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O 17º Simpósio Internacional sobre Esquistossomose aconteceu entre os dias 10 e 13 de novembro, em Salvador. O encontro, que contou com a participação de cerca de 500 inscritos, foi organizado pela Fiocruz Bahia, a Rede Fio-Schisto e o Programa de Pesquisa Translacional, da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas. Com o tema “Perspectivas para eliminação da esquistossomose”, a programação foi composta de mesas redondas, conferências e sessão de pôsteres, com a presença de pesquisadores da área, profissionais de saúde e representantes da sociedade civil.
Os quatro dias do simpósio envolveram cerca de 70 palestrantes, que abordaram temas como saneamento e higiene, aspectos clínicos e patológicos da doença, desenvolvimento e resistência a medicamentos, controle e avanços no tratamento, vacinas, diagnóstico, imunorregulação, interação hospedeiro-parasita, fortalecimento dos cuidados básicos de saúde, educação, comunicação e informação e abordagem One Health (Saúde única).
Um dos destaques do encontro foi o lançamento da nova edição das diretrizes técnicas para vigilância da esquistossomose. Na ocasião, Alda Maria da Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis, do Ministério da Saúde, explicou que o documento é um “produto importante porque traz as atualizações que aconteceram nos últimos dez anos acerca das abordagens para a doença. Aborda vigilância, mas também atualização da clínica, abordagem terapêutica e o próprio sistema de controle dos caramujos”, afirmou.
Cruz ressaltou que a nova edição foi possível porque houve um conjunto de pessoas da área técnica em esquistossomose da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA/MS) em conjunto com especialistas que, após debaterem e chegarem a um consenso, produziram o documento com as novas diretrizes. “Para nós é uma alegria muito grande trazer esse produto, uma contribuição fundamental para o programa Brasil Saudável, e vai ser uma ferramenta a ser utilizada para as estratégias de eliminação da esquistossomose no país”.
Outro marco importante foi a fundação da Sociedade Brasileira de Esquistossomose e Geo-Helmintíases (SBEG), durante o evento, no dia 12 de novembro. “A SBEG surge para somar esforços com outras sociedades semelhantes e consolidar a luta contra as helmintíases no Brasil, promovendo sinergias no enfrentamento dessas doenças negligenciadas”, comentou Ricardo Riccio, pesquisador da Fiocruz Bahia, coordenador geral do Programa de Pesquisa Translacional em Esquistossomose da Fiocruz (Fio-Schisto) e presidente do simpósio.
Leonardo Farias Paiva, vice-presidente do evento, agradeceu às pessoas que contribuíram para realização do encontro e disse que as discussões foram ricas e proveitosas. “A gente precisa se conectar, não só falar para a comunidade acadêmica, como normalmente acontece. Tivemos tanto palestras sobre temas avançados como ouvimos também a população de um modo geral”, concluiu.
No encerramento, foram entregues os prêmios “Pirajá da Silva”, concedido ao autor(a) do melhor trabalho apresentado durante as sessões orais do evento; “José Pellegrino” e “Amaury Coutinho”, entregue para o autor(a) da melhor tese de doutorado, para o autor(a) da melhor dissertação de mestrado ambos em esquistossomose, respectivamente. Clique aqui e acesse a lista de premiados.
Clique aqui para conferir a matéria da cerimônia de abertura do simpósio.
Por Jamile Araújo, com supervisão de Júlia Lins