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Entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro a Fiocruz Bahia participou do XVI Festival de Cultura Japonesa de Salvador e XXXI Bon Odori, no Parque de Exposições. O evento, realizado pela Associação Cultural Nippo Brasileira de Salvador (Anisa) e Ministério da Cultura, reuniu milhares de pessoas para celebrar as tradições japonesas. A Fiocruz Bahia recebeu cerca de 8.000 visitantes no estande de aproximadamente noventa metros quadrados.
Diversas atividades de divulgação científica foram realizadas com o público, como jogo de verdadeiro ou falso do projeto contra a desinformação – Bora Checar, óculos de realidade virtual, simulações de experimentos, exposições e materiais sobre diversas doenças e projetos apresentados por pesquisadores e estudantes dos programas de pós-graduação e iniciação científica da Fiocruz Bahia, além de pintura artística na pele, espaço kids e fotos com o Zé Gotinha, que fez sucesso entre crianças, jovens e adultos.
Para a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, o festival tem uma importância grande, porque difunde a cultura japonesa, mas também dá a oportunidade de trabalhar divulgação científica e a popularização da ciência. “O público-alvo é bastante heterogêneo e nós aproveitamos essa oportunidade para expor o que nós estamos fazendo de ciência, de uma maneira lúdica, mais popular, e que possa atingir a população. Agradecemos à coordenação do evento pela oportunidade. Essa parceria já ocorre há vários anos é importantíssima, principalmente devido aos momentos que nós vivemos com a pandemia da Covid-19 e também com todas essas doenças e agravos que tem ocorrido à população”, declarou.
Rita de Cassia Acioli Barbosa relatou que foi a primeira vez que participou do festival e que gostou da programação. “Achei ótimo. Não só para os adultos, como para as crianças, terem contato com equipamentos, com esse mundo da ciência, do laboratório, achei fantástico”. Barbosa estava com seu filho Thiago Acioli, de dez anos, que também compartilhou a alegria em conhecer mais sobre ciência e saúde. “Adorei, pois são várias experiências para olhar e aprender mais. Eu gostei muito”, reforçou.
Visitação de estudantes da rede pública
No primeiro dia participaram do evento cerca de 1000 estudantes de escolas públicas estaduais e municipais. Fernando Lima, diretor do Colégio Estadual Mestre Paulo dos Anjos, no Bairro da Paz, em Salvador, disse que a importância da participação dos estudantes no festival é a possibilidade de alinhar o conhecimento teórico em sala de aula ao conhecimento extra sala de aula.
As estudantes Maiara Santana dos Santos, 18 anos, e Amanda Ferreira, de 17, estavam no grupo da escola do Bairro da Paz. Maiara acredita que o Bon Odori seja importante pela relevância da cultura para as pessoas e pelo fato de trazer elementos da ciência. Ela participa de projetos de iniciação científica e de meninas na ciência, no Senai Cimatec, e de um projeto para tratar a água do próprio bairro para uso dos moradores. Amanda foi ao festival pela terceira vez, a estudante participa de um projeto que se chama Metaverso, de iniciação científica júnior, também no Senai Cimatec. “É uma experiência maravilhosa, porque eu sou do tipo de pessoa que gosta tanto do mundo das artes, quanto do mundo da ciência. Então é um mundo amplo que eu posso explorar à vontade”.
Ana Paula Nunes, coordenadora pedagógica das escolas Santa Luzia e Várzea do Santo Antônio, em Camaçari, ressaltou a importância da atividade para as crianças das escolas rurais. “A gente percebe o brilho deles e eles estão encantados com todos os estandes que nós estamos passando. Aqui, onde várias pessoas estão apresentando suas pesquisas, que são dados interessantes para essas crianças, é o primeiro contato deles com uma instituição como a Fiocruz. Essas crianças são o futuro do nosso país, esse tipo de contato ajuda a colocar sonhos, imagens e desejos na cabeça dessas crianças”, concluiu Nunes.
O maestro e professor de música da Escola Ambiental, em Camaçari, Fred Dantas, destacou a importância da presença da Fiocruz no Bon Odori. “A universidade e a pesquisa têm que ir aonde o povo está. Eu acabo de ver ali num microscópio as células alteradas de um tumor, várias crianças não têm essa oportunidade”. Dantas falou sobre a relevância da Fiocruz para contrapor com as campanhas anti vacinação e anti profilaxia. “A Fiocruz está no oposto disso, trazendo a vacina, trazendo a prevenção”, observou.
A estudante de 12 anos, Mariana Nascimento, relatou sua experiência no estande da Fundação. “Foi muito legal, usei óculos de realidade virtual e vi um dinossauro enorme, ele quase cai em cima de mim. Também fui na pintura, a gente passou por vários lugares aqui, vimos uns bichos que pareciam que eram de verdade, só que não eram. Mas foi muito divertido”, finalizou.
Confira as fotos:
Texto: Jamile Araújo, com supervisão de Júlia Lins | Foto: Mateus Almeida, Júlia Lins e Sailon Paixão