Dissertação analisa se reconstrução mamária imediata interfere na terapia

Estudante: Sálvia Maria Canguçu da Rocha
Orientação: Maria da Conceição Chagas de Almeida
Título da dissertação: “COMPARAÇÃO ENTRE MULHERES SUBMETIDAS A MASTECTOMIA COM E SEM RECONSTRUÇÃO IMEDIATA EM UMA INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA DE SALVADOR-BAHIA, 2017 A 2019”
Programa: Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional
Data de defesa: 30/03/2023
Horário: 09h00
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 813 2610 7307
Senha de acesso: salvia

Resumo

Introdução: A reconstrução mamária imediata faz parte do tratamento de câncer de mama de mulheres submetidas a mastectomia, fundamental para preservação da autoestima e qualidade de vida. A lei 12802 de 2013 da reconstrução mamária garante cirurgia reconstrutiva da mama em casos de mutilação decorrente de tratamento de câncer.  Objetivo geral: Estudar, retrospectivamente, as mulheres submetidas a mastectomia com e sem reconstrução mamária imediata, os resultados pós-operatórios e tempo decorrido entre a cirurgia e o início da terapêutica adjuvante. Metodologia: Trata-se de um estudo de natureza observacional e retrospectivo, cujo propósito é estudar se a cirurgia de mastectomia com reconstrução mamária imediata interferiu no início da terapêutica adjuvante para o câncer de mama pós mastectomia, visto que estudos observaram que as complicações cirúrgicas da reconstrução imediata são duas vezes maiores no grupo submetido a reconstrução em relação a mastectomia sem reconstrução. O recrutamento da população foi por amostragem não probabilística por conveniência entre as pacientes com diagnóstico histopatológico de câncer de mama operadas no serviço de mastologia do Hospital Aristides Maltez de  2017 a 2019. Resultados: 366 mulheres  realizaram mastectomia para o tratamento do câncer de mama. Dessas 158 (43,2%) mulheres foram submetidas a mastectomia com reconstrução imediata e 208 (56,8%) que não foram submetidas à reconstrução. Quanto a temporalidade do tratamento adjuvante, observamos no grupo que realizou mastectomia com reconstrução, 44,3% do tiveram seu tratamento adjuvante iniciado em até 60 dias e 55,7% com 61 dias ou mais. E no grupo que não realizou reconstrução, 53,3% iniciou adjuvancia em até 60 dias e 46,6% com 61 dias ou mais, não havendo, entretanto, diferença estatisticamente significativa entro os dois grupo (p=0,251).Conclusão: As complicações cirúrgicas precoces e tardias não tiveram interfência no atraso do início do tratamento adjuvante em nenhum dos grupos, O tempo entre a cirurgia e o início do tratamento adjuvante: seja hormonioterpia, quimioterapia ou radioterapia, comparando as pacientes reconstruídas com as não reconstruídas, não foi estatisticamente significante entre os dois grupos. Assim como o momento da intervenção cirúrgica e o tipo de tratamento adjuvante não apresentaram relação com a incidência de complicações. Impacto: Como fator positivo do estudo estão o tamanho da amostra e os resultados, com os conhecimentos adquiridos, apoiarão novas produções de pesquisa sobre a temática tão relevante e fomentar políticas públicas de mais acesso a Reconstrução mamária imediata.

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Pós-Graduação em Pesquisa Clínica divulga as inscrições homologadas

A Fiocruz Bahia torna público o resultado das inscrições homologadas referente à chamada pública para seleção de discentes do mestrado profissional em pesquisa clínica e translacional (PGPCT). O recurso das homologações, deverá ser realizado nos dias 17 e 18/03.

Acesse o resultado neste link.

Os candidatos que desejarem entrar com recurso questionando o resultado publicado da primeira etapa, deverão fazê-lo no período determinado no cronograma, através da entrega do formulário indicado no Anexo 8, desta chamada, na secretaria acadêmica (envio para o e-mail pgpct@fiocruz.br ).

Etapas Datas previstas 
Divulgação inscrições homologadas 16/03/2023 
Recursos das homologações 17 e 18/03/2023 
Resultado da análise dos recursos e das declarações de conflito de interesse dos candidatos e da Banca examinadora dos recursos das homologações, indicando as modificações na banca julgadas pertinentes 22/03/2023 
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Alteração no cronograma da seleção 2023 do PGPCT

A Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional (PgPCT) informa que, devido ao grande número de inscrições na chamada pública para seleção de discentes do Mestrado Profissional, o cronograma sofreu alteração. A data para divulgação das homologações das inscrições mudou para amanhã, 16/03, bem como do recurso das homologações, que foi alterada para 17 e 18/03.

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Fiocruz Bahia participa da inauguração do Centro de Referência para Pessoas com Doença Falciforme

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, e a pesquisadora Isadora Siqueira participaram da inauguração do Centro Estadual de Referência às Pessoas com Doença Falciforme Rilza Valentim, realizada nesta segunda-feira (13/03). O Centro, que é o primeiro no Brasil, leva o nome da ex-prefeita do município de São Francisco do Conde, que faleceu aos 51 anos, por complicações decorrentes de uma crise causada pela anemia falciforme.

A Fiocruz Bahia é parceira do Centro que tem como propósito ampliar e fortalecer a rede assistencial no cuidado às pessoas com doença falciforme no estado da Bahia, qualificando os profissionais de saúde do SUS e estimulando o ensino e as pesquisas na área. A unidade, que inicia os seus atendimentos nesta terça-feira (14/03), conta com uma equipe composta por 151 profissionais de saúde e irá ofertar serviços como doppler transcraniano, atendimento ambulatorial interdisciplinar, apoio ao diagnóstico, tratamento de úlceras maleolares, assistência transfusional, reabilitação, exames hematológicos e bioquímicos.

“A inauguração do Centro de Referência para Pessoas com Doença Falciforme é uma grande conquista para a Bahia, o estado brasileiro que apresenta a maior prevalência e incidência da doença. Tenho certeza de que esse é um momento histórico, mas é apenas a começo de uma política que certamente abrangerá o cuidado e o acompanhamento de todos os indivíduos com a doença no estado da Bahia”, declarou Marilda Gonçalves.

Representando a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, reforçou o apoio do Governo Federal para as ações do Centro, contribuindo para o diagnóstico e o tratamento adequado para a doença falciforme. “É muito importante que essa parceria seja iniciada com um tema tão caro à saúde da população da Bahia, majoritariamente negra. Tenho certeza de que o Centro de Referência, com o apoio do Ministério, numa parceria com a Secretaria da Saúde e a Fundação Hemoba, será proliferado em todo o estado de forma qualificada”.

A importância do diagnóstico precoce e a necessidade da realização do teste do pezinho foi lembrada pelo Governador do Estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues, que destacou o cuidado com as crianças com doença falciforme. “Mesmo no caso de partos em comunidades distantes do Centro ou de maternidades, nós vamos fazer um grande mutirão porque é através do teste do pezinho que nós temos o primeiro sinal. O primeiro chamado é o Estado assumir a sua responsabilidade de cuidar da doença falciforme”, afirmou.

O evento foi iniciado pela secretária de Saúde do Estado da Bahia, Roberta Santana, que falou sobre a importância de oferecer diagnóstico e tratamento de forma efetiva, auxiliando na qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença falciforme. “Esse é um primeiro passo, temos muito a evoluir. A nossa expectativa é de que sejam atendidos mais de 5 mil pacientes por ano, 25% a mais do que atendemos na Hemoba”, afirmou a secretária, anunciando a disponibilização de mais de cem testes para o rastreamento da doença por dia. 

O coordenador da Associação Baiana de Pessoas com Doença Falciforme, André Gomes, relembrou os esforços das associações na luta em favor das pessoas nesta condição e o diálogo com o poder público. “Nós ficamos gratos pelo diálogo com as associações e pelo centro de referência que está sendo implementado aqui na Bahia. Nós ainda temos algumas demandas para traçar, mas isso nos alegra e nos dá esperança. Estamos na luta desde 2001 em busca de qualidade de vida para essas pessoas e queremos trabalhar para que pessoas do interior também sejam atendidas”, afirmou.

Rosangela Valentim, irmã da homenageada Rilza Valentim, agradeceu a homenagem e parabenizou a criação do Centro. “Ela, que está no coração de muitas pessoas em São Francisco do Conde e se tornou inesquecível, hoje se torna imortal com uma obra desse porte e dessa magnitude. Só quem tem a doença sabe da importância desse centro”, afirmou.  

A inauguração contou ainda com a presença do vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior, do diretor da Fundação Hemoba, Luiz Gonzaga Catto, de representantes das secretarias do estado e do poder legislativo, profissionais de saúde, pesquisadores, familiares e pessoas com doença falciforme.

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Inscrições abertas para editais PIBIC e PIBIT 2023 do CNPQ

A Coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) da Fiocruz Bahia informa que foram abertas as inscrições para solicitação de bolsas de Iniciação Científica nos Editais PIBIC e PIBITI 2023 do CNPq. Os editais estão disponíveis nos links:

Edital PIBIC
Edital PIBIT

Este ano as inscrições para Renovação ocorrem de 13 de março a 13 de abril de 2023 e para Bolsas Novas o período será de 17 de abril a 18 de maio de 2023. Os editais de 2023 apresentam algumas alterações importantes, portanto é imprescindível a leitura dos mesmos de forma cuidadosa.

Após o pedido de renovação da bolsa, os bolsistas que integram os Programas Institucionais de Iniciação Científica e de Desenvolvimento Tecnológico já estarão inscritos na 31ª Reunião de Avaliação Científica (RAIC 2023), sendo necessária a consulta do regulamento e agendamento na página do Pibic Fiocruz.

