Fiocruz Bahia celebra 66 anos de história

O mês de abril é marcado pela celebração do aniversário do Instituto Gonçalo Moniz (IGM), também conhecido como Fiocruz Bahia. Fundado em 1957, como Núcleo de Pesquisa da Bahia (NEB), por meio de um convênio com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), a unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no estado completa 66 anos de história e contribuições para a ciência e a saúde. Um selo comemorativo dos 66 anos da Fiocruz Bahia foi lançado como parte das comemorações do aniversário da instituição.

São mais de seis décadas atuando, principalmente, na produção de conhecimento em doenças infecciosas e parasitárias, crônicas e degenerativas, buscando novas formas de diagnósticos e tratamentos mais eficazes, além do enfrentamento de epidemias, sendo as mais recentes, o surto de zika, em 2016, e a pandemia de Covid-19.

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, primeira mulher a ocupar o cargo nesses 66 anos, destaca que o aniversário acontece num período em que o instituto experimenta várias transformações com relação à sua produção, ao seu corpo de servidores e colaboradores. “O centro vem sendo reconhecido como um dos principais institutos de pesquisa, devido à sua produtividade, sua atuação na formação de recursos humanos e na participação de projetos nacionais e internacionais”, afirma Gonçalves.

“Temos muito o que comemorar nesses 66 anos. Um marco que aconteceu recentemente foi a renovação da concessão do terreno em que estamos localizados. A cessão foi renovada por 20 anos, e nós estamos lutando pela doação do terreno. O que eu desejo é vida longa, que possamos sempre crescer e ampliar nossa abrangência”, completou a diretora.

Atualmente, o instituto está intensificando sua interação com o território, através de parcerias com as secretarias do estado e do município, e com a sociedade civil organizada, em projetos voltados para as questões de gênero e étnico-racial, ambiente e divulgação científica, estabelecendo um estreitamento das relações com a sociedade, de modo a atuar para a redução das iniquidades no Brasil.

Além da atuação na pesquisa e desenvolvimento tecnológico, a Fiocruz Bahia possui três programas de pós-graduação stricto sensu, em níveis de mestrado e doutorado. O Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI) e o Programa de Pós-graduação em Patologia (PgPAT), este último fruto de um convênio com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), tem conceito 6, nota de excelência, pela CAPES. O Programa de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional (PPgPCT) é o mais recente, e formou a primeira turma de mestrado profissional em 2022.

São tantas conquistas e marcas importantes que todas essas contribuições não podem ser esquecidas. Para celebrar toda a trajetória da instituição, será lançada uma exposição fotográfica online, apresentando importantes fragmentos do percurso histórico de consolidação da Fiocruz na Bahia. São fotos e imagens desde os tempos do Núcleo de Pesquisa da Bahia, o início das pesquisas de campo e as mudanças de sedes até chegar ao campus atual, no bairro do Candeal.

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Servidor da Fiocruz Bahia recebe prêmio no 18º Congresso Brasileiro de Pregoeiros

Adilson Sampaio, à direita, recebendo o prêmio durante o evento. Foto: Sollicita

O Analista de Gestão em Saúde da Fiocruz Bahia, Adilson da Hora Sampaio, foi um dos vencedores do “Prêmio 19 de Março”, na categoria “Melhor Artigo Sobre Pregão Publicado no Ano de 2022”. A premiação, realizada no dia 29 de março, é única da categoria de compras públicas no Brasil a reconhecer o trabalho de profissionais, instituições e iniciativas da área, sendo entregue durante o 18º Congresso Brasileiro de Pregoeiros, que aconteceu em Foz do Iguaçu-PR.

Os finalistas são escolhidos por uma comissão julgadora e a votação é aberta ao público, com mais de 19 mil votos em todas as categorias. O artigo ganhador de Sampaio foi um dos componentes da sua tese de doutorado, defendida em dezembro de 2021, pela Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (UFBA). 

Intitulado “Compras Públicas no Brasil: indícios de fraudes usando a Lei de Newcomb-Benford”, o artigo realizou uma análise empírica exploratória dos valores de pregões eletrônicos ocorridos no Portal de Compras do Governo Federal brasileiro, com dados que constam no site “DadosAbertos.gov”. Os dados explorados foram de pregões realizados entre 2014 e 2018, e foi analisada a conformidade dos pregões eletrônicos mencionados à lei de números anômalos, visando verificar se havia anomalias que representassem índices de fraude.

O estudo visa contribuir para a literatura focada na detecção de fraudes contábeis ou financeiras no setor público, sendo pioneiro neste ramo ao analisar a base de dados brasileira, e foi publicado pela revista Cadernos de Gestão Pública e Cidadania, da EAESP-FGV. Para o servidor, o reconhecimento do seu trabalho no setor de compras é gratificante, principalmente por ser fruto de uma busca por enriquecimento do seu conhecimento nessa área. “Para mim é motivo de orgulho poder retornar, da melhor forma possível, a confiança e investimento em capacitação realizados”, declarou Sampaio.

É o segundo prêmio que o Serviço de Compras da Fiocruz Bahia recebe no evento, tendo sido premiado na Categoria Pregão-Objeto Inusitado, em 2019, pela aquisição de uma câmara de eutanásia para o Biotério da instituição. 

Tese de doutorado sobre compras públicas

O servidor Marivaldo Gonçalves, do Setor de Compras da Fiocruz Bahia, teve um momento importante na sua jornada profissional. Ele defendeu sua tese de doutorado, no dia 28 de março, pelo Programa de Pós-graduação em Gestão e Tecnologia Industrial, no SENAI Cimatec.

O trabalho, intitulado “Fatores Determinantes dos Prazos e Análises da Eficiência de Contratos de Compras Públicas Realizadas Através de Pregão Eletrônico”, examinou os prazos e a eficiência de unidades técnicas através de compras públicas e de contratos de serviços continuados, realizados por pregões eletrônicos no Brasil, defendendo a tese de que existem fatores específicos relacionados às operações de “procurement” no setor público, que afetam os prazos despendidos no processo interno de contratação e o desempenho em termos de eficiência dos custos de contratos de fornecimento continuado, impactando em metas regulatórias, socioeconômicas e comerciais.

A escolha do tema tem relação com o trabalho exercido na Fiocruz Bahia, utilizando a metodologia de observador participante para realizar o estudo. Sua experiência profissional dentro da área de compras na instituição ajudou a chegar aos resultados obtidos. “A caminhada é espinhosa, mas o aprendizado durante a trajetória é de grande valia. Como consequência, o curso de pós-graduação traz um enorme crescimento pessoal e profissional”, destacou Marivaldo.

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Programa de formação técnica está com as inscrições abertas

Estão abertas, até o dia 24 de abril de 2023, as inscrições para o PROFORTEC – Programa de Formação Técnica em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde da Fiocruz Bahia. Trata-se de uma qualificação em serviço presencial com duração de 2 anos e meio, com início em junho de 2023 e término em novembro de 2025, com exigência de 40 horas semanais de dedicação ao programa. Clique no link e siga as orientações da chamada pública: 

Chamada Pública
Inscrição Profortec – Saúde

O participante desenvolve competências a partir da prática supervisionada de trabalho e de atividades de reflexão, problematização e produção de conhecimento sobre a prática. A formação é direcionada a dois perfis distintos: Plataformas e Laboratórios e Ciência de Dados em Saúde.

Para participar, é necessário ter concluído o Ensino Médio Profissionalizante nas áreas indicadas na chamada pública para cada perfil. Não serão aceitas outras formações.

Para se inscrever, é obrigatória a apresentação de toda a documentação especificada na Chamada Pública, caso contrário, a inscrição não será homologada.

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Fiocruz Bahia recebe pesquisadores internacionais em curso sobre análise genômica

O curso “Transcriptômica e bioinformática de células individuais aplicadas ao estudo de doenças transmissíveis e não transmissíveis” reuniu, entre os dias 13 a 23 de março, na sede do Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia), pesquisadores do Brasil, Chile e Estados Unidos para discutir os conceitos de transcriptômica em single cell. A atividade foi coordenada pelos pesquisadores da Fiocruz Bahia Patricia Veras e Ricardo Khouri e pelo professor Vinicius Maracaja-Coutinho, da Universidade do Chile. 

O curso contou com o apoio da CAPES Print e da Iniciativa Chan Zuckerberg. Através de aulas teóricas e atividades práticas, foram abordados temas como o estudo de sequenciamento genômico de células aplicados ao estudo de doenças transmissíveis e não transmissíveis, base de dados públicas para genômicas, comunicação célula-célula, entre outros.  

