi algo que observei na primeira versão do projeto e que é super importante para gente”.

Clique aqui e confira a palestra. 

twitterFacebookmail
[print-me]

Pesquisadores da Fiocruz Bahia estão entre principais do Brasil em imunologia

O site de pesquisa acadêmica Research.com publicou a 1ª edição do ranking dos principais cientistas brasileiros em imunologia. Dos 29 pesquisadores, cinco são da Fiocruz Bahia. Edgar Carvalho aparece na quarta colocação; em seguida está Aldina Barral, em sétimo; Manoel Barral, em oitavo; e Cláudia Brodskyn e Milena Soares, em décimo oitavo e vigésimo oitavo, respectivamente. Clique aqui para conferir.

Na lista, os pesquisadores estão associados ao índice h (parâmetro que tem como base o número de publicações e citações), e ao número de publicações e citações até dezembro de 2021. “A presença dos pesquisadores do IGM na lista de lideranças no campo da imunologia demonstra a importância dessa área na nossa instituição, bem como das suas contribuições científicas”, declarou a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves.

Edgar Carvalho ressalta que pesquisadores brasileiros da Fundação Oswaldo Cruz e das universidades federais e estaduais brasileiras têm dado contribuições relevantes na área da imunologia a despeito do pouco incentivo que a Ciência e Tecnologia recebeu nos últimos anos. “A presença de 3 cientistas baianos entre os 10 mais produtivos do Brasil reflete também o apoio dado por agências internacionais que têm reconhecido a Bahia como um dos centros mundiais de pesquisa em Medicina Tropical”, comentou o pesquisador.

Os critérios de inclusão dos acadêmicos foram o índice h da disciplina, prêmios e realizações. Além disso, de acordo com o site, cada perfil foi verificado manualmente para quantificar as contribuições dos cientistas, correlacionando com publicações em uma ampla variedade de fontes. Como indicação secundária da contribuição do pesquisador na área, foi avaliada a quantidade de documentos publicados em periódicos de grande circulação e anais de congressos. “É uma lista confiável dos principais estudiosos da área de Imunologia, com base em um exame meticuloso de 166.880 pesquisadores no Google Scholar e no Microsoft Academic Graph. Para a disciplina de Imunologia, foram examinados mais de 6.369 perfis”, diz o site (em inglês). 

As listas fazem parte da categoria Principais Cientistas, além desta há também Melhores Universidades, Principais Conferências e Principais Periódicos. Segundo o Research.com, o objetivo do ranking é inspirar acadêmicos, empresários e tomadores de decisão a conhecer os principais especialistas e seus trabalhos em campos específicos de pesquisa e em diferentes países e instituições.

Melhores médicos e microbiologistas

No site, pesquisadores da Fiocruz Bahia também estão presentes no ranking de melhores cientistas da Medicina, ficando Edgar Carvalho, Mauricio Barreto e Manoel Barral, na 18ª, 22ª e 41ª posição, respectivamente, e de melhores cientistas em Microbiologia, sendo Mitermayer Reis em sexto lugar e Bruno Bezerril em décimo sexto.

Confira os pesquisadores que participam do ranking:

twitterFacebookmail
[print-me]

Carta de apelo para ações de enfrentamento do HTLV-1 é publicada em conferência

Participantes da 20ª Conferência Internacional de Retrovirologia Humana: HTLV e Vírus Relacionados, que acontece de 8 a 11 de maio, no formato virtual, publicaram uma carta convidando ministros da saúde e outros formuladores de políticas públicas para que realizem ações significativas em resposta às contínuas epidemias de HTLV-1 no mundo. O texto destaca prioridades com objetivos específicos e sugere ações de incentivo a organizações. A Fiocruz Bahia assina, na qualidade de instituição, a carta aberta para a eliminação do vírus.

No texto, clínicos, cientistas e pessoas de comunidades afetadas, lançam um convite para assinatura do Call to Action HTLV22 (chamada para ação, em inglês) e alertam para a necessidade de “recursos adequados para capacitar comunidades, educadores, médicos e pesquisadores para estabelecer respostas eficazes e duradouras ao HTLV-1, tanto em seus próprios países quanto globalmente”. A conferência é organizada pela IRVA (International Retrovirology Association), da qual a pesquisadora da Fiocruz Bahia, Fernanda Grassi, integra o comitê executivo. 