Clique aqui para consultar o manual de utilização do sistema na solicitação de bolsas novas a orientadores e bolsistas.


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Fiocruz Bahia recebe Mario Moreira para encontro com a comunidade

O candidato à presidência da Fiocruz, Mário Moreira, esteve no Instituto Gonçalo Moniz (IGM/ Fiocruz Bahia), na última sexta-feira (10), cumprindo agenda de campanha. Mario se reuniu com a comunidade para dialogar sobre suas propostas para dar continuidade ao trabalho exercido desde que assumiu interinamente o cargo com a saída da ex-presidente – e atual ministra da Saúde – Nísia Trindade.

Na abertura do encontro, a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, ressaltou o papel exercido por Mario em momentos cruciais para a Fundação, como no enfrentamento da pandemia da Covid-19, resultando na sua escolha pelo Conselho Deliberativo como candidato único para assumir o cargo nos dois anos restantes do mandato. “É uma grande honra recebê-lo aqui por conta da sua parceria com o IGM, muitas das nossas conquistas, principalmente estruturais e de projetos de pesquisa, tiveram uma ajuda inestimável de Mário Moreira”, declarou Marilda.

Mário iniciou contando um pouco de sua trajetória profissional até chegar à Fiocruz, em 1994, e, mais tarde, tornar-se vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, em 2017. O papel da Fiocruz durante o enfrentamento da pandemia foi um dos assuntos discutidos pelo presidente em exercício em sua fala, reforçando a importância da Fundação em um momento tão crítico e diante de tantos ataques à saúde e à ciência.

“A Fiocruz tem um capital reputacional mais elevado hoje em dia do que tinha há três, quatro anos atrás. É uma instituição com alto reconhecimento no Brasil e também no exterior. A nossa reputação construída nos 120 anos de fundação é fantástica, mas a atuação na pandemia elevou o reconhecimento da sociedade como um todo”, declarou Mário.

Tal reputação permitiu que a Fiocruz atuasse como uma instituição do estado brasileiro nesse período, apesar de, no papel, não ser por direito. Por conta disso, o candidato declarou que uma das propostas de curto prazo seria a transformação do estatuto da Fundação em lei nacional, uma vez que o documento, atualmente, é um decreto do presidente da república e, a depender do governante, pode ser alterado ou até mesmo eliminado no que já está instituído.

O avanço que a instituição conquistaria com a transformação do estatuto em lei permitiria mais autonomia, como no campo da contratação de novos funcionários e definição de concurso público. Essa foi mais uma proposta apresentada por Mário na conversa com os servidores, pesquisadores, bolsistas e terceirizados. “Nós temos uma série de reivindicações, como a possibilidade da Fiocruz contratar CLT para projetos temporários, já que com o déficit de pessoal que nós temos no momento, não conseguiremos contratar através de concurso”, explicou o presidente.

O processo democrático interno da instituição foi exaltado por Mário como uma força da Fiocruz, garantido seu funcionamento pleno mesmo em tempos sombrios. O candidato assegurou que suas metas e projetos não são para apenas seu período na presidência e sim para o futuro. “Nós iniciamos com o atual governo um processo de reconstrução do país, sobretudo das instituições de ciência e tecnologia, tão destruídas, como uma batida de carro: amassa rápido e demora um tempão para consertar”.

Após a fala do candidato à presidência, os presentes puderam debater questões mais específicas com Mário, trazendo demandas dos laboratórios e setores em busca de uma melhor parceria entre a matriz da Fundação e a unidade em Salvador. 

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Aula inaugural aborda os desafios da pós-graduação em saúde no Brasil

No dia 09 de março, ocorreu a aula inaugural dos Programas de Pós-Graduação da Fiocruz Bahia, com o tema “Desafios da pós-graduação em saúde no Brasil”, ministrada pela vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado. Além da apresentação, o evento contou com um momento de interação com os alunos presentes, com participação da vice-diretora de Ensino da Fiocruz Bahia, Claudia Brodskyn.

A abertura do evento foi realizada pela diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, que apresentou o currículo da palestrante e disse ser uma honra muito grande receber Cristiani no instituto. A apresentação abordou os desafios da pós-graduação em saúde no Brasil diante das atuais transformações globais. Como aspecto inicial da discussão, Machado mencionou que o objetivo da pós-graduação para a ciência brasileira vai além do título. “Sempre afirmo que o principal produto de um mestrado e doutorado não é somente uma dissertação e tese, mas também, a construção da trajetória do cientista, professor e profissional formado e qualificado para atuar na construção de uma ciência voltada para dar respostas atualizadas às constantes necessidades da sociedade”, comentou.

Durante a aula, foram apresentados os últimos dados levantados pelo Relatório de Ciências da UNESCO, que aponta a média de cerca de 700 pesquisadores por milhão de habitantes no Brasil, uma baixa densidade quando comparada com a de países da América do Norte e Europa. “A análise da porcentagem do PIB que é destinada para o investimento em pesquisa e desenvolvimento no Brasil evidencia que o país está bastante atrás dos países europeus e norte-americanos na priorização do desenvolvimento da ciência”, argumentou a vice-presidente.

Machado também pontuou que apesar do baixo investimento, as universidades brasileiras apresentam um alto grau de produtividade, o que reforça a importância da pós-graduação no processo de desenvolvimento da ciência brasileira. “Apesar das dificuldades, houve nos últimos vinte anos um grande aumento no número de programas de pós-graduação e a formação de mestres e doutores no Brasil. A estruturação histórica de instituições como a CAPES e o CNPQ foram fundamentais na trajetória da educação superior nacional”, completou.

A vice-presidente discutiu a pós-graduação como ferramenta de ascensão no mercado profissional. Segundo dados do último relatório da UNESCO, profissionais com pós-graduação têm uma média salarial cinco vezes maior comparado aos trabalhadores com apenas o nível médio. Nesse viés, a Fiocruz Bahia fornece uma gama de mestrados e doutorados profissionais voltados para o desenvolvimento de tecnologias de serviço, inovações e produção, como estudos voltados à elaboração de vacinas e atenção à saúde primária. 

As resoluções sobre os valores fundamentais para a pós-graduação em Saúde também foram discutidas. Machado ressaltou o comprometimento institucional da Fiocruz Bahia com as suas políticas de inclusão, a importância das ações afirmativas para o fomento da diversidade nas universidades brasileiras, além da necessidade da promoção da interdisciplinaridade e temas transversais. “Desde o ano passado, a Fiocruz realiza um edital para auxílio de permanência para estudantes. O programa não tem precedentes para alunos da pós-graduação no ensino superior brasileiro, mas foi criado aqui com o intuito de fornecer suporte para estudantes de baixa renda familiar. Com a intenção de oferecer apoio aos alunos, a instituição disponibiliza também programas de inclusão digital e introdução básica e intermediária em línguas estrangeiras”, afirmou.

A importância da compreensão dos novos métodos e dados para a pesquisa na saúde pública, assim como a atualização das metodologias de ensino foram apontadas como algumas das inovações importantes para o futuro dos programas de pós-graduação da Fiocruz Bahia. “A pandemia e os avanços tecnológicos evidenciaram como a expansão da mobilidade híbrida de nossos programas pode ser um fator de flexibilização do acesso ao ensino, viabilizando a cooperação entre pessoas em locais diferentes e permitindo o enriquecimento do processo de aprendizagem”, comentou a vice-presidente.

Com o rápido processo de globalização da ciência, a vice-presidente chamou atenção dos estudantes presentes para a importância da internacionalização dos estudos, que são promovidos pelos programas de pós-graduação através de programas de bolsas de estudo. “A internacionalização precisa ir além da movimentação do intercâmbio de estudantes e professores, precisa ser utilizada como um instrumento de cooperação entre a ciência produzida entre os países, utilizando das ferramentas de conhecimento adquiridas em uma realidade para a incrementação e atualização dos métodos científicos no outro local”.

Cristiani Vieira Machado finalizou reforçando que os pesquisadores precisam promover o acesso ao conhecimento, ressaltando que o fazer científico precisa ir além da conversa entre pares. “A ciência precisa ser feita de forma colaborativa e com o intuito de trazer respostas para a sociedade, sempre compreendendo os contextos socioeconômicos e culturais que a saúde pública local está inserida”, concluiu.

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Pesquisadora Viviane Boaventura é nova integrante da Academia de Ciências da Bahia

A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Viviane Sampaio Boaventura, é nova integrante da Academia de Ciências da Bahia (ACB), sendo empossada em cerimônia realizada no Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia), no dia 8 de março. Juntamente com Viviane, mais três membros titulares e um membro júnior foram nomeados no evento: Meran Muniz da Costa Vargens; Leonardo Sena Gomes Teixeira; Sheila Maria Alvim de Matos e Laio Magno Santos de Souza.

A cerimônia contou com a presença do reitor da Universidade Federal da Bahia, Paulo Miguez; da diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves; e do diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), Handerson Leite. O secretário estadual da Ciência e Tecnologia, André Joazeiro, foi representado por Mara Souza.

Na mesa de abertura do evento, Marilda Gonçalves agradeceu pela honra de sediar a cerimônia no auditório da Fiocruz Bahia, parabenizando os novos acadêmicos, em especial Viviane, destacando a importância de se discutir avanços científicos após o período difícil que a ciência passou no Brasil. “Eu tenho certeza que vocês irão contribuir enormemente para elevar o patamar da ciência em nosso país” declarou Marilda. 