“Cada vez que fazemos uma análise mais aprofundada da resposta celular de um organismo em condições relacionadas a doenças, podemos identificar o desenvolvimento dessa doença e, com isso, desenhar de maneira mais precisa tratamentos ou medicamentos em resposta”, conta  Patricia Veras. Ela conta que essa foi a primeira atividade sobre a pesquisa de transcriptômica em células individuais na Fiocruz Bahia e que a reposta dos participantes foi bastante positiva. “Esse encontro certamente reforçou as nossas possibilidades de pesquisa e também possibilitou a cooperação com outros pesquisadores”. 

Ricardo Khouri concorda. “O curso foi uma experiência muito positiva para todos os envolvidos. A técnica é considerada desafiadora por muitos, mas acreditamos que com a abordagem didática utilizada, conseguimos transmitir o conhecimento de maneira clara e efetiva”. O pesquisador comenta que, além do objetivo de fomentar a internacionalização, o curso foi mais uma maneira de continuar atualizando o conhecimento repassado. “Essa técnica ainda é pouco explorada, mas já demonstrou ser muito efetiva na análise de células individuais em diferentes tipos de tecidos. Acreditamos que a formação dos alunos deve incluir técnicas inovadoras e emergentes, preparando-os para o futuro e contribuindo para a construção de uma ciência mais avançada e qualificada”. 

Vinicius Maracaja-Coutinho explica a técnica através de uma analogia entre um milkshake e os estudos genômicos: antes, o que existia era uma mistura de células diversas, onde se obtinha uma análise média da expressão dos genes, para uma técnica que permite que se visualize cada “fruta” individualmente. “Essa é uma nova abordagem que esta mudando os paradigmas do estudo da genômica. Ela nos permite conhecer toda a heterogeneidade das células que existem dentro de um tecido em condição patológica, com aplicações promissoras para o futuro”, afirma Coutinho, que prevê a aplicação da técnica single cell no estudo da resposta imune às arboviroses, como a Zika.  

O professor disse que, além de especializar os pesquisadores em uma técnica ainda pouco aplicada em larga escala, o evento teve como objetivo colateral estreitar os laços de cooperação entre a Fiocruz Bahia e a Universidade do Chile, favorecendo a internacionalização entre os cursos de pós-graduação das instituições.  

Responsável pelas atividades práticas, o pesquisador da Universidade Tecnológica Metropolitana do Chile, Raúl Arias-Carrasco, destacou as instalações do IGM. A parte prática do curso foi uma das mais elogiadas pelos participantes. Vitor Gregório, mestrando na Universidade Federal do Paraná (UFPR), contou que o curso lhe foi indicado por seu orientador e já imagina a aplicação dos estudos de interação single cell em seu doutorado.  

“O curso foi essencial. O fato de estar imerso nesse período com pessoas que entendem do assunto, discutindo artigo e teoria e fazendo a prática é muito importante”, avalia Vinícius Rodovalho, pós-doutorando da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Pesquisador especializado na análise de microbiomas, Rodovalho também se interessa pela aplicação da transcriptômica em célula individual em seus estudos. “É muito importante analisar a diversidade de células do intestino e é justamente o que a técnica de single cell permite, que é entender cada tipo de célula e suas interações. Vimos muitos exemplos de aplicação em estudos sobre o câncer”.  

Já Sara Nunes, pesquisadora externa do Laboratório de Interação Parasito-Hospedeiro e Epidemiologia (LAIPHE) da Fiocruz Bahia, declarou que o potencial de aplicação da transcriptômica de single cell é maior do que esperava. Temos trabalhado com técnicas muito bem estabelecidas, mas existem outras que não conseguíamos ver o potencial. Nós podemos realizar pesquisas para predizer pontos importantes da interação de células que, de outra forma, não poderíamos ver. Esse conhecimento pode direcionar sugestões para novos tratamentos”, considera.  

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Dados de telessaúde podem prever o espalhamento de doenças numa epidemia 

Telessaúde é o uso de tecnologias de informação e comunicação para fornecer serviços de saúde à distância. Essa estratégia foi amplamente utilizada durante a pandemia de COVID-19 na detecção de novos casos, orientação dos pacientes e foi especialmente importante em períodos de escassez de profissionais de saúde e de equipamentos de proteção individual. A telessaúde, para assistência, reduz o deslocamento e pode facilitar o acesso de populações residente em áreas remotas. Será que a telessaúde também seria útil para a vigilância de doenças? 

Para responder essa pergunta, pesquisadores compararam os dados de um serviço estadual de telessaúde com as notificações de COVID-19 nos primeiros quatro meses da pandemia na Bahia. Os dados de telessaúde eram do projeto Telecoronavírus, que oferecia, por telefone e gratuitamente, orientação para pessoas com sintomas da doença ao mesmo tempo que coletava de forma sistemática as informações clínicas. Os pesquisadores verificaram que esse conjunto de dados poderia ser usado para prever a propagação geográfica de novos casos de COVID-19 e alimentar modelos matemáticos de propagação de doenças. O artigo foi publicado na revista JMIR Public Health and Surveillance.  

Análise e resultados 

A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Viviane Boaventura, que participou da coordenação do Telecoronavirus e da equipe que conduziu o estudo, salientou que para 181 (43%) dos 417 municípios da Bahia, a primeira ligação relatando sintomas de COVID-19 precedeu a primeira notificação da doença. As ligações antecederam, em média, 30 dias da notificação da COVID-19 nos municípios do estado da Bahia. Além disso, para a capital Salvador, os dados obtidos pelo serviço de telessaúde, quando aplicados em um modelo matemático que simula as curvas de infecção acumuladas, reproduziram efetivamente a propagação da COVID-19 no município. 

Os autores concluem que os dados dos serviços de telessaúde e tecnologias digitais de saúde devem ser usadas para monitoramento da propagação de outras doenças emergentes e reemergentes. Considerando a contínua expansão da telessaúde e telemedicina, a disponibilização de tais dados pode contribuir como ferramenta de vigilância epidemiológica moderna. 

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Fio-Chagas vai realizar reunião com grupos técnicos do Brasil

Para iniciar as discussões do Dia Mundial da Doença de Chagas, cujo marco é o dia 14 de abril, o Programa em Pesquisa Translacional em Doença de Chagas da Fiocruz (Fio-Chagas) irá realizar a I Reunião Anual dos Grupos Técnicos (GT) em Doença de Chagas do Brasil. O evento será online, através da plataforma Zoom, com transmissão pelo canal de Youtube da Fiocruz, e ocorrerá no dia 5 de abril, das 8h30 às 13h. A Reunião é realizada por meio de parceria com o GT em Doença de Chagas do Ministério da Saúde.

O objetivo do encontro é promover a troca de experiências entre os pesquisadores dos grupos técnicos de quaisquer estados e municípios voltados ao combate da doença. Nesta primeira edição, serão compartilhadas as experiências dos GTs da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco e Tocantins. Serão abordadas os erros e acertos do trabalho realizado. Segundo Fred Luciano Neves Santos, pesquisador da Fiocruz Bahia e coordenador do Fio-Chagas, este evento é de extrema relevância para a ampliação do combate à doença de Chagas no país. “Será um troca de experiências entre estados e municípios. Esperamos que os participantes compartilhem as suas vivências e, muitas delas, possam ser adotadas por outros grupos”, comentou.

Na parte da manhã, o evento contará com a palestra do médico e consultor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) Pedro Albajar Viñas, com o tema “Comunicação, interoperabilidade e comparabilidade no tempo e no espaço para a detecção precoce e acompanhamento na Doença de Chagas”; e com a palestra da pesquisadora da Fiocruz Minas Gerais Lileia Gonçalves Diotaiuti, sob o tema “Saúde única é solução para a falta de prioridade do controle de triatomíneos?”.

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PGPCT divulga relação de candidatos aprovados na Primeira Etapa

A coordenação do PGPCT torna pública a relação de candidatos aprovados na Primeira Etapa: análise de currículo e carta memorial – processo seletivo da Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional – 2023. O programa solicita atenção ao novo cronograma de agendamento das entrevistas que será divulgado na plataforma Sigass, conforme consta no edital.

Clique aqui e consulte o resultado.

