Fiocruz Bahia é iluminada de vermelho em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a Aids

Getting your Trinity Audio player ready...

Na primeira semana de dezembro, durante o período da noite, a entrada da Fiocruz Bahia ficará iluminada de vermelho, em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a Aids.

O número de novas infecções de Aids no mundo, segundo dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) divulgados em julho de 2016, caiu de 2,2 milhões em 2010 para 2,1 milhões em 2015. Apesar da queda global, o Brasil parece estar caminhando na direção oposta. Em 2010, 43 mil novos casos foram registrados no país e a taxa em 2015 subiu para 44 mil. Agora, o Brasil sozinho conta com mais de 40% das novas infecções da enfermidade na América Latina.

Os números também subiram com relação à população vivendo com Aids no Brasil, que passou de 700 mil para 830 mil entre 2010 e 2015. Além disso, 15 mil mortes são registradas por ano. Sobre o perfil das pessoas que mais vivem com a doença no país, a preocupação da Unaids é com jovens de 15 a 19 anos. O número de casos, nessa faixa etária, aumentou 53% de 2004 a 2013. “A Aids não discrimina. A Aids não tem cara. Realmente, nós temos que falar para o jovem em geral”, alerta Georgiana Braga, diretora da Unaids Brasil.

Símbolo da instituição, o Castelo da Fiocruz (RJ) ficará iluminado de vermelho na primeira semana de dezembro, em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, 1°/12 (foto: Peter Ilicciev)

Apesar da gravidade dos números atuais sobre a doença, nem todas as notícias sobre o combate a Aids no Brasil são negativas. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), o Brasil registrou, em 2015, recorde no número de pessoas em tratamento de HIV e Aids: 81 mil brasileiros começaram a se tratar no ano passado, um aumento de 13% em relação a 2014, quando 72 mil pessoas aderiram aos medicamentos. De 2009 a 2015, o número de pessoas em tratamento no Sistema Único de Saúde aumentou 97%, passando de 231 mil para 455 mil pessoas. Isso significa que, em seis anos, o país praticamente dobrou o número de brasileiros que fazem uso de antirretrovirais. Esse resultado também significa que o Brasil já atingiu uma das três metas de 90-90-90, pactuadas pelo Unaids, que têm como objetivo testar 90% das pessoas vivendo com HIV e Aids, tratar 90% destas e que 90% tenham carga viral indetectável até 2020 em todo o mundo.

Na Fiocruz, a luta contra a doença é de longa data e teve início ainda na década de 1980, quando foi registrado o primeiro no Brasil, em 1982, em São Paulo. Segundo dados do MS, em 1987, havia 2.775 casos da doença no país. Nesse contexto, uma equipe de pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) isolou pela primeira vez na América Latina o vírus HIV-1, dando visibilidade à pesquisa nacional e ao trabalho da instituição. Após quase três décadas, o programa nacional é referência mundial e distribui gratuitamente preservativos e medicamentos à população brasileira.

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) fabrica sete dos 23 medicamentos que compõem o coquetel antiAids do MS e se dedica a pesquisas voltadas para a adequação da medicação ao público infantil. A Fundação também conta a produção de testes rápidos e Kit Nat de diagnóstico para doença no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). Este Instituto da Fiocruz também realiza estudos para desenvolvimento de vacinas contra o HIV. No IOC/Fiocruz, são conduzidas pesquisas sobre o vírus HIV e também na área de imunologia. No campo da assistência médica, pesquisadores do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz) investem em estudos para encontrar novos esquemas terapêuticos ainda mais eficientes para pacientes, além de pesquisas que envolvem profilaxia pré e pós-exposição. Em parceria com o INI/Fiocruz, a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) tem apresentado ações de sucesso na vinculação de soropositivos ao uso de medicação.

No que se trata de divulgação científica, o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) tem abrigado pesquisadores que investigam como notícias sobre o vírus HIV / Aids tem sido divulgadas, como a informação sobre a doença tem chegada à sociedade em geral. Diversos são os programas produzidos pelo Canal Saúde na temática, a Editora Fiocruz também conta com publicações na área e as revistas científicas da instituição também publicam diversos artigos sobre o assunto.

Durante a semana do Dia Mundial de Luta contra a Aids (1° de dezembro), a Agência Fiocruz de Notícias também se une aos esforços da Fundação através da divulgação e informação sobre essas e outras ações, serviços e estudos realizados pela Fiocruz. Na lateral, confira as últimas notícias publicadas sobre o vírus HIV / Aids e tenha acesso a diversas outras informações úteis sobre a doença. Boa leitura!

Fonte: Agência Fiocruz de Notícias

twitterFacebookmail
[print-me]