Segundo o presidente da ACB, Manoel Barral-Netto, que também é pesquisador da Fiocruz Bahia, a cerimônia foi realizada no Dia Internacional da Mulher, para destacar o papel da mulher dentro da ciência, em especial com a posse das novas acadêmicas. É a primeira vez que a academia tem um novo grupo de ingressos com a maioria feminina, sendo três mulheres dos quatro membros titulares. “É importante destacar também que a diretoria e o conselho atual da academia possuem uma equidade entre homens e mulheres na sua composição, uma demonstração de interesse na correção da questão de gênero”, explicou Barral. 

A importância da presença feminina na ciência foi um ponto relevante para Viviane ao tomar posse na ACB, reconhecendo o simbolismo da cerimônia ser realizada no Dia Internacional da Mulher. “Mais de um século depois das manifestações das tecelãs russas em busca de igualdade, ainda estamos aqui em busca de pão e paz, que eram as ambições delas na época. O trabalho na academia enquanto mulher segue nesse caminho de construir tijolos científicos para ajudar a criar essa ponte em busca da igualdade de gênero”, salientou a pesquisadora, enxergando esse desafio como um convite para trabalhar ciência cada vez mais como uma ferramenta de transformação social.

Sobre a pesquisadora

Viviane Boaventura é pesquisadora do Instituto Gonçalo Moniz e professora associada de Imunopatologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Possui graduação em Medicina pela UFBA, especialização em Otorrinolaringologia na Santa Casa de Misericórdia da Bahia, mestrado e doutorado em Patologia pela UFBA/Fiocruz Bahia. Possui experiência na área de medicina e imunologia de doenças infecciosas, nos seguintes temas: imunopatogênese, diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas transmitidas por vetor. Atualmente, vem desenvolvendo trabalhos em COVID-19, em temas de clínica, saúde digital e efetividade de vacinas.

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Palestras sobre ações institucionais são destaque do Dia da Mulher

O Dia da Mulher na Fiocruz Bahia, realizado na última quinta-feira (9/03), reuniu autoridades estaduais e membros da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Participaram do evento a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado; a Coordenadora do Programa Mais Meninas na Ciência da Fiocruz, Cristina Araripe, e as secretárias do Estado da Bahia Ângela Guimarães, de Promoção da Igualdade Racial; Elisângela Araújo, de Políticas para as Mulheres; e Fabya Reis, de Assistência e Desenvolvimento Social. Também estiveram presentes as representantes das secretarias de Saúde, Roberta Sampaio; de Ciência, Tecnologia e Inovação, Sahada Luedy; e de Educação, Patrícia Oliveira. 

A mesa de abertura foi iniciada pela diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, que falou da importância de reunir mulheres para discutir temas voltados à equidade de gênero, ciência, saúde e divulgação científica, contribuindo para as ações de redução das desigualdades. “Nós, como mulheres, enfrentamos no dia a dia muitos desafios, principalmente quando se é uma mulher negra. Desejo que possamos, como mulher, usar o nosso potencial criativo com sabedoria e perseverança, resistir ao silenciamento e a invisibilidade, e conduzir a nossa trajetória com coragem e com confiança”, afirmou. 

A vice-presidente Cristiani Machado durante a apresentação sobre divulgação científica e equidade.

A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação proferiu a palestra intitulada “Divulgação Científica e Equidade: A experiência da Fiocruz”. Durante a  apresentação, Cristiani Machado falou sobre a Política de Divulgação Científica na instituição e as ações desenvolvidas nas unidades pelo Brasil. “Esse é um conjunto de ações e iniciativas que visam levar a ciência para a sociedade, levando não só conhecimento científico de uma forma unilateral, mas envolvendo toda a sociedade e os diferentes grupos sociais nas discussões e na construção do conhecimento. A ciência só pode ser bem feita se dialogar com a realidade social e isso não acontece se ficarmos confinados nos nossos espaços de pesquisa. Nós precisamos ouvir e compreender esses sujeitos”, declarou.

Entre os principais pontos apresentados pela vice-presidente está o Programa Mulheres e Meninas na Ciência, iniciativa que estimula meninas estudantes do Ensino Médio de escolas públicas a conhecerem a despertarem o interesse pela carreira científica, além de dar visibilidade ao papel e às contribuições fundamentais das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica. “É muito bom ouvir a história das nossas pesquisadoras. As suas lutas, as suas dificuldades, os seus desafios. Isso também é muito importante para o conjunto das mulheres e das meninas que querem seguir essa trajetória”, afirmou.

Durante o evento também foram apresentadas ações de divulgação científica promovidas pela Fiocruz Bahia, dentre elas o projeto Meninas Baianas na Ciência,  apresentado pela pesquisadora Isadora Siqueira, que tem como principal objetivo incentivar meninas a conhecerem e interessarem-se por áreas de ciência, tecnologia e inovação, além de fortalecer e divulgar o papel das mulheres nas áreas de ciências em saúde.

A servidora Lorena Magalhães apresentou as ações do Núcleo de Pró-equidade de Gênero e Raça que tem entre as suas principais atribuições a promoção da equidade de gênero, das relações étnico-raciais e da diversidade sexual na Fiocruz Bahia, atuando a favor da equidade e de ações igualitárias relacionadas ao trabalho, ao atendimento ao público e à produção e popularização do conhecimento.

Em seguida, o chefe da Gestão da Comunicação e Divulgação Científica da Fiocruz Bahia, Antônio Brotas, falou sobre o projeto Sons e Imagens da Bahia, coordenado por ele, iniciativa que proporcionou aulas online sobre audiovisual para mais de 200 alunos e alunas da rede pública, distribuídas em mais de 20 escolas, tanto de Salvador quanto de cidades no interior do estado. O projeto, no qual a maioria do público era formada por meninas, foi realizado em parceria entre a Fiocruz Bahia e a Sociedade de Promoção da Casa de Oswaldo Cruz (SPCOC), com apoio da Lei de Apoio à Cultura (Pronac 193074).

Por fim, a representante da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, Shirley Costa, falou sobre os impactos positivos da Olimpíada de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz para os alunos da rede pública estadual e suas contribuições para o início de novas e promissoras carreiras científicas.

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Pós-Graduação em Pesquisa Clínica prorroga inscrições para seleção de mestrado

O curso de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica (PgPCT) prorrogou as inscrições para a seleção do Mestrado Profissional até às 12h59 do dia 14/03/2023. Documentos incluídos após às 13:00 não serão aceitos. Todas as informações referentes às inscrições poderão ser obtidas no site da Plataforma SIGASS, em Inscrição > Mestrado Profissional em Pesquisa Clínica e Translacional – IGM.

O público-alvo é de portadores de diploma de graduação, concedido por Instituição de Ensino Superior e reconhecido pelo Conselho Nacional de Educação, atuando em oncologia ou vigilância em saúde e formalmente vinculados a instituições de assistência à saúde, prioritariamente públicas. O curso oferece 30 vagas, que só serão preenchidas por candidatos aprovados em todas as etapas do processo seletivo.

As áreas de concentração são Pesquisa Clínica e Translacional em Oncologia e Vigilância em Saúde, sendo subdivididas nas seguintes linhas de pesquisa:
-Desenvolvimento de novos compostos com capacidade antitumoral, estudos pré-clínicos e clínicos;
-Mecanismos de tumorigênese e identificação/validação de marcadores tumorais;
-Pesquisa epidemiológica das neoplasias sólidas e hematológicas;
-Vigilância em saúde voltada para agravos transmissíveis e não transmissíveis.

O mestrado profissional objetiva o aprofundamento do conhecimento técnico-científico do futuro mestre, possibilitando o desenvolvimento de competência profissional para realizar pesquisas e desenvolver processos, produtos e metodologias na área ou áreas de concentração do curso.

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Fiocruz Bahia participa de encontro sobre o Centro de Referência às Pessoas com Doença Falciforme

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, participou nesta segunda-feira (06/03), do encontro dialogado sobre o Centro de Referência às Pessoas com Doença Falciforme, que será inaugurado na próxima segunda-feira (13/03). Promovido pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o evento teve como principal objetivo discutir com pessoas que convivem com a Doença Falciforme, médicos, gestores e toda a sociedade sobre os benefícios e desafios do Centro na atenção e cuidado a essa
população.

Marilda Gonçalves falou sobre a prevalência da Doença Falciforme na Bahia, destacando a necessidade da atenção interdisciplinar e do desenvolvimento de estudos científicos que atentem também para a situação de pessoas que desenvolveram apenas o traço falciforme. “Esse é um momento singular. É um momento especial para a família, para os pacientes e para os profissionais que vêm lutando para que a doença falciforme tenha um atendimento digno”, afirmou. O encontro foi iniciado pela secretária de Promoção da Igualdade Racial, Ângela Guimarães, que ressaltou a importância de discutir a implementação do Centro de forma alinhada aos princípios da política de saúde da população negra e da luta antirracista. “Que esse diálogo sirva como balizador da construção da nossa proposta de gestão e de atendimento porque esse Centro, embora localizado em Salvador, vai ter o desafio de se vincular ao que acontece em outros territórios do estado”, pontuou.

Representando o secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, o assessor especial da secretaria, Luiz Alberto, falou sobre a importância da conquista para as pessoas com DF e para o movimento negro. “Esse é um tema muito caro à luta do movimento negro, é um tema que há muito tempo atrás era praticamente invisível, com situações extremamente difíceis. A demanda dos movimentos sociais e do movimento negro está em pauta e é importante transformar os desdobramentos
dessa luta em política pública”, afirmou.