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Testes rápidos para doença de Chagas apresentam alta capacidade diagnóstica

Um estudo multicêntrico se propôs a analisar quatro testes rápidos para uso na triagem sorológica da doença de Chagas, uma alternativa imediata na detecção de casos de infecção pelo Trypanosoma cruzi, desprendendo-se da necessidade do deslocamento da população para centros urbanos para a realização de exames laboratoriais. Dessa forma, somente os casos positivos precisariam ser confirmados laboratorialmente. O artigo deste estudo, conduzido pelo pesquisador Fred Luciano Neves Santos, da Fiocruz Bahia, foi publicado na revista Frontiers in Medicine, na seção de Doenças Infecciosas: Patogênese e Terapia.

Os testes analisados foram: OnSite Chagas AB Combo Rapid Test (Estados Unidos); SD Bioline Chagas AB (Estados Unidos); WL Check Chagas (Argentina) e TR Chagas Bio-Manguinhos (Brasil). Foram utilizadas 190 amostras, incluindo soros de 111 indivíduos infectados, a maioria dos quais tinha baixos níveis de anticorpos contra o T. cruzi. Mais 59 amostras de indivíduos não infectados e 20 soros de indivíduos com outras doenças, principalmente leishmaniose visceral, foram incluídas como comparativo. Todos os testes foram realizados por três laboratórios independentes de forma cega: IGM (BA), FUNED (MG) e UFG (GO).

Os resultados apresentados pelo estudo mostram que todos os quatro testes rápidos têm alta capacidade diagnóstica geral, com sensibilidade de 92,8% para o teste rápido OnSite Chagas Ab Combo; 95,5% para SD Bioline Chagas AB; 97,3% para WL Check Chagas e 100% para TR Chagas Bio-Manguinhos. Acredita-se que a variabilidade antigênica de T. cruzi não afetou a avaliação de desempenho dos testes, pois usou-se apenas amostras brasileiras.

Uma característica do estudo foi o uso intencional de amostras com reatividade baixa ou moderada. A seleção destas amostras pode levar a uma diminuição nos valores de sensibilidade de testes diagnósticos em geral, que podem não corresponder ao seu uso com a população em um ambiente real. “A predominância de amostras com essas características foi propositalmente destinada a detectar indivíduos infectados com títulos baixos de anticorpos, como na sorologia convencional, evitando assim que indivíduos com baixa reatividade não sejam corretamente identificados”, afirma Fred Santos.

Com relação à temperatura de armazenamento, prazo de validade em meses, estabilidade dos resultados, facilidade de identificação do reagente, facilidade de embalagem abertura, facilidade de execução e qualidade das instruções, todos os quatro testes obtiveram resultados semelhantes. Nenhum teste requer equipamento para ler os resultados, tornando viável o uso no campo. Esses fatores são importantes para a proposta do uso de testes rápidos em localidades com difícil acesso aos testes de laboratório, o que dificulta o diagnóstico da população. A alta sensibilidade dos valores assegura que a maioria (senão todos) os indivíduos positivos estão corretamente diagnosticados e encaminhados para atendimento médico.

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Fiocruz Bahia recebe visita de pesquisadores de consórcio internacional

Um grupo de pesquisadores do consórcio “United World for Antiviral Research” (UWARN) visitou a Fiocruz Bahia nesta segunda (20), para conhecer as instalações da instituição e discutir possíveis parcerias em pesquisa. Entre os presentes, estiveram pesquisadores da Universidade de Washington (UW/EUA), Institut de Recherche en Santé de Surveillance Epidémiologique et de Formations (IRESSEF/Senegal) e do Institute for Research in Biomedicine (IRB/Suíça). A visita foi articulada pelos pesquisadores que fazem parte do consórcio, Isadora Siqueira, da Fiocruz Bahia, e Luiz Alcântara, da Fiocruz Minas.

O grupo se reuniu com a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, e os vices-diretores de Pesquisa e Ensino, Riccardo Riccio e Claudia Brodsky, respectivamente, para as boas-vindas. Em seguida, participaram de seminários. O encontro serviu para discutir as linhas de pesquisa realizadas no instituto e o estreitamento dos laços entre as instituições participantes do UWARN com a Fiocruz Bahia, com a possibilidade de uma programação de treinamentos e intercâmbio de estudantes entre os diversos centros do consórcio.

“Tivemos a oportunidade de apresentar nossa infraestrutura e realizamos um seminário com a apresentação de trabalhos dos nossos pós-graduandos, além de discutirmos sobre trabalhos colaborativos na área de viroses emergentes, principalmente arboviroses” explicou Isadora.

Judith Wasserheit, da Universidade de Washington, é uma das principais pesquisadoras deste grupo internacional e esteve à frente da vinda deles para o Brasil. A visita foi importante para Judith por ser uma oportunidade de entender a capacidade de pesquisa do instituto, em termos de estrutura de laboratórios, e também o interesse nos projetos que estão sendo realizados no momento de maneira mais abrangente.

“Além da oportunidade para colaborações laboratoriais, nós aprendemos sobre alguns estudos de coorte disponíveis na Fiocruz, como dados de censo, sendo possível saber o quão comum determinadas infecções ocorrem ao invés de ter essas informações apenas quando as pessoas procuram tratamento, por exemplo”, completou a pesquisadora.

Para Cyrille Diedhiou, pesquisador do IRESSEF, a visita foi muito enriquecedora para seu campo de pesquisa de vigilância genômica de doenças emergentes e reemergentes. “Aprendi muito com a visita e estou animado para colaborar com o instituto no futuro”, declarou Cyrille.

Além da Fiocruz Bahia e os institutos que visitaram, o Consórcio UWARN conta também com a Universidade Rockefeller (EUA); Kwazulu-Natal Research Innovation and Sequencing Platform (KRISP/África do Sul); Universidade Aga Khan (Paquistão) e Universidade de Chang Gung (Taiwan).

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Divulgado resultado dos recursos das homologações das inscrições do PGPCT

A Secretaria Acadêmica da Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional (PGPCT) torna público o resultado dos pedidos de recursos das inscrições homologadas, referente a chamada pública para seleção de discentes do mestrado profissional.

Clique aqui para acessar o resultado.

Os candidatos que tiveram as inscrições homologadas devem ficar atentos à divulgação de resultados através do site da Plataforma SIGA (www.sigass.fiocruz.br), seguindo o calendário previamente divulgado em chamada pública.

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Fiocruz Bahia participa de posse da diretora-presidente da Bahiafarma

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, participou, na manhã do dia 17 de março (sexta-feira), da mesa da cerimônia de posse da médica infectologista, Ceuci Nunes, como Diretora-Presidente da Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico (Bahiafarma). O evento aconteceu na sede da Bahiafarma, em Simões Filho. Ceuci Nunes foi um dos nomes importantes no combate da pandemia da Covid-19, além de ter sido coordenadora do movimento nacional “Médicas e Médicos pela Democracia”. Também foi diretora do Instituto Couto Maia, de janeiro de 2017 a março de 2022.

“Na Bahia, temos várias parcerias com as universidades, com a Fiocruz, temos o polo de Camaçari que está produzindo sais que podem ser usados em medicamentos para exportação e temos o CIMATEC, além das iniciativas privadas que podemos fazer parceria. Tudo isso nos faz entender que é possível a gente fazer com que a Bahiafarma se desenvolva e seja dos sonhos de seus trabalhadores”, ressaltou a diretora-presidente.

Na ocasião, Marilda Gonçalves comentou sobre a importância da Bahiafarma para o estado da Bahia e a parceria da Fiocruz. “Para nós, da Fiocruz, é um enorme prazer estarmos nesta cerimônia em que a Dra. Ceuci assume a Bahiafarma, no momento em que estamos reconstruindo o complexo industrial da saúde do nosso País. Tenho certeza que a Fiocruz poderá contribuir para que a fundação se torne bastante ativa e operativa. Nós nos colocamos à disposição para ajudarmos no que for necessário. Que seja utilizado em benefício do nosso Sistema Único de Saúde (SUS), para que nós possamos facilitar a aquisição e distribuição de medicamentos e também o diagnóstico do nosso estado“, ressaltou.