Dentre os resultados necessários apontados no documento estão reduzir as transmissões de HTLV-1 levando à sua eliminação final, melhorar a saúde dos pacientes e realizar descobertas para prevenção, tratamento e cura, incluindo vacinas e profilaxia farmacológica pré e pós-exposição ao vírus. Na próxima edição, em 2024, o evento pretende anunciar os progressos em direção à prevenção, tratamento e eliminação do HTLV-1, a partir desta ação. “Apelamos a todas as pessoas e organizações para assinarem este apelo à ação publicada na conferência HTLV2022 e no site IRVA, para afirmar um compromisso com uma ação real, fortalecendo a resposta global ao HTLV-1”, diz a carta. 

twitterFacebookmail
[print-me]

Dissertação analisa diferenciação de células B e plasmocitose na leishmaniose visceral

Autoria: Reginaldo Brito dos Santos Júnior
Orientação: Washington Luís Conrado dos Santos
Título da dissertação: “Diferenciação de células B e plasmocitose no curso da desorganização esplênica na leishmaniose visceral: um estudo experimental em hamsters”.
Programa: Pós-Graduação em em Patologia Humana
Data de defesa: 24/05/2022
Horário: 13h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

Introdução: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença infecciosa causada pela Leishmania infantum, em que há o comprometimento de órgão internos. No baço a infecção é crônica e progressiva. Além disso, na LV grave  corre a desorganização dos compartimentos esplênicos, a diminuição do número de células B na polpa branca (PB) e plasmocitose na polpa vermelha (PV). Os plasmócitos têm sobrevida estendida e acumulam-se em várias doenças crônicas. Contudo, pouco se sabe sobre as funções e os mecanismos de geração e manutenção da sobrevida dessas células. Objetivo: Neste trabalho, investigamos os potenciais mecanismos associados com o desenvolvimento anômalo de células B que levam à plasmocitose no curso da LV. Métodos: 56 hamsters da linhagem Golden Sirius com 6 a 8 semanas de idade foram usados neste estudo: 28 foram injetados intraperitonealmente com 1×107 promastigotas de L. infantum e 28 receberam a solução diluente pela mesma via. Sete animais de cada grupo foram eutasiados 30, 60, 120 e 150 dias após a injeção (dpi). Os animais foram necropsiados e amostras dos órgãos foram fixadas em parafina para estudo histológico e avaliação da distribuição de célula B e plasmócitos por imuno-histoquímica. Para três animais de cada grupo e em cada ponto, um fragmento do baço foi colhido para avaliação transcriptômica da expressão gênica e associação entre moléculas relacionadas com o desenvolvimento de células B, incluindo uma molécula chamada DLK1. Resultados: Houve aumento da PB dos animais infectados 120 dpi, enquanto, no ponto consecutivo ocorreu atrofia, após 150 dias. Afetando a região de folículo linfoide, possivelmente devido a diminuição de células B. Também observamos redução da quimiotaxia de células B, pela diminuição de CXCL13 e CXCL12 que ocorreu 120 e 150 dpi. Houve uma tendência a diminuição de fatores moleculares relacionados com a resposta de centro germinativo (CG), observado pela expressão gênica dos hamsters infectados. Não houve alterações na quantidade de células B na PV dos animais infectados, mas houve progressiva plasmocitose na PV dos animais nos pontos mais tardios da doença, 120 e 150 dpi e o acúmulo dessas células na zona de células T 120 dpi, sendo que DLK1 está associada com a plasmocitose na PV. A expressão gênica dos animais infectados confirmou a diferenciação de plasmócitos 150 dpi e associou a sinalização por IL-21 e IFN- como as principais moléculas envolvidas. Além disso, houve o aumento de IL-6 150 dpi. Conclusões: Neste estudo correlacionamos alterações estruturais e celulares com a expressão molecular, para investigar os determinantes da diferenciação anômala de células B em formas graves da LV. Os resultados deste trabalho demonstram aumento de IL-21 e INF- como moléculas responsáveis pelas alterações nas vias de diferenciação de células B, que geram plasmócitos em estágio crônico da doença. Além disso, demonstramos uma diminuição de CXCL13 e CXCL12, e um aumento de IL-6. Houve aumento da proporção de células B 120 dpi, mas diminuição em 150 dpi na PB e plasmocitose na PV. Palavras chaves: Plasmócitos; Expressão gênica; DLK1; Imuno-histoquímica

twitterFacebookmail
[print-me]