Em seguida, a secretária de Saúde do Estado da Bahia, Roberta Santana, reforçou o compromisso de promover ações de saúde alinhadas ao combate ao racismo e questões sociais. “Essa é uma construção coletiva, o que a gente pretende fazer é discutir conjuntamente. Não temos a fórmula, mas encontraremos a fórmula juntos na discussão do que podemos construir. Então eu peço para que a gente una esforços e possa construir o maior e o melhor Centro de Referência”, declarou a secretária que também comentou sobre a importância da realização de pesquisas sobre a Doença Falciforme.

A coesão do trabalho envolvendo as secretarias, o poder legislativo, executivo e os movimentos sociais foi mencionada pela Deputada Estadual, Olívia Santana, destacando os ganhos dessa articulação para a criação de políticas públicas. “Viva ao centro de referência, viva a política pública específica para as populações que mais precisam dela e viva o retorno com força da ciência no Brasil, o que fortalece também a Bahia”, celebrou.

Presidente da Associação Baiana de Pessoas com Doença Falciforme, Altair Lira, reforçou a importância da criação de um espaço de discussão sobre o tema e lembrou da trajetória de luta de familiares e das pessoas que convivem com a doença. “A dimensão do que nós consideramos saúde vai além da assistência clínica. As crianças com Doença Falciforme estão nas escolas, nós precisamos pensar nas pessoas com baixa renda que precisam participar de programas sociais. A atenção à pessoa
com Doença Falciforme precisa passar por outras secretarias também e pensar nessa assistência regionalmente é um desafio”.

Sobre o centro

O Centro de Referência às Pessoas com Doença Falciforme, primeiro em todo o Brasil, foi apresentado pela coordenadora de Hemoglobinopatias da Fundação Hemoba, Larissa Rocha. Entre os principais objetivos da iniciativa está a ampliação do atendimento às pessoas que convivem com a enfermidade no estado da Bahia, garantindo a integralidade do cuidado e o fortalecimento da Política Estadual de
Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme. A proposta é que o Centro seja voltado para a assistência multidisciplinar, matriciamento, ensino e pesquisa, prestando assistência de forma integral e qualificando os profissionais do Sistema único de Saúde.

Dentre os serviços ofertados estão o atendimento ambulatorial interdisciplinar, apoio ao diagnóstico, tratamento de úlceras maleolares, assistência transfusional e reabilitação. O Centro conta com o apoio de instituições como a Fiocruz Bahia, a Associação de Pessoas com Doença Falciforme, instituições de ensino superior, Ministério da Saúde e instituições internacionais.

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Encontro do Fórum de Saúde das Periferias é realizado na Fiocruz Bahia

O Fórum de Saúde das Periferias da Bahia reuniu membros das comunidades de Salvador, representantes de entidades sociais, autoridades e colaboradores da Fiocruz Bahia, no dia 02 de março. O evento teve como principal objetivo discutir a saúde das populações periféricas de Salvador e Região Metropolitana, apresentando demandas específicas desse público.

A mesa de abertura foi composta pela diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, pelo assessor especial do Ministério da Saúde, Valcler Rangel; por Luci Gois, assessora técnica da Superintendência de Assistência Social, representando a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia, Fabya Reis; o coordenador executivo do Plano Fiocruz de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas, Richarlls Martins; e pelos representantes do Fórum de Entidades do Bairro da Paz, Nei Costa, e do Fórum Estadual de Saúde de Periferias, Sandra Munhoz. Também estiveram presentes no encontro o vice-diretor de pesquisa da Fiocruz Bahia, Ricardo Riccio; a vice-diretora de ensino, Claudia Ida Brodskyn; a vice- coordenadora do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) da Fiocruz Bahia, Maia Yury; e a representante do Núcleo Pró-equidade de Gênero e Raça, Lorena Magalhães.

O assessor especial do Ministério da Saúde falou sobre os esforços da pasta para construir um modelo de atenção à saúde que contemple as favelas e demais populações marcadas por desigualdades. “A experiência que a gente teve nesse período de pandemia, no qual nós fomos obrigados a aprender tanta coisa, traz para gente uma necessidade de pegar esse aprendizado e voltá-lo para o enfrentamento da desigualdade, do racismo, da misoginia, LGBTfobia e tantas outras questões como temas centrais”, afirmou Rangel.

Na oportunidade, Marilda Gonçalves comentou sobre o papel da Fiocruz Bahia no desenvolvimento de projetos em diversas frentes, direcionando esforços para as populações em situação de vulnerabilidade social, seja através de pesquisas científicas, iniciativas de educação em saúde ou divulgação científica. Marilda ainda reforçou a disposição da unidade em dialogar com a sociedade. “Nós temos essa aproximação com a comunidade. As portas da Fiocruz sempre estiveram abertas e sempre estarão. Nós estamos em uma instituição pública federal, de direito público, aberta a cada cidadão”, ressaltou. 

Maria Yury falou sobre os dados de disparidade social, insegurança alimentar, desigualdade de raça, etnia e gênero observados através dos estudos realizados pelo Centro. “O Cidacs tem uma série de estudos que avaliam as desigualdades sociais e a quais fatores elas estão relacionadas. Nós gostaríamos de colocar esses resultados e essas discussões à disposição para que vocês possam utilizá-los com o nosso apoio, para que possamos solicitar as intervenções para as autoridades competentes”, afirmou Yury.

A importância de promover espaços de discussão sobre a saúde de populações em situação de vulnerabilidade foi reforçada pelo professor de história e morador do Bairro da Paz há 35 anos, Nei Costa. “A nossa realidade faz com que a gente tenha que acordar e buscar solucionar os problemas que a comunidade tem”, ponderou o convidado, destacando a necessidade da implantação de uma Unidade Básica de Saúde no bairro. Já Sandra Munhoz ressaltou a relevância de articular as comunidades em prol desses espaços de discussão, compartilhando ideias e enfrentando os desafios. “Nós estamos aqui para propor que a Fiocruz Bahia seja parceira das atividades que a gente já faz”, sugeriu. 

A necessidade de dialogar com as comunidades para a construção de ações e projetos que atendam às demandas da população foi pontuada por Luci Gois. “Sem esse contato, sem essa relação direta não dá pra fazer política pública. As comunidades estão o tempo inteiro lembrando ao Estado qual o seu papel dentro da estrutura de um país e sem esse diálogo efetivo as políticas públicas desenvolvidas não fazem sentido”, afirmou. 

Richarlls Martins abordou o apoio da Fundação Oswaldo Cruz à iniciativa e o processo para a construção do Fórum e da sua equipe. “O mais significativo dessa construção foi perceber a sinergia entre as representações com as coordenações, a sociedade civil e a eclosão desse ato político que é a criação do primeiro fórum de saúde nas periferias do Brasil”, ressaltou.

O Fórum contou ainda com a participação de alunos da Fiocruz Bahia, pesquisadores e representantes de entidades como a Rede de Escolas Comunitárias do Subúrbio, Agência de Notícias das Favelas, Movimento Nacional de Luta por Moradia, Mandado Coletivo Pretas por Salvador, Associação dos Moradores da Ocupação do Trobogy, Associação de Moradores do Trobogy, Iniciativa Negra de Políticas sobre Drogas, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Rede de Mulheres Negras da Bahia, Coletivo Resistência Preta e Núcleo de Acolhimento Psicossocial Pretos Resistentes.

Ao final das apresentações, foi aberto o espaço para discussão e demais contribuições por parte dos presentes. O próximo encontro do Fórum será realizado no dia no dia 27 de março, na Casa de Acolhimento Marielle Franco, no Campo Grande, em Salvador.

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Dissertação correlaciona características e alterações genético moleculares em pacientes com leucemia

Estudante: Jozina Maria Andrade Agareno
Orientação: Edvan de Queiroz Crusoe
Título da dissertação: “AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS GENÉTICO-MOLECULARES DA LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA DE CÉLULAS B INFANTOJUVENIL E A RELAÇÃO COM FATORES EPIDEMIOLÓGICOS, CLÍNICOS E SOBREVIDA EM SERVIÇOS DE REFERÊNCIA EM ONCOLOGIA PEDIÁTRICA NA BAHIA”
Programa: Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional
Data de defesa: 31/03/2023
Horário: 15h00
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 854 0086 6682
Senha de acesso: jozina

Resumo

Este estudo tem como objetivo avaliar as características epidemiológicas, clínicas-laboratoriais e desfechos, correlacionando-os com alterações genético moleculares, no grupo de pacientes com leucemia linfoblástica aguda de células B (LLA B), dos centros de Oncologia Pediátrica da Bahia. Métodos: estudo retrospectivo com 298 pacientes com LLA B, de 0 a 19 anos, entre 2013 e 2018, tratados segundo protocolos Grupo Cooperativo Brasileiro para tratamento LLA na Infância (GBTLI) 99 e 2009 e ALL IC Berlin–Frankfurt–Munster (BFM) 2002 e 2009, nos quatro centros de referência da Bahia. Os dados foram coletados de prontuários físicos e eletrônicos. Resultados: A mediana de idade foi de 5 anos e a da leucometria inicial foi 9.400cel/mm3, ambas variáveis mostraram significância estatística confirmando sua importância na estratificação de risco. A biologia molecular foi negativa em 107 pacientes, e em 45 foram identificadas as translocações recorrentes, a mais detectada, ETV6-RUNX, em 17 pacientes, 12, KMT2A-AFF e oito com TCF3-PBX1. A translocação BCR/ABL ocorreu em 2,7% e foi estatisticamente significativa para redução da sobrevida livre de progressão (SLP) e sobrevida global (SG). A remissão no final da indução foi obtida em 86% dos casos. A DRM positiva no final da indução apresentou impacto negativo na SLP e SG. As taxas de SLP e SG em 5 anos nesse estudo foram 69% e 74% respectivamente. Conclusões: As taxas SLP e SG encontram-se abaixo do encontrado em países de alta renda. Apesar do baixo número de exames genéticos moleculares foi possível demonstrar que a BCR/ABL tem impacto negativo, servindo de marcador preditivo e prognóstico, assim como a DRM no final da indução, corroborando a necessidade da realização desses exames no nosso meio como melhoria no diagnóstico e tratamento desses pacientes.