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Dissertação correlaciona características de pacientes com LLA-T e resposta terapêutica

Estudante: Ana Maria Marinho da Silva
Orientação: Eugênia Terra Granado
Título da dissertação: “AVALIAÇÃO DE FATORES PROGNÓSTICOS EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA DE CÉLULAS T EM CENTROS DE REFERÊNCIA NO ESTADO DA BAHIA”.
Programa: Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional
Data de defesa: 28/03/2023
Horário: 09h00
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 884 9507 9363
Senha de acesso: anamaria

Resumo

A Leucemia Linfoide Aguda de Células T (LLA-T) corresponde a 15% das leucemias linfoides agudas da infância. Em países de alta renda, são observadas atualmente taxas de sobrevida global (SG) de 90% e de sobrevida livre de eventos (SLE) de 85%. Tais resultados foram obtidos às custas de intensificação de terapia, alcançando taxas próximas as da Leucemia Linfoblástica Aguda de Células B. No entanto, em países de média e baixa, são observadas taxas menores, com SG variando em torno de 45 a 70%. Ficando clara a necessidade de melhorias no tratamento das LLA-T nestes países. Na última década muito conhecimento sobre alterações oncogenéticas das LLA-T vem sendo adquirido, mas não há consenso sobre o uso dessas alterações como biomarcadores prognósticos. A imunofenotipagem por Citometria de Fluxo Multiparamétrica (CFM) ao diagnóstico também não tem conseguido êxito em produzir biomarcadores prognósticos na LLA-T, porém a análise de Doença Residual Mínima por CFM vem se consolidando como melhor fator prognóstico da atualidade. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo principal avaliar a correlação da resposta terapêutica de pacientes pediátricos com LLA-T tratados em centros pediátricos da Bahia com características clínicodemográficas, laboratoriais e imunofenotípicas. Materiais e Métodos: Foram estudados 86 pacientes com o diagnóstico de LLA-T, com idade entre 2 e 19 anos, nos 4 Centros de Referência especializados em tratamento de câncer infantil na Bahia, de 2011 a 2020. Os dados foram obtidos através de busca em prontuários físicos ou eletrônicos dos centros de referência. Resultados: No período selecionado não teve pacientes menores de dois anos, tendo sido encontrados 37 (51,4%) pacientes entre 2 e 9 anos, 27 (37,5%) pacientes entre 10 e 15 anos e 8 (11%) maiores de 15 anos. Os pacientes foram tratados de acordo com Protocolos Berlin.- Frankfurt – Muenster (BFM 2002 e BFM 2009), Protocolo do Grupo Brasileiro de Tratamento de Leucemias na Infância (GBTLI) 99 e Protocolo Recife para Leuecemia Linfoblástica Aguda 2005 (RELLA 2005). Dezoito por cento dos pacientes foram classificados no risco intermediário e 82% no alto risco. A taxa de SG dos pacientes foi de 48% e a taxa de sobrevida livre de progressão (SLP) de 43,6%. Em, 26,7% dos óbitos, eles estavam em remissão e desses, em 91,7% a causa morte foi infecciosa. A única correlação clínica significativamente associada a uma melhora na SLP foi a ausência de adenomegalias ao diagnóstico. Nas correlações de desfechos com os marcadores imunofenotípicos, a positividade de CD11b e HLA-DR foi significativamente associada a uma menor taxa de SG, entretanto a presença do CD8 foi significativamente associada a uma melhor SG. Conclusões: As taxas de SG e SLP estão de acordo com as publicações de países de média e baixa renda e abaixo dos resultados dos países de alta renda. A marcação positiva de HLA-DR e CD11b como marcadores de mau prognóstico, assim como a marcação positiva para o CD8 como fator protetivo, merecem ser melhor investigados, em trabalhos prospectivos e multicêntricos, pois trata-se de um exame acessível em nosso meio e com possíveis benefícios para a classificação de risco das LLA-T.

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Taxa de linfonodos com metástase de carcinoma de endométrio é analisada em dissertação

Estudante: Ramiro Gonçalves Martins da Silva
Orientação: Luiz Antônio Rodrigues de Freitas
Título da dissertação: “SIGNIFICADO PROGNÓSTICO DA TAXA DE LINFONODOS COM METÁSTASE DE CARCINOMA DE ENDOMÉTRIO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA”.
Programa: Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional
Data de defesa: 29/03/2023
Horário: 08h00
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 846 8643 9322
Senha de acesso: ramiro

Resumo

O câncer de endométrio é a neoplasia ginecológica mais comum em países desenvolvidos e o segundo mais comum em países em desenvolvimento, após o câncer do colo do útero. A maioria das mulheres com carcinoma de endométrio (CE) são diagnosticadas em estádios iniciais, apresentando altas taxas de cura. Contudo, até 30% delas desenvolvem doença extra-uterina, principalmente com disseminação para linfonodos (LNs). O comprometimento dos LNs é o principal parâmetro preditor de recorrência e morte no CE e a quantificação da carga tumoral nos LNs pode ter um papel importante na estratificação das pacientes em estádio FIGO IIIC. MÉTODOS: Uma revisão sistemática foi realizada utilizando as bases de dados da Medline/PubMed, Embase, Web of Science e Lilacs e complementada com Google Scholar e busca em referências dos artigos. Foram utilizados os seguintes termos de busca: “endometrial”, “neoplasm”, “cancer”, “carcinoma”, “tumor, “lymph node”, “nodes”, “metastatic”, “ratio” e “rate”. RESULTADOS: A busca identificou um total de 820 publicações e foram finalmente selecionados 17 estudos observacionais analíticos retrospectivos, contendo informações sobre taxa de linfonodos comprometidos e desfecho de sobrevida em pacientes com CE linfonodo positivo. No total participaram 24.758 mulheres, o comprometimento de pelo menos um linfonodo pela neoplasia ocorreu em 23.213 mulheres, representando 93,8% dos casos. A maior parte das pacientes avaliadas tinham CE do tipo adenocarcinoma endometrióide, porém outros tipos histológicos também foram incluídos. Os valores ideais para a taxa de linfonodos com metástase (TLM) apresentaram grande heterogeneidade entre os diversos estudos, porém independentemente do valor utilizado, a TLM significativamente teve correlação adversa significativa com os desfechos analisados (sobrevida global em 12 estudos, sobrevida livre de doença em três estudos, sobrevida livre de progressão em sete estudos e sobrevida câncerespecífica em seis estudos), sendo um preditor prognóstico independente na maioria das publicações avaliadas nesta revisão sistemática, após exclusão de fatores de confusão. CONCLUSÕES: A TLM constitui um parâmetro prognóstico confiável, de fácil aquisição e que pode fornecer informações importantes sobre risco aumentado de recorrência e morte, auxiliando no processo de tomada de decisões sobre terapia adjuvante mais abrangente. A TLM poderá ser utilizada de modo complementar aos critérios atuais de estadiamento FIGO, permitindo uma melhor estratificação das pacientes com CE estádio IIIC.

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Dissertação analisa se reconstrução mamária imediata interfere na terapia

Estudante: Sálvia Maria Canguçu da Rocha
Orientação: Maria da Conceição Chagas de Almeida
Título da dissertação: “COMPARAÇÃO ENTRE MULHERES SUBMETIDAS A MASTECTOMIA COM E SEM RECONSTRUÇÃO IMEDIATA EM UMA INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA DE SALVADOR-BAHIA, 2017 A 2019”
Programa: Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional
Data de defesa: 30/03/2023
Horário: 09h00
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 813 2610 7307
Senha de acesso: salvia

Resumo

Introdução: A reconstrução mamária imediata faz parte do tratamento de câncer de mama de mulheres submetidas a mastectomia, fundamental para preservação da autoestima e qualidade de vida. A lei 12802 de 2013 da reconstrução mamária garante cirurgia reconstrutiva da mama em casos de mutilação decorrente de tratamento de câncer.  Objetivo geral: Estudar, retrospectivamente, as mulheres submetidas a mastectomia com e sem reconstrução mamária imediata, os resultados pós-operatórios e tempo decorrido entre a cirurgia e o início da terapêutica adjuvante. Metodologia: Trata-se de um estudo de natureza observacional e retrospectivo, cujo propósito é estudar se a cirurgia de mastectomia com reconstrução mamária imediata interferiu no início da terapêutica adjuvante para o câncer de mama pós mastectomia, visto que estudos observaram que as complicações cirúrgicas da reconstrução imediata são duas vezes maiores no grupo submetido a reconstrução em relação a mastectomia sem reconstrução. O recrutamento da população foi por amostragem não probabilística por conveniência entre as pacientes com diagnóstico histopatológico de câncer de mama operadas no serviço de mastologia do Hospital Aristides Maltez de  2017 a 2019. Resultados: 366 mulheres  realizaram mastectomia para o tratamento do câncer de mama. Dessas 158 (43,2%) mulheres foram submetidas a mastectomia com reconstrução imediata e 208 (56,8%) que não foram submetidas à reconstrução. Quanto a temporalidade do tratamento adjuvante, observamos no grupo que realizou mastectomia com reconstrução, 44,3% do tiveram seu tratamento adjuvante iniciado em até 60 dias e 55,7% com 61 dias ou mais. E no grupo que não realizou reconstrução, 53,3% iniciou adjuvancia em até 60 dias e 46,6% com 61 dias ou mais, não havendo, entretanto, diferença estatisticamente significativa entro os dois grupo (p=0,251).Conclusão: As complicações cirúrgicas precoces e tardias não tiveram interfência no atraso do início do tratamento adjuvante em nenhum dos grupos, O tempo entre a cirurgia e o início do tratamento adjuvante: seja hormonioterpia, quimioterapia ou radioterapia, comparando as pacientes reconstruídas com as não reconstruídas, não foi estatisticamente significante entre os dois grupos. Assim como o momento da intervenção cirúrgica e o tipo de tratamento adjuvante não apresentaram relação com a incidência de complicações. Impacto: Como fator positivo do estudo estão o tamanho da amostra e os resultados, com os conhecimentos adquiridos, apoiarão novas produções de pesquisa sobre a temática tão relevante e fomentar políticas públicas de mais acesso a Reconstrução mamária imediata.