Otimização de métodos para a detecção do SARS-CoV-2 em saliva é tema de dissertação

Autoria: Karoline Almeida Felix de Souza
Orientação: Bruno Solano de Freitas Souza
Co-orientadora: Carolina Kymie Vasques Nonaka
Título da dissertação: “OTIMIZAÇÃO DE ENSAIOS MOLECULARES PARA O DIAGNÓSTICO DA COVID-19 ”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 27/05/2022
Horário: 09h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO: Para o controle da pandemia de SARS-CoV-2 a testagem em massa se revelou fundamental. No entanto, sua implementação possui alguns gargalos, especialmente em populações de baixo índice socioeconômico, já que a metodologia padrão-ouro para detecção do SARS-CoV-2 é o RT-PCR em amostras de swab nasofaríngeo, exigindo infraestrutura dedicada à coleta, laboratórios sofisticados e equipe especializada. Portanto, a necessidade de testes rápidos, simples e precisos para diagnosticar a infecção por SARS-CoV-2 é de extrema importância, bem como a validação destes ensaios em outras alternativas de amostras de mais fácil obtenção, como a saliva. Os sistemas utilizando CRISPR para o diagnóstico de COVID-19 tem se apresentado como promissores, já que apresentam alta sensibilidade, rapidez de detecção e não requerem laboratórios especializados. OBJETIVO: Otimizar métodos moleculares para a detecção do SARS-CoV-2 em amostras de saliva e validar um protótipo de teste molecular “point of care” baseado na tecnologia CRISPR/Cas12. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de corte transversal envolvendo 103 participantes, no período de março a maio de 2021, submetidos à coleta de amostras pareadas de swab nasofaríngeo e saliva. Para a validação do RT-PCR em amostras de saliva, foram utilizados três kits comerciais e diferentes protocolos pré-analíticos envolvendo a etapa de extração e condições de armazenamento/estabilidade das amostras. Para o teste rápido com CRISPR/Cas12 foram avaliadas 29 amostras no período de janeiro a fevereiro de 2022 e desenhados três de grupos de primers para a reação de amplificação isotérmica (LAMP) e os respectivos gRNAs com primers fluorescentes para a detecção do complexo RNA-proteína através da clivagem no fluxo lateral. RESULTADOS: Observou-se 100% e 89,1% de concordância comparando AllplexTM e TaqPathTM com RT-PCR em amostra de swab, respectivamente. A análise de estabilidade da saliva demonstrou capacidade de detecção do SARS-CoV-2 mesmo em amostras armazenadas por 30 dias a -80oC. O ensaio CRISPR/Cas12 mostrou 100% de concordância entre os resultados obtidos por RT-PCR, com limite de detecção de 15,6 PFU. Não foi observada reação cruzada com outros vírus respiratórios. O método RT-PCR apresentou uma sensibilidade de aproximadamente 8 cópias de RNA/µL e o CRISPR/Cas12 de 84 cópias de RNA/µL. CONCLUSÃO: A saliva é uma amostra sensível para o diagnóstico da COVID-19. Nosso estudo mostra evidências de que é possível identificar indivíduos com infecção assintomática sem a necessidade de extração de RNA e solução estabilizadora de RNA, tornando assim o diagnóstico de saliva promissor para testes diretos na rotina laboratorial. O ensaio CRISPR/Cas12 oferece uma alternativa promissora mais rápida para a detecção de SARS-CoV-2, mas novos estudos são necessários para que este método seja validado.
Palavras-Chave: Saliva, COVID-19, CRISPR, diagnóstico.

twitterFacebookmail
[print-me]

Dissertação avalia o potencial antineoplásico do óleo essencial de Guatteria olivacea