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Tese compara resposta imune celular induzida por BCG e M. tuberculosis

Estudante: Alice Sarno Martins dos Santos
Orientação: Sérgio Marcos Arruda
Título da Tese: “AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE CELULAR INDUZIDA POR EXTRATOS LIPÍDICOS DE BCG MOREAU E MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS”.
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana
Data de defesa: 11/04/2023
Horário: 14h00
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 829 5927 5050
Senha de acesso: defesa

Resumo

INTRODUÇÃO: Bacillus Calmette-Guérin (BCG) é a única vacina licenciada disponível para o uso contra tuberculose, apesar de sua eficácia variável. A heterogeneidade genômica entre cepas atenuadas e cepas virulentas de Mycobacterium tuberculosis (Mtb), e a perda de lipídios importantes para sua virulência, podem ajudar a explicar a proteção vacinal reduzida diante da possibilidade de ampliar a resposta já conferida pela BCG. OBJETIVO: Comparar a resposta imune celular induzida por extratos de lipídios de BCG e Mtb. MATERIAL E MÉTODOS: As regiões não-homólogas entre Mtb e seis cepa de BCG foram categorizadas funcionalmente após alinhamento das sequências genômicas in silico. A resposta imune celular induzida pelos lipídios de BCG e Mtb, em macrófagos RAW 264.7 e células mononucleares do sangue periférico, foi avaliada por RT-qPCR, Citometria de Fluxo e Ensaio Imunoenzimático (ELISA). RESULTADOS: Foram identificados 14 genes relacionados a lipídios, não-homólogos em BCG, que indicam metabolismo similar à dormência, o que levaria à proteção vacinal reduzida. Lipídios de BCG induziram menores expressões de IL-1β em IL-6, após 12h e 24h, e menores frequências de linfócitos ativados, de memória e produtores de citocinas, quando comparada ao Mtb. CONCLUSÃO: Importantes deleções genômicas, em BCG, indicam a redução da síntese e do metabolismo de lipídios, que leva à atenuação da resposta imune celular, quando comparada ao Mtb.

Palavras-chave: Micobactéria, extrato lipídico apolar, expressão gênica, atenuação genômica.

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Fiocruz lamenta o falecimento do pesquisador Erney de Camargo, membro de seu Conselho Superior

Agência Fiocruz de Notícias

A Presidência da Fiocruz lamenta profundamente o falecimento, nesta sexta-feira (3/3), aos 87 anos, do parasitologista e protozoologista Erney Felício Plessmann de Camargo, professor-emérito da USP, instituição na qual fez parte do corpo docente do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Camargo foi membro do Conselho Superior (CS) da Fundação, órgão consultivo composto por representantes da sociedade civil que não pertençam aos quadros da instituição, e coordenador do Comitê de Avaliação de Credenciamento de Laboratórios no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

Erney de Camargo na conferência proferida nos 119 anos da Fiocruz (foto: Peter Ilicciev)

Em 27 de maio de 2019, Camargo proferiu a conferência A ciência do futuro e o futuro da ciência na Fiocruz, um dos principais eventos comemorativos dos 119 anos da Fiocruz. Na ocasião, ele lembrou sua trajetória profissional e acadêmica, da conturbada vida política nacional nas últimas décadas, das perseguições e do arbítrio do regime militar e dos pontos de contato que teve com a Fiocruz e seus pesquisadores ao longo dos anos.

Camargo lembrou que quando estudou medicina na USP, na década de 1950, os médicos saíam dos bancos escolares diretamente para os consultórios. Foi justamente naquele período que isso começou a mudar, por empenho de professores como Samuel Pessoa, que se indignava com o descaso com a saúde e as más condições de vida da população brasileira, especialmente os moradores dos rincões interioranos, e com quem Camargo teve aulas. Foi Pessoa quem convenceu o jovem médico para vir ao Rio de Janeiro conhecer o IOC/Fiocruz.

Os primeiros trabalhos de Camargo foram sobre a bioquímica de protozoários parasitas, em colaboração com outro pesquisador que no futuro se tornaria um dos grandes cientistas brasileiros: Luiz Hildebrando. O primeiro trabalho independente, publicado em 1964, versou sobre o crescimento e diferenciação do Trypanosoma cruzi, sendo até hoje citado na literatura científica internacional.

Com o golpe de 1964, Camargo e vários outros pesquisadores foram demitidos da USP, sendo que alguns foram presos. Entre eles, Luiz Hildebrando, Luís Rey e Leônidas e Maria Deane, que mais tarde trabalhariam na Fiocruz. A violência dos inquéritos policiais militares (IPMs) contra as instituições acadêmicas caiu de maneira pesada em cima da Faculdade de Medicina da USP, sobretudo em relação aos pesquisadores que combatiam as precárias condições sanitárias da maior parte da população, e Camargo teve que sair do Brasil, indo para a Universidade de Wisconsin (EUA).

De volta ao Brasil, Erney de Camargo ingressou, em 1970, na Escola Paulista de Medicina, onde ajudou na reorganização do Departamento de Microbiologia e Parasitologia. Mas logo depois ele e Hildebrando foram novamente presos. Camargo trabalhou um tempo na iniciativa privada e foi colega, na Editora Abril, de outros dois perseguidos pelo regime militar: o sociólogo Fernando Henrique Cardoso e o economista José Serra. Com a redemocratização, em 1985 ele retornou à USP como professor Departamento de Parasitologia do ICB. Na universidade ele ocupou cargos administrativos e reconstruiu sua carreira, sendo citado entre os cientistas que compõem a elite brasileira da protozoologia. Seus trabalhos abarcam um amplo espectro do conhecimento, tratando da biologia, da evolução e da filogenia de tripanosomídeos, plasmódios e vetores como o Anopheles. Camargo foi também um dos responsáveis pela criação de um núcleo avançado de pesquisa da USP na cidade de Monte Negro, em Rondônia. 

Graduado em Medicina em 1959, com doutorado e livre-docência pela USP, Camargo foi professor-titular do ICB e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Foi pró-reitor de Pesquisa da USP, diretor do Instituto Butantan e presidente da Comissão Nacional Técnica de Biossegurança (CNTBio) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). No período em que foi presidente do CNPq, de 2003 a 2007, o Conselho expandiu sua capacidade de financiamento e por isso sua gestão é até hoje muito bem avaliada pela comunidade científica brasileira. Camargo era diretor-presidente da Fundação Conrado Wessel e membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Foi presidente da Sociedade Brasileira de Protozoologia e membro das sociedades brasileiras de Bioquímica e Parasitologia e da Linnean Society of London. 

Na USP, o pesquisador também trabalhou com taxonomia, filogenia e evolução de tripanosomatídeos. Nos últimos 15 anos atuou, principalmente, na Amazônia, África e América do Sul (Venezuela e Colômbia) e dedicava-se ao Programa Pro-África, tendo visitado aquele continente anualmente, desde 2008. Em 2012 ele recebeu o título de professor-emérito da USP.

Seus quatro filhos (Marcelo, Fernando, Eduardo e Ana Maria) seguem carreiras científicas e sua esposa, Marisis, é professora universitária na área de Literatura Inglesa. Literatura, história, música, futebol, trabalho de campo em malária e seus 11 netos eram suas paixões. O velório terá início às 9h deste sábado (4/3), na Funeral Home, Sala Roma, e a despedida será às 13h. O local fica na Rua São Carlos do Pinhal 376, na capital paulista.

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Fiocruz Bahia vai comemorar Dia da Mulher com palestras e mesa redonda

A Fiocruz Bahia promove, no dia 09 de março, um evento comemorativo do Dia da Mulher. O encontro será realizado no auditório principal da instituição, a partir das 09 horas, e conta com a presença da Vice-Presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado, que ministrará a palestra intitulada “Divulgação científica e equidade: a experiência da Fiocruz”.

Um dos destaques do evento são as apresentações de ações e iniciativas locais realizadas pela Fiocruz Bahia, como os projetos “Meninas Baianas na Ciência” e “Sons e Imagens da Bahia”, a criação do “Núcleo de Pró-Equidade de Gênero e Raça do IGM” e a Olimpíada Brasileira de Saúde e Ambiente (OBSMA) da Fiocruz na Bahia. No final haverá uma mesa redonda com representantes de secretarias estaduais.

Confira a programação e participe!

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Produção de curso EAD é tema de oficina ministrada na Fiocruz Bahia

A Fiocruz Bahia recebeu, nos dias 6 e 7 de fevereiro, a Oficina de Produção de Cursos EAD, realizada pela equipe do Campus Virtual Fiocruz. A oficina teve como objetivo apresentar a infraestrutura e a experiência da plataforma nos fluxos de trabalho, além de desenvolvimento dos cursos e recursos educacionais. O evento contou com a presença de docentes, pesquisadores e servidores da instituição, reunidos na Sala de Aula II da Biblioteca. 