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Pós-Graduação em Pesquisa Clínica divulga as inscrições homologadas

A Fiocruz Bahia torna público o resultado das inscrições homologadas referente à chamada pública para seleção de discentes do mestrado profissional em pesquisa clínica e translacional (PGPCT). O recurso das homologações, deverá ser realizado nos dias 17 e 18/03.

Acesse o resultado neste link.

Os candidatos que desejarem entrar com recurso questionando o resultado publicado da primeira etapa, deverão fazê-lo no período determinado no cronograma, através da entrega do formulário indicado no Anexo 8, desta chamada, na secretaria acadêmica (envio para o e-mail pgpct@fiocruz.br ).

Etapas Datas previstas 
Divulgação inscrições homologadas 16/03/2023 
Recursos das homologações 17 e 18/03/2023 
Resultado da análise dos recursos e das declarações de conflito de interesse dos candidatos e da Banca examinadora dos recursos das homologações, indicando as modificações na banca julgadas pertinentes 22/03/2023 
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Alteração no cronograma da seleção 2023 do PGPCT

A Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional (PgPCT) informa que, devido ao grande número de inscrições na chamada pública para seleção de discentes do Mestrado Profissional, o cronograma sofreu alteração. A data para divulgação das homologações das inscrições mudou para amanhã, 16/03, bem como do recurso das homologações, que foi alterada para 17 e 18/03.

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Fiocruz Bahia participa da inauguração do Centro de Referência para Pessoas com Doença Falciforme

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, e a pesquisadora Isadora Siqueira participaram da inauguração do Centro Estadual de Referência às Pessoas com Doença Falciforme Rilza Valentim, realizada nesta segunda-feira (13/03). O Centro, que é o primeiro no Brasil, leva o nome da ex-prefeita do município de São Francisco do Conde, que faleceu aos 51 anos, por complicações decorrentes de uma crise causada pela anemia falciforme.

A Fiocruz Bahia é parceira do Centro que tem como propósito ampliar e fortalecer a rede assistencial no cuidado às pessoas com doença falciforme no estado da Bahia, qualificando os profissionais de saúde do SUS e estimulando o ensino e as pesquisas na área. A unidade, que inicia os seus atendimentos nesta terça-feira (14/03), conta com uma equipe composta por 151 profissionais de saúde e irá ofertar serviços como doppler transcraniano, atendimento ambulatorial interdisciplinar, apoio ao diagnóstico, tratamento de úlceras maleolares, assistência transfusional, reabilitação, exames hematológicos e bioquímicos.

“A inauguração do Centro de Referência para Pessoas com Doença Falciforme é uma grande conquista para a Bahia, o estado brasileiro que apresenta a maior prevalência e incidência da doença. Tenho certeza de que esse é um momento histórico, mas é apenas a começo de uma política que certamente abrangerá o cuidado e o acompanhamento de todos os indivíduos com a doença no estado da Bahia”, declarou Marilda Gonçalves.

Representando a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, reforçou o apoio do Governo Federal para as ações do Centro, contribuindo para o diagnóstico e o tratamento adequado para a doença falciforme. “É muito importante que essa parceria seja iniciada com um tema tão caro à saúde da população da Bahia, majoritariamente negra. Tenho certeza de que o Centro de Referência, com o apoio do Ministério, numa parceria com a Secretaria da Saúde e a Fundação Hemoba, será proliferado em todo o estado de forma qualificada”.

A importância do diagnóstico precoce e a necessidade da realização do teste do pezinho foi lembrada pelo Governador do Estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues, que destacou o cuidado com as crianças com doença falciforme. “Mesmo no caso de partos em comunidades distantes do Centro ou de maternidades, nós vamos fazer um grande mutirão porque é através do teste do pezinho que nós temos o primeiro sinal. O primeiro chamado é o Estado assumir a sua responsabilidade de cuidar da doença falciforme”, afirmou.

O evento foi iniciado pela secretária de Saúde do Estado da Bahia, Roberta Santana, que falou sobre a importância de oferecer diagnóstico e tratamento de forma efetiva, auxiliando na qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença falciforme. “Esse é um primeiro passo, temos muito a evoluir. A nossa expectativa é de que sejam atendidos mais de 5 mil pacientes por ano, 25% a mais do que atendemos na Hemoba”, afirmou a secretária, anunciando a disponibilização de mais de cem testes para o rastreamento da doença por dia. 

O coordenador da Associação Baiana de Pessoas com Doença Falciforme, André Gomes, relembrou os esforços das associações na luta em favor das pessoas nesta condição e o diálogo com o poder público. “Nós ficamos gratos pelo diálogo com as associações e pelo centro de referência que está sendo implementado aqui na Bahia. Nós ainda temos algumas demandas para traçar, mas isso nos alegra e nos dá esperança. Estamos na luta desde 2001 em busca de qualidade de vida para essas pessoas e queremos trabalhar para que pessoas do interior também sejam atendidas”, afirmou.

Rosangela Valentim, irmã da homenageada Rilza Valentim, agradeceu a homenagem e parabenizou a criação do Centro. “Ela, que está no coração de muitas pessoas em São Francisco do Conde e se tornou inesquecível, hoje se torna imortal com uma obra desse porte e dessa magnitude. Só quem tem a doença sabe da importância desse centro”, afirmou.  

A inauguração contou ainda com a presença do vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior, do diretor da Fundação Hemoba, Luiz Gonzaga Catto, de representantes das secretarias do estado e do poder legislativo, profissionais de saúde, pesquisadores, familiares e pessoas com doença falciforme.

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Inscrições abertas para editais PIBIC e PIBIT 2023 do CNPQ

A Coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) da Fiocruz Bahia informa que foram abertas as inscrições para solicitação de bolsas de Iniciação Científica nos Editais PIBIC e PIBITI 2023 do CNPq. Os editais estão disponíveis nos links:

Edital PIBIC
Edital PIBIT

Este ano as inscrições para Renovação ocorrem de 13 de março a 13 de abril de 2023 e para Bolsas Novas o período será de 17 de abril a 18 de maio de 2023. Os editais de 2023 apresentam algumas alterações importantes, portanto é imprescindível a leitura dos mesmos de forma cuidadosa.

Após o pedido de renovação da bolsa, os bolsistas que integram os Programas Institucionais de Iniciação Científica e de Desenvolvimento Tecnológico já estarão inscritos na 31ª Reunião de Avaliação Científica (RAIC 2023), sendo necessária a consulta do regulamento e agendamento na página do Pibic Fiocruz.

Clique aqui para consultar o manual de utilização do sistema na solicitação de bolsas novas a orientadores e bolsistas.


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Fiocruz Bahia recebe Mario Moreira para encontro com a comunidade

O candidato à presidência da Fiocruz, Mário Moreira, esteve no Instituto Gonçalo Moniz (IGM/ Fiocruz Bahia), na última sexta-feira (10), cumprindo agenda de campanha. Mario se reuniu com a comunidade para dialogar sobre suas propostas para dar continuidade ao trabalho exercido desde que assumiu interinamente o cargo com a saída da ex-presidente – e atual ministra da Saúde – Nísia Trindade.

Na abertura do encontro, a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, ressaltou o papel exercido por Mario em momentos cruciais para a Fundação, como no enfrentamento da pandemia da Covid-19, resultando na sua escolha pelo Conselho Deliberativo como candidato único para assumir o cargo nos dois anos restantes do mandato. “É uma grande honra recebê-lo aqui por conta da sua parceria com o IGM, muitas das nossas conquistas, principalmente estruturais e de projetos de pesquisa, tiveram uma ajuda inestimável de Mário Moreira”, declarou Marilda.