Discente: Alexandre Francisco Cerqueira Galvão
Orientação: Daniel Pereira Bezerra
Co-Orientadora: Rosane Borges Dias
Título da dissertação: “POTENCIAL ANTINEOPLÁSICO DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS DE GUATTERIA OLIVACEA”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 28/05/2022
Horário: 13h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO: O câncer é uma doença multifatorial causada pela proliferação descontrolada de células, que pode causar metástases. O uso de fármacos antineoplásicos constitui uma das mais relevantes modalidades terapêuticas empregadas na clínica oncológica. No entanto, por ser um categoria de tratamento sistêmico, a maioria dos fármacos não é seletivos contra as células neoplásicas e atingem também células normais, especialmente aquelas com grande capacidade de renovação. Por isso, uma série de efeitos colaterais está associada a essa modalidade terapêutica, a exemplo de alopecia, náuseas, diarreias e mielossupressão. Desta forma, pesquisas por novos fármacos mais seletivos pra células cancerosas são necessárias. OBJETIVO: Esse trabalho visa avaliar o potencial antineoplásico in vitro e in vivo do óleo essencial das folhas de Guatteria olivacea (OEGO) em células de carcinoma hepatocelular humano HepG2. METODOLOGIA: O OEGO foi obtido por hidrodestilação e sua composição química foi determinada por CG-DIC e CG-EM. Foram realizados ensaio de citotoxicidade pelo método do Alamar blue e determinação do ciclo celular e fragmentação do DNA, morte celular apoptotica e necrótica e quantificação das espécies reativas de oxigênio por citometria de fluxo. O estudo in vivo foi realizado em modelo de xenoenxerto em camundongos CB.17 SCID inoculados com células HepG2. RESULTADOS: Germacreno D, -atlantol, óxido de cariofileno e espatulenol foram identificados comos os constituintes químicos marjoritários do OEGO. O OEGO apresentou valores de CI50 que variam de 4,46 a 32,23 g/mL para as células neoplásicas SCC4 e CAL-27, respectivamente. Foi encontrado valores de CI50 de 44,62, >50 e >50 g/mL para as células não neoplásicas MRC-5, PBMC e BJ. Foi observado aumento do DNA fragmentado e morte celular apoptótica em células HepG2 tratadas com OEGO. No modelo in vivo, a inibição da massa tumoral foi 57,9 e 32,8% nos animais tratados com as doses de 40 e 20 mg/kg de OEGO. CONCLUSÕES: O OEGO demonstrou potencial anticâncer in vitro e in vivo, destacando esse óleo essencial com um candidato para o desenvolvimento de um novo fitoterápico antineoplásico. Palavras-chave: Guatteria olivacea, citotoxicidade, apoptose, HepG2.

twitterFacebookmail
[print-me]

Fiocruz Bahia e SPCOC realizam aula inaugural do Projeto Sons e Imagens da Bahia

A aula inaugural da segunda edição do Projeto Sons e Imagens da Bahia será realizada nesta sexta-feira (6/5), às 17h. O evento contará com a palestra da diretora e roteirista Maria Carol, sobre a linguagem de audiovisual, e será transmitido no canal YouTube da Fiocruz Bahia.

O projeto vai proporcionar aulas online sobre audiovisual para 200 alunos da rede pública, distribuídas em mais de 20 escolas, tanto de Salvador, quanto de cidades no interior do estado. O Sons e Imagens é um projeto realizado em parceria entre a Fiocruz Bahia e a Sociedade de Promoção da Casa de Oswaldo Cruz (SPCOC), com apoio da Lei de Apoio à Cultura (Pronac 193074).

A palestrante

Maria Carol é cineasta e sócia da Lanterninha Produções. Formada em Artes, atua como diretora, produtora, montadora e roteirista desde 2007. Seu trabalho busca encontros sensíveis do cinema com a vida, buscando temas ligados aos direitos humanos. Dirigiu curtas em animação, documentário e live action e seu primeiro longa documental, Diários de Classe, após passar por importantes festivais, entrou em circuito comercial de 19 capitais brasileiras, além de ser exibido no Canal Brasil. Atualmente desenvolve o roteiro de seus próximos longas metragens, os documentários A Cidade Envelhece e Um Ano Diferente.

twitterFacebookmail
[print-me]