Nos dois dias de curso, foram apresentados, além do Campus Virtual, o Educare e Moodle; os modelos de desenvolvimento de cursos e de uso do AVA e o sistema de gestão de cursos e certificação. Discutiu-se também o Plano de Trabalho EAD para Fiocruz Bahia, com suas parcerias, necessidades e responsabilidades. O desenvolvimento de cursos EAD, com suas etapas, orçamento (possibilidades e limites), foi também tema das aulas, discutindo o processo de produção dos cursos no CVF, lançamento e gestão (fluxo); conteúdo das aulas; inserção de recursos; papel do autor e papel do design educacional.

De acordo com Clara Mutti, coordenadora de ensino da Fiocruz Bahia, essa plataforma permite também que as unidades possam fazer uso do Latíssimo, sistema de gestão de cursos livres. A oficina permitiu que os docentes conhecessem essas ferramentas, além de compreender o suporte que a Equipe do Campus Virtual pode dar aos docentes e unidades na produção de cursos EAD. “Acredito que conhecer todas essas possibilidades foi um estímulo para que os docentes se aproximem da Educação a Distância”, comentou a coordenadora.

Para Ana Furniel, coordenadora do Campus Virtual, a oficina na Fiocruz Bahia foi uma oportunidade de apresentar o trabalho da plataforma, e principalmente, o fluxo para desenvolvimento de cursos no modelo autoinstrucional. “Houve muita participação, diálogo e tenho certeza de que o início de uma parceria”, declarou.

A oficina contou com a participação de 12 pesquisadores e para a Vice-diretora de Ensino, Claudia Brodskyn, o curso foi proveitoso, dando oportunidade para, em breve, ampliar as práticas educativas para essa modalidade também. Os cursos ofertados na plataforma são sempre gratuitos e voltados para o público externo, podendo atender profissionais, estudantes e a comunidade no geral. “O curso foi realizado com sucesso, porque eles explicaram muito bem todas as etapas e a partir daí a gente conseguiu estruturar os futuros cursos com a linguagem para cada público-alvo” explicou. 

Deborah Bittencourt, pesquisadora da Fiocruz, foi uma das participantes do evento e ressaltou a importância de aprender sobre a formação dos cursos à distância através do Campus Virtual. “Aprendemos, já pensando nas possibilidades de projetos para o futuro”, observou. 

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Dissertação reúne material bibliográfico sobre uso de óleo essencial em pacientes oncológicos

Discente: Mariana Lesquives Leite Vieira
Orientação: George Mariane Soares Santana
Título da Dissertação: “O USO DA AROMATERAPIA COM ÓLEOS ESSENCIAIS NA REDUÇÃO DE SINTOMAS SECUNDÁRIOS CAUSADOS PELO TRATAMENTO ANTINEOPLÁSICO: UMA REVISÃO DE REVISÕES”.
Programa: Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional
Data de defesa: 16/03/2023
Horário: 15h00
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 890 7095 9491
Senha de acesso:
mariana

Resumo

Os cuidados durante o tratamento oncológico podem ser prestados por profissionais de cuidados primários ou especializados, e têm início quando o câncer é diagnosticado. Como abordagem terapêutica, a aromaterapia vem ganhando credibilidade no que diz respeito a dominar a arte da cura, e os óleos essenciais um papel relevante na assistência da saúde, promoção do bem-estar mental, físico e emocional. Diante desse contexto, objetivou-se reunir material bibliográfico sobre como as evidências científicas têm comprovado o uso racional dos óleos essenciais na prática do cuidado em pacientes oncológicos, e para isso, utilizou-se como método a revisão de revisões, ou síntese de evidências, que investiga conceitos-chave subjacentes a uma área de pesquisa fornecendo um mapa das evidências disponíveis através de revisões sistemáticas publicadas sobre o tema. Foram consultadas as bases de dados Medline/PubMed; Embase; Lilacs; Cochrane Library (Revisão Sistemática); Health Evidence e Epistemonikos, empregando as palavras-chaves “aromatherapy” ou armaterapia, “essential oils” ou óleos essenciais, “systematic review” ou revisão sistemática e “meta-analysis” ou meta-análise, utilizadas individualmente ou combinadas através dos termos MeSH (Medical Subject Heading), sendo utilizados também termos “livres” relacionados ao tema: “oncolog”, “cancer” e “neoplasm” e seus respectivos em português. A busca resultou em uma somatória de 132 (cento e trinta e duas) referências: no Embase 74 (setenta e quatro), no Medline/PubMed 34 (trinta e quatro), na Epistemonikos 11 (onze), nas bases de dados Lilac e Cochrane, em cada uma delas, foram selecionados 07 (sete) e no Health Evidence 02 (duas). Após a leitura dos Resumos e Palavras-chave, e aplicação dos critérios de exclusão e inclusão, os artigos elegíveis para leitura completa e análise foram 17 (dezessete). O uso da aromaterapia como técnica complementar ao tratamento convencional de pacientes com câncer demonstrou resultados promissores, sendo os óleos de lavanda, bergamota, limão, gengibre e hortelã pimenta os mais indicados no controle da dor, ansiedade, náusea e vômito.

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Dissertação avalia Taxa de Filtração Glomerular em pacientes com câncer

Discente: Bárbara Maria Oliveira de Souza
Orientação: Theolis Costa Barbosa Bessa
Título da Dissertação: AVALIAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR EM PACIENTES ADULTOS E IDOSOS COM CÂNCER: REVISÃO SISTEMÁTICA.
Programa: Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional
Data de defesa: 07/03/2023
Horário: 16h00
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 895 8886 8549
Senha de acesso: Barbara

Resumo

A acurácia da medida da Taxa de Filtração Glomerular nos pacientes com câncer é fundamental para garantir a melhor opção terapêutica. Erros na estimativa da TFG podem levar ao aumento da toxicidade do tratamento oncológico por superdosagem, tratamento inefetivo causado por subdosagem ou até exclusão do tratamento de escolha.  Tanto o envelhecimento quanto efeitos da doença oncológica na massa muscular podem interferir nos parâmetros envolvidos na estimativa da TFG, em vários graus, de acordo com a equação e marcador utilizados. Não há consenso na literatura sobre a melhor equação para estimar a TFG no paciente com câncer. OBJETIVO: Avaliar as diferenças entre a TFG medida por algum método padrão-ouro e estimada por diferentes equações que são usadas na prática clínica, incluindo o CKDEPI creatinina/cistatina. DESENHO DO ESTUDO: Foi realizada uma revisão sistemática utilizando as bases de dados PubMed/MEDLINE, Embase, Central e abstracts em anais de congressos das principais sociedades internacionais da nefrologia e oncológia. RESULTADOS: Nós encontramos 5 artigos que atendiam aos critérios de inclusão. Em dois estudos a equação CKD-EPI creatinina/cistatina teve a melhor performance o que não se confirmou nos outros 3 estudos. CONCLUSÃO: Nesta Revisão Sistemática não encontramos evidência científica robusta para afirmar que a equação CKD-EPI creatinina/cistatina tenha acurácia e performance consistentes para avaliar com segurança a TFG no paciente com câncer.  

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Dissertação verifica impacto da pandemia nos trâmites da pesquisa clínica

Discente: Haína de Jesus Araújo
Orientação: Jennifer Braathen Salgueiro
Título da Dissertação: “VERIFICAÇÃO DO IMPACTO DA PANDEMIA DE SARS-COV-2 NOS TRÂMITES DAS PRINCIPAIS AUTORIDADES REGULATÓRIAS NA CONDUÇÃO DA PESQUISA CLÍNICA”.
Programa: Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional
Data de defesa: 27/02/2023
Horário: 14h30
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 885 2527 6080
Senha de acesso: Haina

Resumo

A pesquisa clínica proporciona o melhor entendimento e capacidade de tratamento das doenças e com a pandemia da Covid-19, a pesquisa clínica tem ficado nos holofotes da mídia internacional. As Agências reguladoras trabalharam para minimizar os danos no desenvolvimento dos estudos clínicos. O Objetivo desse estudo é verificar o impacto da pandemia de SARS-COV-2 nos trâmites das principais autoridades regulatórias na condução da pesquisa clínica, através de uma estudo descritivo, de análise documental, que consiste em método de recolha e análise de dados. Durante o período da pandemia a ANVISA publicou 13 RDCs, 5 orientações de serviço, 2 notas técnicas e 1 portaria, o FDA publicou 10 orientações do seu guia de orientação para pesquisa clínica durante a pandemia e a EMA 5 orientações e uma carta para condução de estudos clínicos de Covid-19. É importante ressaltar que as principais mudanças ocorreram no processo de consentimento, entrega a domicilio do produto investigacional autoadministravel e monitoria remota com verificação de dados Todos os esforços foram feitos pelas agências regulatórias para que pudéssemos superar a pandemia da Covid-19, continuar com o desenvolvimento de estudos clínicos e principalmente garantir o bem estar do participante de pesquisa. As agências regulatórias tiveram como foco central discussão e proposição de alternativas e mudanças para garantir os direitos e segurança do participante de pesquisa.