Mário iniciou contando um pouco de sua trajetória profissional até chegar à Fiocruz, em 1994, e, mais tarde, tornar-se vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, em 2017. O papel da Fiocruz durante o enfrentamento da pandemia foi um dos assuntos discutidos pelo presidente em exercício em sua fala, reforçando a importância da Fundação em um momento tão crítico e diante de tantos ataques à saúde e à ciência.

“A Fiocruz tem um capital reputacional mais elevado hoje em dia do que tinha há três, quatro anos atrás. É uma instituição com alto reconhecimento no Brasil e também no exterior. A nossa reputação construída nos 120 anos de fundação é fantástica, mas a atuação na pandemia elevou o reconhecimento da sociedade como um todo”, declarou Mário.

Tal reputação permitiu que a Fiocruz atuasse como uma instituição do estado brasileiro nesse período, apesar de, no papel, não ser por direito. Por conta disso, o candidato declarou que uma das propostas de curto prazo seria a transformação do estatuto da Fundação em lei nacional, uma vez que o documento, atualmente, é um decreto do presidente da república e, a depender do governante, pode ser alterado ou até mesmo eliminado no que já está instituído.

O avanço que a instituição conquistaria com a transformação do estatuto em lei permitiria mais autonomia, como no campo da contratação de novos funcionários e definição de concurso público. Essa foi mais uma proposta apresentada por Mário na conversa com os servidores, pesquisadores, bolsistas e terceirizados. “Nós temos uma série de reivindicações, como a possibilidade da Fiocruz contratar CLT para projetos temporários, já que com o déficit de pessoal que nós temos no momento, não conseguiremos contratar através de concurso”, explicou o presidente.

O processo democrático interno da instituição foi exaltado por Mário como uma força da Fiocruz, garantido seu funcionamento pleno mesmo em tempos sombrios. O candidato assegurou que suas metas e projetos não são para apenas seu período na presidência e sim para o futuro. “Nós iniciamos com o atual governo um processo de reconstrução do país, sobretudo das instituições de ciência e tecnologia, tão destruídas, como uma batida de carro: amassa rápido e demora um tempão para consertar”.

Após a fala do candidato à presidência, os presentes puderam debater questões mais específicas com Mário, trazendo demandas dos laboratórios e setores em busca de uma melhor parceria entre a matriz da Fundação e a unidade em Salvador. 

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Aula inaugural aborda os desafios da pós-graduação em saúde no Brasil

No dia 09 de março, ocorreu a aula inaugural dos Programas de Pós-Graduação da Fiocruz Bahia, com o tema “Desafios da pós-graduação em saúde no Brasil”, ministrada pela vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado. Além da apresentação, o evento contou com um momento de interação com os alunos presentes, com participação da vice-diretora de Ensino da Fiocruz Bahia, Claudia Brodskyn.

A abertura do evento foi realizada pela diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, que apresentou o currículo da palestrante e disse ser uma honra muito grande receber Cristiani no instituto. A apresentação abordou os desafios da pós-graduação em saúde no Brasil diante das atuais transformações globais. Como aspecto inicial da discussão, Machado mencionou que o objetivo da pós-graduação para a ciência brasileira vai além do título. “Sempre afirmo que o principal produto de um mestrado e doutorado não é somente uma dissertação e tese, mas também, a construção da trajetória do cientista, professor e profissional formado e qualificado para atuar na construção de uma ciência voltada para dar respostas atualizadas às constantes necessidades da sociedade”, comentou.

Durante a aula, foram apresentados os últimos dados levantados pelo Relatório de Ciências da UNESCO, que aponta a média de cerca de 700 pesquisadores por milhão de habitantes no Brasil, uma baixa densidade quando comparada com a de países da América do Norte e Europa. “A análise da porcentagem do PIB que é destinada para o investimento em pesquisa e desenvolvimento no Brasil evidencia que o país está bastante atrás dos países europeus e norte-americanos na priorização do desenvolvimento da ciência”, argumentou a vice-presidente.

Machado também pontuou que apesar do baixo investimento, as universidades brasileiras apresentam um alto grau de produtividade, o que reforça a importância da pós-graduação no processo de desenvolvimento da ciência brasileira. “Apesar das dificuldades, houve nos últimos vinte anos um grande aumento no número de programas de pós-graduação e a formação de mestres e doutores no Brasil. A estruturação histórica de instituições como a CAPES e o CNPQ foram fundamentais na trajetória da educação superior nacional”, completou.

A vice-presidente discutiu a pós-graduação como ferramenta de ascensão no mercado profissional. Segundo dados do último relatório da UNESCO, profissionais com pós-graduação têm uma média salarial cinco vezes maior comparado aos trabalhadores com apenas o nível médio. Nesse viés, a Fiocruz Bahia fornece uma gama de mestrados e doutorados profissionais voltados para o desenvolvimento de tecnologias de serviço, inovações e produção, como estudos voltados à elaboração de vacinas e atenção à saúde primária. 

As resoluções sobre os valores fundamentais para a pós-graduação em Saúde também foram discutidas. Machado ressaltou o comprometimento institucional da Fiocruz Bahia com as suas políticas de inclusão, a importância das ações afirmativas para o fomento da diversidade nas universidades brasileiras, além da necessidade da promoção da interdisciplinaridade e temas transversais. “Desde o ano passado, a Fiocruz realiza um edital para auxílio de permanência para estudantes. O programa não tem precedentes para alunos da pós-graduação no ensino superior brasileiro, mas foi criado aqui com o intuito de fornecer suporte para estudantes de baixa renda familiar. Com a intenção de oferecer apoio aos alunos, a instituição disponibiliza também programas de inclusão digital e introdução básica e intermediária em línguas estrangeiras”, afirmou.

A importância da compreensão dos novos métodos e dados para a pesquisa na saúde pública, assim como a atualização das metodologias de ensino foram apontadas como algumas das inovações importantes para o futuro dos programas de pós-graduação da Fiocruz Bahia. “A pandemia e os avanços tecnológicos evidenciaram como a expansão da mobilidade híbrida de nossos programas pode ser um fator de flexibilização do acesso ao ensino, viabilizando a cooperação entre pessoas em locais diferentes e permitindo o enriquecimento do processo de aprendizagem”, comentou a vice-presidente.

Com o rápido processo de globalização da ciência, a vice-presidente chamou atenção dos estudantes presentes para a importância da internacionalização dos estudos, que são promovidos pelos programas de pós-graduação através de programas de bolsas de estudo. “A internacionalização precisa ir além da movimentação do intercâmbio de estudantes e professores, precisa ser utilizada como um instrumento de cooperação entre a ciência produzida entre os países, utilizando das ferramentas de conhecimento adquiridas em uma realidade para a incrementação e atualização dos métodos científicos no outro local”.

Cristiani Vieira Machado finalizou reforçando que os pesquisadores precisam promover o acesso ao conhecimento, ressaltando que o fazer científico precisa ir além da conversa entre pares. “A ciência precisa ser feita de forma colaborativa e com o intuito de trazer respostas para a sociedade, sempre compreendendo os contextos socioeconômicos e culturais que a saúde pública local está inserida”, concluiu.

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Pesquisadora Viviane Boaventura é nova integrante da Academia de Ciências da Bahia

A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Viviane Sampaio Boaventura, é nova integrante da Academia de Ciências da Bahia (ACB), sendo empossada em cerimônia realizada no Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia), no dia 8 de março. Juntamente com Viviane, mais três membros titulares e um membro júnior foram nomeados no evento: Meran Muniz da Costa Vargens; Leonardo Sena Gomes Teixeira; Sheila Maria Alvim de Matos e Laio Magno Santos de Souza.

A cerimônia contou com a presença do reitor da Universidade Federal da Bahia, Paulo Miguez; da diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves; e do diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), Handerson Leite. O secretário estadual da Ciência e Tecnologia, André Joazeiro, foi representado por Mara Souza.

Na mesa de abertura do evento, Marilda Gonçalves agradeceu pela honra de sediar a cerimônia no auditório da Fiocruz Bahia, parabenizando os novos acadêmicos, em especial Viviane, destacando a importância de se discutir avanços científicos após o período difícil que a ciência passou no Brasil. “Eu tenho certeza que vocês irão contribuir enormemente para elevar o patamar da ciência em nosso país” declarou Marilda. 

