The Journal of Infectious Diseases publica pesquisa sobre IMC e quadro inflamatório no tratamento antirretroviral

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38-the-journal-of-infectous-diseaseO artigo Inflammation and Change in Body Weight With Antiretroviral Therapy Initiation in a Multinational Cohort of HIV-Infected Adults, publicado no periódico científico The Journal of Infectious Diseases, descreve os resultados de uma pesquisa conduzida em parceria com o pesquisador da Fiocruz Bahia, Bruno Andrade, que aborda um estudo sobre a relação entre o ganho de peso e o aumento da inflamação em indivíduos com HIV no início do tratamento antirretroviral.

No mundo, 36,9 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV, e um número crescente destes indivíduos sofre de excesso de peso ou são obesos, em paralelo com a epidemia global de obesidade. Como mostrado em outros estudos, a maioria dos indivíduos infectados pelo HIV ganham peso depois do início da terapia antirretroviral, sendo maior a propensão entre pessoas que apresentam as contagens mais baixas de células T CD4+ e maiores cargas virais.

O estudo foi realizado a partir de uma amostra aleatória de 246 indivíduos com supressão virológica, escolhidos a partir da coorte internacional sobre tratamento antirretroviral (grupo ACTG). A equipe de pesquisadores realizou a medição dos marcadores inflamatórios (IFN-γ, proteína reativa C, citocinas inflamatórias, etc.), associados ao IMC e suas variações, nas semanas 0, 24, e 48 depois do início da terapia antirretroviral.

A pesquisa mostrou que 27% dos participantes apresentavam sobrepeso/obesidade (IMC, ≥ 25) e 8% estavam abaixo do peso (IMC <18,5), no início do estudo. Após 48 semanas, 37% estavam com sobrepeso/obesidade, enquanto 3% estavam abaixo do peso. Ao passo que o nível de muitos marcadores inflamatórios diminuiu 48 semanas após o início do tratamento antirretroviral no grupo geral, a diminuição do nível de proteína reativa C (PCR) foi menor em participantes obesos, e os níveis reduzidos de PCR e interleucina 18 eram menores em participantes com baixo peso.

Os cientistas puderam concluir que existe uma forte associação entre a inflamação sistêmica elevada e o IMC no início do tratamento. Entre as pessoas com obesidade, o ganho de peso previu o aumento da inflamação, enquanto em pessoas que estavam abaixo do peso, ele previu uma redução dos processos inflamatórios.

Clique aqui para ler o texto publicado em março de 2016.

 

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