Palavra-Chave: Pesquisa clínica, Agências Regulatórias e Covid-19

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Dissertação avalia uso de apps no monitoramento de tratamento de câncer

Discente: Vanessa Maria Rodriguez Malvar
Orientação: Deborah Bittencourt Mothé Fraga
Título da Dissertação: “MAPEAMENTO CIENTÍFICO E PATENTÁRIO DO USO DE APLICATIVOS NO MONITORAMENTO REMOTO DE TOXICIDADE MEDICAMENTOSA E ADESÃO AO TRATAMENTO, EM PACIENTES COM CÂNCER”.
Programa: Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional
Data de defesa: 27/02/2023
Horário: 14h00
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 883 8611 1893
Senha de acesso: vanessa

Resumo

Introdução: O câncer é um problema de saúde pública no mundo e está entre as principais causas de morte prematura, na maioria dos países. Existem três formas principais de tratamento do câncer: cirurgia, radioterapia e tratamento medicamentoso. Apesar dos benefícios que os medicamentos proporcionam, as reações adversas ainda são uma causa comum de internação hospitalar, incapacidade permanente ou até mesmo óbito. Dessa forma, faz-se necessário controlar a segurança e eficácia dos fármacos disponíveis. Diante das inúmeras dificuldades encontradas no seguimento clínico do paciente com câncer, o uso da tecnologia (aplicativos) surge como uma oportunidade de aparar arestas e implementar melhorias na assistência, ao eliminar barreiras geográficas e temporais. Estudos sugeriram que o monitoramento remoto poderia auxiliar não só no acompanhamento de eventos adversos, como também na adesão aos quimioterápicos orais. Objetivo: Realizar um mapeamento científico e patentário do uso de aplicativos no monitoramento remoto de toxicidade medicamentosa e/ou adesão ao tratamento, em pacientes com câncer. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e de característica documental, que visa identificar informações qualificadas, contidas em publicações científicas e patentárias. Para a seleção dos artigos e patentes foram utilizadas as bases de dados Pubmed e Derwent World Patents Index (DWPI), respectivamente. Resultados: Sobre os registros científicos, foram encontradas 76 publicações, nos últimos 10 anos. Os três principais países envolvidos foram Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, com 80% dos trabalhos encontrados. O ranking das 10 organizações mais produtivas, liderado pela Harvard University (11 publicações), está envolvido em 71% dos artigos analisados e, desse total, 80% correspondem a instituições americanas. Além disso, 60% são Universidades e 40% são hospitais e centros de pesquisa. Os três principais locais de publicação (revistas/periódicos) são vinculados à JMIR Publications, editora de pesquisa em saúde digital. De acordo com os dados levantados, o ensaio clínico randomizado, publicado por Mooneye colaboradores, em 2017, foi o artigo mais referenciado por outros estudos na área (62 citações). Sobre os registros patentários, foram encontradas 12 tecnologias, entre 1995 e 2022. Os três países de publicação das patentes foram Estados Unidos, China e Coréia. Ao todo, foram identificadas 13 organizações envolvidas, todas integrando o ranking de depositantes, com apenas um registro cada. Desse total, 69% correspondem a instituições americanas. Além disso, 23% são Universidades, 31% pesquisadores independentes e 46% empresas envolvidas na busca de soluções digitais e melhorias nos resultados em saúde. Do total de tecnologias analisadas, 8% possuem registro ativo até 2040, 67% não apresentavam o ano de vencimento e 25% encontram-se com seu registro expirado. Considerando a classificação IPC, 100% das tecnologias estão classificadas dentro da área do conhecimento da “Física”, 25% dentro de “Necessidades Humanas” e 8% dentro de “Eletricidade”. As duas subclasses com maior representatividade correspondem à G06F e G16H. Conclusão: Espera-se, com o presente estudo, fomentar ações de pesquisa e desenvolvimento, com foco em inovação, permitindo agregar segurança na assistência e redução dos custos em saúde, por meio de tecnologias promissoras.  

Palavras-chave: Câncer, Reação adversa a medicamento (RAM), mHealth

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Desafios da pós-graduação em saúde é tema de aula inaugural

A aula inaugural da Fiocruz Bahia acontece no dia 09 de março, às 14h, na Fiocruz Bahia. A palestra, que tem como tema “Desafios da pós-graduação em saúde no Brasil”, será ministrada pela vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado. O evento também será transmitido via Zoom.

A abertura será realizada pela diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves. Após a palestra, haverá uma roda de conversa com os estudantes da instituição e o encontro será encerrado pela vice-diretora de Ensino da Fiocruz Bahia, Claudia Brodskyn.

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Dissertação analisa prevalência de hepatites candidatos à doação de sangue

Discente: Daniela Santana Mendes
Orientador: Dr. Luciano Kalabric Silva
Título da Dissertação: PREVALÊNCIA DOS VÍRUS DA HEPATITE A (HAV) E VÍRUS DA HEPATITE E (HEV) EM CANDIDATOS A DOAÇÃO DE SANGUE EM SALVADOR-BA“.
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 07/03/2023
Horário: 14h00
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 818 3580 1246
Senha de acesso: 242803

Resumo

Introdução: A hepatite A e E são doenças indistinguíveis clinicamente, e a falta de testes para diagnostico do HEV em nível de laboratório de saúde pública torna esta doença praticamente desconhecida. Objetivo: Determinar a soroprevalência de antiHAV IgG e anti-HEV IgM/IgG entre candidatos a doação de sangue na cidade de Salvador-BA. Materiais e Métodos: O desenho do estudo é de corte transversal. Os candidatos à doação de sangue foram recrutados na Fundação HEMOBA, de ambos os sexos, com idade entre 16 e 69 anos. Foram incluídos no estudo todos os candidatos, aptos e inaptos para a doação de sangue pela triagem. Os dados foram obtidos através de entrevistas e uma amostra de sangue foi coletada para a pesquisa dos anticorpos anti-HAV IgG (ARCHITECT/ABBOT) e anti-HEV IgG e IgM ELISA (Wantai) e dosagem das transaminases séricas AST e ALT (Wiener Lab). Os dados foram analisados utilizando o software EpiInfo (CDC, v. 7.2.3.1). Resultados: Participaram do estudo cerca de 466 candidatos à doação de sangue, de ambos os sexos, com idade variando entre 16 e 69 anos na HEMOBA, sendo 387 aptos e 79 inaptos à doação de sangue (taxa de inaptidão de 17%). A maioria dos participantes foi do sexo masculino (52%), com cor da pele pretos ou parda (84%) e o nível de escolaridade médio completo ou superior (90%). Poucos candidatos revelam que receberam doação de sangue (1%). Entretanto, os participantes possuem outros riscos percutâneos: uso de seringas não descartáveis (5%), piercing (18%) e tatuagem (37%). A grande maioria revelou ser etilista (65%), ter vida sexual ativa (95%), com o hábito de realizar tanto sexo oral (87%) quanto anal (45%), e o uso de preservativo foi irregular ou nunca (74%). A grande maioria dos participantes que realizaram exames bioquímicos para dosagem das transaminases hepáticas AST (95%) e ALT (97%) apresentara-se dentro dos valores de referência. A soroprevalência do anti-HAV IgG foi estimada entre os participantes não vacinados contra HAV em 53% (185/351; IC%: 47% – 58%); a soroprevalência do anti-HEV IgG em 7% (33/464; IC 95%: 5 – 10%) e nenhuma amostra foi detectada com anti-HEV IgM. Na análise univariada, residir no interior, não possuir rede de esgoto, já ter vivenciado enchente e, sobretudo, trabalhar com criação de animais representaram risco para exposição ao HAV. Na análise multivariada, apenas idade (dado não apresentado) e criação de animais mantiveramse associados. Comer peixe fresco frequentemente também apresentou risco de exposição ao HAV (p = 0,04). Em relação à exposição ao HEV, renda familiar mensal menor que 3 salários-mínimos, viver no interior e comer carne de caça apresentaram RP maior que 2,00, mas sem significância. Na análise multivariada, apenas idade (dado não apresentado) e baixa renda mantiveram-se associados. Conclusão: A carga da hepatite A foi maior que da hepatite E mesmo havendo vacina contra HAV disponível. Um estudo mais robustos poderia identificar os riscos de infecção.
Palavras-chave: hepatite E, soroprevalência, doadores de sangue.

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Genes de resistência antimicrobiana é tema de dissertação

Discente: Pablo Alessandro Barbosa Viana
Orientador: Pablo Ivan Pereira Ramos
Coorientador: Pedro Milet Meirelles
Título da Dissertação: “MINERAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE RESISTOMAS EM METAGENOMAS EM ESCALA GLOBAL”.
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 03/03/2023
Horário: 13h00
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 854 3363 2089
Senha de acesso: 139248

Resumo

INTRODUÇÃO: A descoberta da penicilina iniciou uma nova era na medicina moderna e propiciou o aumento da procura por novos agentes antimicrobianos. Apesar do crescimento expressivo de novos antibióticos, o uso indiscriminado dessas substâncias, tanto no meio médico quanto veterinário, assim como em processos industriais e agrícolas, vem ocasionando um avanço na pressão seletiva aos ecossistemas microbianos, aumentando a disseminação e dispersão de mecanismos de defesa a esses agentes. Visando combater a problemática apresentada, as abordagens genéticas para o estudo e análise de genes de resistência a antimicrobianos (resistomas) vêm crescendo em importância, à medida que aumenta a disponibilidade de dados de sequenciamento, tornando possível associar essas manifestações fenotípicas com os genótipos disponíveis em bancos públicos de dados biológicos. OBJETIVOS: Este estudo teve por objetivo identificar e caracterizar a abundância e diversidade de genes de resistência a agentes antimicrobianos encontrados em metagenomas distribuídos em escala global em variados tipos de habitats. METODOLOGIA: Realizamos a caracterização dos resistomas de uma base de dados metagenômicos curados (N=7.006 amostras), criada a partir de repositórios públicos representando diversos tipos de ambientes com amostras espalhadas por todo globo. RESULTADOS: Para acelerar e viabilizar as análises em larga-escala destes metagenomas, foi desenvolvido um software para paralelizar essas tarefas na plataforma de computação em nuvem Microsoft Azure. Dos resultados obtidos
identificamos que a correlação do ambiente das amostras, riqueza de gêneros da comunidade microbiana e abundância de transposons, são as principais variáveis ecológicas explicativas dos padrões de distribuição de abundância e riqueza de ARGs. CONCLUSÃO: Estes achados indicam os principais motores de disseminação de ARG e podem ser utilizados para direcionar pesquisas exploratórias para novos agentes antimicrobianos e estudos de análise e dispersão de novas resistências, além de dar ênfase aos maiores risco para direcionar a atenção no combate a esta grande ameaça.
Palavras-chave: Genes de resistência antimicrobiana. Resistoma. Metagenômica. Mineração genômica. Computação em nuvem.