Segundo o presidente da ACB, Manoel Barral-Netto, que também é pesquisador da Fiocruz Bahia, a cerimônia foi realizada no Dia Internacional da Mulher, para destacar o papel da mulher dentro da ciência, em especial com a posse das novas acadêmicas. É a primeira vez que a academia tem um novo grupo de ingressos com a maioria feminina, sendo três mulheres dos quatro membros titulares. “É importante destacar também que a diretoria e o conselho atual da academia possuem uma equidade entre homens e mulheres na sua composição, uma demonstração de interesse na correção da questão de gênero”, explicou Barral. 

A importância da presença feminina na ciência foi um ponto relevante para Viviane ao tomar posse na ACB, reconhecendo o simbolismo da cerimônia ser realizada no Dia Internacional da Mulher. “Mais de um século depois das manifestações das tecelãs russas em busca de igualdade, ainda estamos aqui em busca de pão e paz, que eram as ambições delas na época. O trabalho na academia enquanto mulher segue nesse caminho de construir tijolos científicos para ajudar a criar essa ponte em busca da igualdade de gênero”, salientou a pesquisadora, enxergando esse desafio como um convite para trabalhar ciência cada vez mais como uma ferramenta de transformação social.

Sobre a pesquisadora

Viviane Boaventura é pesquisadora do Instituto Gonçalo Moniz e professora associada de Imunopatologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Possui graduação em Medicina pela UFBA, especialização em Otorrinolaringologia na Santa Casa de Misericórdia da Bahia, mestrado e doutorado em Patologia pela UFBA/Fiocruz Bahia. Possui experiência na área de medicina e imunologia de doenças infecciosas, nos seguintes temas: imunopatogênese, diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas transmitidas por vetor. Atualmente, vem desenvolvendo trabalhos em COVID-19, em temas de clínica, saúde digital e efetividade de vacinas.

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Palestras sobre ações institucionais são destaque do Dia da Mulher

O Dia da Mulher na Fiocruz Bahia, realizado na última quinta-feira (9/03), reuniu autoridades estaduais e membros da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Participaram do evento a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado; a Coordenadora do Programa Mais Meninas na Ciência da Fiocruz, Cristina Araripe, e as secretárias do Estado da Bahia Ângela Guimarães, de Promoção da Igualdade Racial; Elisângela Araújo, de Políticas para as Mulheres; e Fabya Reis, de Assistência e Desenvolvimento Social. Também estiveram presentes as representantes das secretarias de Saúde, Roberta Sampaio; de Ciência, Tecnologia e Inovação, Sahada Luedy; e de Educação, Patrícia Oliveira. 

A mesa de abertura foi iniciada pela diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, que falou da importância de reunir mulheres para discutir temas voltados à equidade de gênero, ciência, saúde e divulgação científica, contribuindo para as ações de redução das desigualdades. “Nós, como mulheres, enfrentamos no dia a dia muitos desafios, principalmente quando se é uma mulher negra. Desejo que possamos, como mulher, usar o nosso potencial criativo com sabedoria e perseverança, resistir ao silenciamento e a invisibilidade, e conduzir a nossa trajetória com coragem e com confiança”, afirmou. 

A vice-presidente Cristiani Machado durante a apresentação sobre divulgação científica e equidade.

A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação proferiu a palestra intitulada “Divulgação Científica e Equidade: A experiência da Fiocruz”. Durante a  apresentação, Cristiani Machado falou sobre a Política de Divulgação Científica na instituição e as ações desenvolvidas nas unidades pelo Brasil. “Esse é um conjunto de ações e iniciativas que visam levar a ciência para a sociedade, levando não só conhecimento científico de uma forma unilateral, mas envolvendo toda a sociedade e os diferentes grupos sociais nas discussões e na construção do conhecimento. A ciência só pode ser bem feita se dialogar com a realidade social e isso não acontece se ficarmos confinados nos nossos espaços de pesquisa. Nós precisamos ouvir e compreender esses sujeitos”, declarou.

Entre os principais pontos apresentados pela vice-presidente está o Programa Mulheres e Meninas na Ciência, iniciativa que estimula meninas estudantes do Ensino Médio de escolas públicas a conhecerem a despertarem o interesse pela carreira científica, além de dar visibilidade ao papel e às contribuições fundamentais das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica. “É muito bom ouvir a história das nossas pesquisadoras. As suas lutas, as suas dificuldades, os seus desafios. Isso também é muito importante para o conjunto das mulheres e das meninas que querem seguir essa trajetória”, afirmou.

Durante o evento também foram apresentadas ações de divulgação científica promovidas pela Fiocruz Bahia, dentre elas o projeto Meninas Baianas na Ciência,  apresentado pela pesquisadora Isadora Siqueira, que tem como principal objetivo incentivar meninas a conhecerem e interessarem-se por áreas de ciência, tecnologia e inovação, além de fortalecer e divulgar o papel das mulheres nas áreas de ciências em saúde.

A servidora Lorena Magalhães apresentou as ações do Núcleo de Pró-equidade de Gênero e Raça que tem entre as suas principais atribuições a promoção da equidade de gênero, das relações étnico-raciais e da diversidade sexual na Fiocruz Bahia, atuando a favor da equidade e de ações igualitárias relacionadas ao trabalho, ao atendimento ao público e à produção e popularização do conhecimento.

Em seguida, o chefe da Gestão da Comunicação e Divulgação Científica da Fiocruz Bahia, Antônio Brotas, falou sobre o projeto Sons e Imagens da Bahia, coordenado por ele, iniciativa que proporcionou aulas online sobre audiovisual para mais de 200 alunos e alunas da rede pública, distribuídas em mais de 20 escolas, tanto de Salvador quanto de cidades no interior do estado. O projeto, no qual a maioria do público era formada por meninas, foi realizado em parceria entre a Fiocruz Bahia e a Sociedade de Promoção da Casa de Oswaldo Cruz (SPCOC), com apoio da Lei de Apoio à Cultura (Pronac 193074).

Por fim, a representante da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, Shirley Costa, falou sobre os impactos positivos da Olimpíada de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz para os alunos da rede pública estadual e suas contribuições para o início de novas e promissoras carreiras científicas.

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Pós-Graduação em Pesquisa Clínica prorroga inscrições para seleção de mestrado

O curso de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica (PgPCT) prorrogou as inscrições para a seleção do Mestrado Profissional até às 12h59 do dia 14/03/2023. Documentos incluídos após às 13:00 não serão aceitos. Todas as informações referentes às inscrições poderão ser obtidas no site da Plataforma SIGASS, em Inscrição > Mestrado Profissional em Pesquisa Clínica e Translacional – IGM.

O público-alvo é de portadores de diploma de graduação, concedido por Instituição de Ensino Superior e reconhecido pelo Conselho Nacional de Educação, atuando em oncologia ou vigilância em saúde e formalmente vinculados a instituições de assistência à saúde, prioritariamente públicas. O curso oferece 30 vagas, que só serão preenchidas por candidatos aprovados em todas as etapas do processo seletivo.

As áreas de concentração são Pesquisa Clínica e Translacional em Oncologia e Vigilância em Saúde, sendo subdivididas nas seguintes linhas de pesquisa:
-Desenvolvimento de novos compostos com capacidade antitumoral, estudos pré-clínicos e clínicos;
-Mecanismos de tumorigênese e identificação/validação de marcadores tumorais;
-Pesquisa epidemiológica das neoplasias sólidas e hematológicas;
-Vigilância em saúde voltada para agravos transmissíveis e não transmissíveis.

O mestrado profissional objetiva o aprofundamento do conhecimento técnico-científico do futuro mestre, possibilitando o desenvolvimento de competência profissional para realizar pesquisas e desenvolver processos, produtos e metodologias na área ou áreas de concentração do curso.

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Fiocruz Bahia participa de encontro sobre o Centro de Referência às Pessoas com Doença Falciforme

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, participou nesta segunda-feira (06/03), do encontro dialogado sobre o Centro de Referência às Pessoas com Doença Falciforme, que será inaugurado na próxima segunda-feira (13/03). Promovido pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o evento teve como principal objetivo discutir com pessoas que convivem com a Doença Falciforme, médicos, gestores e toda a sociedade sobre os benefícios e desafios do Centro na atenção e cuidado a essa
população.

