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Ocorreu entre os dias 13 e 17 de janeiro o 5º módulo do curso de Metodologias Ativas de Ensino, na Fiocruz Bahia. Organizado pela Vice-diretoria de ensino e as coordenações dos programas de pós-graduação em Patologia (PGPAT – UFBA/ Fiocruz Bahia) e em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI), o curso é ofertado para docentes dos programas de pós-graduação, servidores, pós doutorandos e alunos.
As coordenadoras do PGPAT e do PGBSMI, Valéria Borges e Theolis Bessa, explicam que o curso aconteceu em paralelo com a disciplina “Didática Especial”, obrigatória para o PGPAT e eletiva para o PGBSMI, como uma ação de ensino integrativa.
Esta edição teve como tema “Estratégias de gamificação para o ensino e saúde” e foi conduzido pelos professores Daniel Manzoni, das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU/SP), e por Isa Beatriz Nunes, do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
A gamificação é um conceito diferente do aprendizado, baseado em games, podendo ser utilizado tanto no ensino fundamental quanto no ensino superior. Essa metodologia traz aspectos de jogos para dentro da sala de aula, com fins pedagógicos.
“Ela se difere porque traz algumas estratégias dos games, como pontuação, ranqueamento, desafios, para atividades que não são se configuram em um game, mostrando que essas atividades podem ser ramificadas e utilizadas em diversos espaços”, explicou Isa.
A metodologia de gamificação é recente e, ao trazer o jogo para dentro da sala de aula, tenta deslocar o professor de um lugar tradicional, para se comunicar de forma mais próxima com as novas gerações, que estão ligadas à internet e interatividade. Isso casa com a intenção do curso e da disciplina, de qualificar profissionais capacitados para ensinar ciência através de metodologias ativas com inovação.
Daniel Manzoni frisa a importância que o curso tem para a formação de professores autônomos, com alta liberdade dentro do campo educacional, e que a intenção é que esse aprendizado não fique dentro dos muros das universidades e da instituição, contribuindo para a sociedade de uma maneira significativa.
“Além do processo de atualização e formação dos professores, a gente tem sempre a intenção de gerar um produto para a sociedade brasileira” explica Manzoni.
Crescimento profissional e pessoal durante a disciplina de Didática Especial
Para os participantes, a experiência da forma como a disciplina foi estruturada acrescentou na formação profissional e pessoal. A estudante de doutorado do PGPAT, Yasmin Monara, comenta como esse novo conhecimento a fez refletir sobre a função do docente.
“Não é simplesmente aplicar conteúdos e provas, mas sim mediar o conhecimento, conduzir e engajar os alunos, agregando no aprendizado destes, através das metodologias ativas de ensino”, afirmou.
Para Fernanda Lessa, também estudante do PGPAT, o aprendizado adquirido durante esta semana a fez pensar no papel e responsabilidade social enquanto pesquisadora, profissional da área de saúde e futura professora.
Os alunos que já tinham feito a disciplina Didática Especial, puderam participar do curso como monitores, como foi o caso de Paula Dantas. A experiência enriquecedora proporcionou a Paula aprender mais sobre a formação do professor, considerando o ensino por investigação fundamental para o aprendizado em sala de aula.
“O estudante poderá desenvolver o pensamento crítico e científico, com uma visão mais crítica de aspectos políticos, sociais e da saúde acordo com o seu cotidiano”, destacou.
Divulgação dos trabalhos de ensino
Durante o curso de Metodologias Ativas, a turma foi dividida em grupos que desenvolveram jogos voltados para educação e saúde para ser utilizados em sala de aula. Dinâmica similar foi produzida pelos discentes do PGPAT e do PGBSMI que cursaram a disciplina de Didática Especial com foco em ensino por investigação.
A partir destes projetos, os participantes irão produzir artigos científicos que serão publicados em uma edição especial da revista Atlas de Ciência da Saúde, prevista para junho. “Ainda, nesta mesma edição, iremos agregar os artigos dos temas desenvolvidos durante o curso de Divulgação Científica que realizamos em setembro, no IGM, sob a coordenação da pesquisadora Luisa Massarani, do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica do Museu da Vida, da Casa de Oswaldo Cruz da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ)”, contou Valéria Borges.
Esta edição da revista trará um editorial contextualizando nove anos de parceria frutífera com Daniel Manzoni nas ações de ensino da Fiocruz Bahia.