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Chamada Pública para Mestrado Profissional em Pesquisa Clínica e Translacional 2023

O curso de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica (PgPCT) torna público o cronograma e as normas para a seleção de candidatos ao Mestrado Profissional. As inscrições vão de 14/02/2023 a 13/03/2023. Clique aqui e acesse o edital.

O público-alvo é de portadores de diploma de graduação, concedido por Instituição de Ensino Superior e reconhecido pelo Conselho Nacional de Educação, atuando em oncologia ou vigilância em saúde e formalmente vinculados a instituições de assistência à saúde, prioritariamente públicas. O curso oferece 30 vagas, que só serão preenchidas por candidatos aprovados em todas as etapas do processo seletivo.

As áreas de concentração são Pesquisa Clínica e Translacional em Oncologia e Vigilância em Saúde, sendo subdivididas nas seguintes linhas de pesquisa:
-Desenvolvimento de novos compostos com capacidade antitumoral, estudos pré-clínicos e clínicos;
-Mecanismos de tumorigênese e identificação/validação de marcadores tumorais;
-Pesquisa epidemiológica das neoplasias sólidas e hematológicas;
-Vigilância em saúde voltada para agravos transmissíveis e não transmissíveis.

O mestrado profissional objetiva o aprofundamento do conhecimento técnico-científico do futuro mestre, possibilitando o desenvolvimento de competência profissional para realizar pesquisas e desenvolver processos, produtos e metodologias na área ou áreas de concentração do curso.

Todas as informações referentes às inscrições poderão ser obtidas no site da Plataforma SIGASS, em Inscrição > Mestrado Profissional em Pesquisa Clínica e Translacional – IGM.

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Seminário de estudantes do LASP promove interação entre os grupos de pesquisa

Na sexta-feira (03/12), pesquisadores e estudantes do Laboratório Avançado de Saúde Pública (LASP) da Fiocruz Bahia reuniram-se para o “I Seminário Integrado do LASP”. Com o objetivo de promover maior integração entre os grupos de diferentes linhas de pesquisa, o evento foi realizado no auditório do Pavilhão Aluízio Prata e contou com a apresentação dos discentes acerca de seus projetos de pesquisa.

Foram 20 apresentações de estudantes dos programas de pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI), da Fiocruz Bahia, em Patologia Humana e Experimental (PgPAT), da UFBA em ampla associação com a Fiocruz Bahia, e de cursos de pós-graduação da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), além de alunos de iniciação científica. As palestras abordaram projetos em linhas de pesquisa envolvendo doenças virais, como HTLV, dengue e Covid-19; doenças parasitárias; enfermidades causadas por protozoários, como leishmaniose e doença de Chagas; e por bactérias, como tuberculose e sífilis.

“Esse é o primeiro seminário que fizemos integrado com todas as equipes do LASP. Nós crescemos e diversificamos o laboratório. A ideia é que possamos aumentar nosso grau de interação entre as diversas equipes”, afirma a pesquisadora e chefe do LASP, Maria Fernanda Rios Grassi.

O pesquisador Fred Luciano Neves Santos espera que a atividade possa render colaborações entre os alunos. “Preparamos essa atividade pensando no planejamento estratégico do LASP para 2023, para os grupos interagirem melhor. Com isso poderemos ver o que os outros alunos estão fazendo”, explica. “Provavelmente no segundo semestre faremos outro Seminário. Os alunos estão encarando como um simpósio externo, preparam apresentações e resumos. Este evento entrará para o calendário anual de nosso laboratório”.

Um clima amistoso permitiu aos mais nervosos realizar uma apresentação tranquila, foi o que comentou Greice Carolina Silva, mestranda do PgBSMI. A discente afirmou que a experiência no seminário irá ajudá-la futuramente. “Essa experiência é excelente. Ela nos prepara para fazermos a qualificação, a apresentação da dissertação final. Acho que deveria ter semestralmente”.

“É uma experiência interessante. Nós trocamos muitas informações, descobrimos vários projetos totalmente diferentes”, disse Ângelo Oliveira Silva, doutorando do PgBSMI. O estudante afirmou ter sido surpreendido pela diversidade de estudos que o LASP comporta. “Eu não tinha ideia da quantidade de projetos que existem, como diagnóstico, diagnóstico laboratorial, histopatológico, estudos da imunologia e da resposta imunológica, e diversas doenças infectocontagiosas como sífilis, chagas e HTLV. É muito interessante saber que o LASP abrange todas essas coisas e que muitos desses trabalhos são extremamente relevantes para a saúde publica”.

Alisson de Aquino Firmino também apresentou o seu trabalho. Para o aluno da EBMSP, cuja pesquisa de doutorado é realizada no LASP, o seminário foi um espaço de troca de conhecimento. “É um evento muito importante para o entrosamento. Todos nós pertencemos ao LASP, mas somos de grupos diferentes. É um evento importante para promover união e a expansão das ideias”.

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Boas práticas para processamento de amostras histológicas é tema de curso

O curso “Boas Práticas para o Processamento de Amostras Histológicas”, ofertado pela Fiocruz Bahia, será realizado na modalidade EAD. As aulas acontecem de 1º de março a 31 de maio de 2023. As inscrições podem ser realizadas, gratuitamente, de 13 a 24 de fevereiro, no site do curso.

A capacitação caracteriza-se por uma abordagem teórica sobre as técnicas utilizadas durante o processamento de fragmentos de tecido, incluindo desde a etapa da fixação desses fragmentos até a produção de lâminas histológicas para a análise por Microscopia Óptica, Imunofluorescência e Imunohistoquímica.

O objetivo geral da atividade, que possui carga horária de 40h, é promover a disseminação de embasamento teórico referente às etapas que compõem o processamento histológico de tecidos, possibilitando aos participantes a produção de blocos e lâminas histológicas que atendam aos requisitos mínimos de qualidade para o diagnóstico e a pesquisa.

O curso destina-se, prioritariamente, aos profissionais histotecnólogos, como subsídio para a sua atuação focada em boas práticas, auxiliando-os a identificar e resolver problemas que interfiram na qualidade dos blocos e lâminas histológicas. Adicionalmente, também pode agregar valor à formação de estudantes de pós-graduação em cursos da área de saúde, que necessitem utilizar as técnicas de processamento histológico em seus projetos de pesquisa. Os estudantes de graduação também serão contemplados com o objetivo de conhecimento das técnicas como subsídio ao entendimento da histologia, aplicação das técnicas em projetos de pesquisa e para possíveis usos futuros. 

Consulte o site do curso para informações sobre metodologia, vagas e requisitos para participação.

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Dissertação analisa transcriptômica de modelos celulares de hepatite C

Discente: João Victor de Oliveira Pimenta Lima
Orientação: Artur Trancoso Lopo de Queiroz
Coorientação: Kiyoshi Ferreira Fukutani
Título da dissertação: “ANÁLISE TRANSCRIPTÔMICA DOS MODELOS CELULARES DE HCV”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 28/02/2023
Horário: 10h00
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 849 5047 5296
Senha de acesso: 139189

Resumo

O vírus da hepatite C humana (HCV) é um vírus de RNA de fita simples com polaridade positiva, pertencente à família Flaviviridae e ao gênero hepacivirus. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o HCV infecta aproximadamente 71 milhões de pessoas e com o risco de desenvolverem cirrose e câncer de fígado. O ciclo viral do HCV não é totalmente entendido, pela ausência de modelos
experimentais e falta de consenso, dentre os modelos mais utilizados o Pan troglodytes (chimpanzé) é aquele que apresenta maiores custos, o que o torna inviável para a maioria dos estudos. Dentre os modelos experimentais utilizados para a pesquisa in vitro do HCV existe uma falta de padronização das linhagens celulares, o que gera uma dificuldade em se estabelecer protocolos reprodutíveis da
infecção pelo HCV. Logo, estudos comparativos dos modelos celulares são necessários para identificar o melhor modelo que mimetize a infecção humana, já que padrões específicos de cada linhagem interferem na interpretação dos resultados. Assim com o objetivo de comparar a expressão gênica dos modelos celulares com o de indivíduos saudáveis e infectados por hcv, determinar o padrão de expressão nos diferentes modelos experimentais e identificar o modelo que melhor mimetiza a infecção natural por hcv, utilizamos 83 amostras de tecido de fígado, células de linhagem e biópsia de hepatocarcinoma obtidas de 8 estudos de expressão gênica do hcv provenientes do NCBI GEO BANK para realizar análises
de expressão gênica, análise de perturbação molecular, análise funcional dos genes e de enriquecimento e funcional das vias metabólicas. Palavras chave: HCV; Expressão Gênica; Transcriptoma; Linhagem celular.

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