Marilda Gonçalves falou sobre a prevalência da Doença Falciforme na Bahia, destacando a necessidade da atenção interdisciplinar e do desenvolvimento de estudos científicos que atentem também para a situação de pessoas que desenvolveram apenas o traço falciforme. “Esse é um momento singular. É um momento especial para a família, para os pacientes e para os profissionais que vêm lutando para que a doença falciforme tenha um atendimento digno”, afirmou. O encontro foi iniciado pela secretária de Promoção da Igualdade Racial, Ângela Guimarães, que ressaltou a importância de discutir a implementação do Centro de forma alinhada aos princípios da política de saúde da população negra e da luta antirracista. “Que esse diálogo sirva como balizador da construção da nossa proposta de gestão e de atendimento porque esse Centro, embora localizado em Salvador, vai ter o desafio de se vincular ao que acontece em outros territórios do estado”, pontuou.

Representando o secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, o assessor especial da secretaria, Luiz Alberto, falou sobre a importância da conquista para as pessoas com DF e para o movimento negro. “Esse é um tema muito caro à luta do movimento negro, é um tema que há muito tempo atrás era praticamente invisível, com situações extremamente difíceis. A demanda dos movimentos sociais e do movimento negro está em pauta e é importante transformar os desdobramentos
dessa luta em política pública”, afirmou.

Em seguida, a secretária de Saúde do Estado da Bahia, Roberta Santana, reforçou o compromisso de promover ações de saúde alinhadas ao combate ao racismo e questões sociais. “Essa é uma construção coletiva, o que a gente pretende fazer é discutir conjuntamente. Não temos a fórmula, mas encontraremos a fórmula juntos na discussão do que podemos construir. Então eu peço para que a gente una esforços e possa construir o maior e o melhor Centro de Referência”, declarou a secretária que também comentou sobre a importância da realização de pesquisas sobre a Doença Falciforme.

A coesão do trabalho envolvendo as secretarias, o poder legislativo, executivo e os movimentos sociais foi mencionada pela Deputada Estadual, Olívia Santana, destacando os ganhos dessa articulação para a criação de políticas públicas. “Viva ao centro de referência, viva a política pública específica para as populações que mais precisam dela e viva o retorno com força da ciência no Brasil, o que fortalece também a Bahia”, celebrou.

Presidente da Associação Baiana de Pessoas com Doença Falciforme, Altair Lira, reforçou a importância da criação de um espaço de discussão sobre o tema e lembrou da trajetória de luta de familiares e das pessoas que convivem com a doença. “A dimensão do que nós consideramos saúde vai além da assistência clínica. As crianças com Doença Falciforme estão nas escolas, nós precisamos pensar nas pessoas com baixa renda que precisam participar de programas sociais. A atenção à pessoa
com Doença Falciforme precisa passar por outras secretarias também e pensar nessa assistência regionalmente é um desafio”.

Sobre o centro

O Centro de Referência às Pessoas com Doença Falciforme, primeiro em todo o Brasil, foi apresentado pela coordenadora de Hemoglobinopatias da Fundação Hemoba, Larissa Rocha. Entre os principais objetivos da iniciativa está a ampliação do atendimento às pessoas que convivem com a enfermidade no estado da Bahia, garantindo a integralidade do cuidado e o fortalecimento da Política Estadual de
Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme. A proposta é que o Centro seja voltado para a assistência multidisciplinar, matriciamento, ensino e pesquisa, prestando assistência de forma integral e qualificando os profissionais do Sistema único de Saúde.

Dentre os serviços ofertados estão o atendimento ambulatorial interdisciplinar, apoio ao diagnóstico, tratamento de úlceras maleolares, assistência transfusional e reabilitação. O Centro conta com o apoio de instituições como a Fiocruz Bahia, a Associação de Pessoas com Doença Falciforme, instituições de ensino superior, Ministério da Saúde e instituições internacionais.

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Encontro do Fórum de Saúde das Periferias é realizado na Fiocruz Bahia

O Fórum de Saúde das Periferias da Bahia reuniu membros das comunidades de Salvador, representantes de entidades sociais, autoridades e colaboradores da Fiocruz Bahia, no dia 02 de março. O evento teve como principal objetivo discutir a saúde das populações periféricas de Salvador e Região Metropolitana, apresentando demandas específicas desse público.

A mesa de abertura foi composta pela diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, pelo assessor especial do Ministério da Saúde, Valcler Rangel; por Luci Gois, assessora técnica da Superintendência de Assistência Social, representando a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia, Fabya Reis; o coordenador executivo do Plano Fiocruz de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas, Richarlls Martins; e pelos representantes do Fórum de Entidades do Bairro da Paz, Nei Costa, e do Fórum Estadual de Saúde de Periferias, Sandra Munhoz. Também estiveram presentes no encontro o vice-diretor de pesquisa da Fiocruz Bahia, Ricardo Riccio; a vice-diretora de ensino, Claudia Ida Brodskyn; a vice- coordenadora do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) da Fiocruz Bahia, Maia Yury; e a representante do Núcleo Pró-equidade de Gênero e Raça, Lorena Magalhães.

O assessor especial do Ministério da Saúde falou sobre os esforços da pasta para construir um modelo de atenção à saúde que contemple as favelas e demais populações marcadas por desigualdades. “A experiência que a gente teve nesse período de pandemia, no qual nós fomos obrigados a aprender tanta coisa, traz para gente uma necessidade de pegar esse aprendizado e voltá-lo para o enfrentamento da desigualdade, do racismo, da misoginia, LGBTfobia e tantas outras questões como temas centrais”, afirmou Rangel.

Na oportunidade, Marilda Gonçalves comentou sobre o papel da Fiocruz Bahia no desenvolvimento de projetos em diversas frentes, direcionando esforços para as populações em situação de vulnerabilidade social, seja através de pesquisas científicas, iniciativas de educação em saúde ou divulgação científica. Marilda ainda reforçou a disposição da unidade em dialogar com a sociedade. “Nós temos essa aproximação com a comunidade. As portas da Fiocruz sempre estiveram abertas e sempre estarão. Nós estamos em uma instituição pública federal, de direito público, aberta a cada cidadão”, ressaltou. 

Maria Yury falou sobre os dados de disparidade social, insegurança alimentar, desigualdade de raça, etnia e gênero observados através dos estudos realizados pelo Centro. “O Cidacs tem uma série de estudos que avaliam as desigualdades sociais e a quais fatores elas estão relacionadas. Nós gostaríamos de colocar esses resultados e essas discussões à disposição para que vocês possam utilizá-los com o nosso apoio, para que possamos solicitar as intervenções para as autoridades competentes”, afirmou Yury.

A importância de promover espaços de discussão sobre a saúde de populações em situação de vulnerabilidade foi reforçada pelo professor de história e morador do Bairro da Paz há 35 anos, Nei Costa. “A nossa realidade faz com que a gente tenha que acordar e buscar solucionar os problemas que a comunidade tem”, ponderou o convidado, destacando a necessidade da implantação de uma Unidade Básica de Saúde no bairro. Já Sandra Munhoz ressaltou a relevância de articular as comunidades em prol desses espaços de discussão, compartilhando ideias e enfrentando os desafios. “Nós estamos aqui para propor que a Fiocruz Bahia seja parceira das atividades que a gente já faz”, sugeriu. 

A necessidade de dialogar com as comunidades para a construção de ações e projetos que atendam às demandas da população foi pontuada por Luci Gois. “Sem esse contato, sem essa relação direta não dá pra fazer política pública. As comunidades estão o tempo inteiro lembrando ao Estado qual o seu papel dentro da estrutura de um país e sem esse diálogo efetivo as políticas públicas desenvolvidas não fazem sentido”, afirmou. 

Richarlls Martins abordou o apoio da Fundação Oswaldo Cruz à iniciativa e o processo para a construção do Fórum e da sua equipe. “O mais significativo dessa construção foi perceber a sinergia entre as representações com as coordenações, a sociedade civil e a eclosão desse ato político que é a criação do primeiro fórum de saúde nas periferias do Brasil”, ressaltou.

O Fórum contou ainda com a participação de alunos da Fiocruz Bahia, pesquisadores e representantes de entidades como a Rede de Escolas Comunitárias do Subúrbio, Agência de Notícias das Favelas, Movimento Nacional de Luta por Moradia, Mandado Coletivo Pretas por Salvador, Associação dos Moradores da Ocupação do Trobogy, Associação de Moradores do Trobogy, Iniciativa Negra de Políticas sobre Drogas, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Rede de Mulheres Negras da Bahia, Coletivo Resistência Preta e Núcleo de Acolhimento Psicossocial Pretos Resistentes.

Ao final das apresentações, foi aberto o espaço para discussão e demais contribuições por parte dos presentes. O próximo encontro do Fórum será realizado no dia no dia 27 de março, na Casa de Acolhimento Marielle Franco, no Campo Grande, em Salvador.

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