Cientistas

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Marilda Gonçalves

Marilda de Souza Gonçalves nasceu em 1957. É graduada em Farmácia Bioquímica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), tem mestrado e doutorado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com doutorado sanduiche – Medical College of Georgia, e pós-doutorado pela Universidade da Pensilvânia (EUA). Atualmente, é diretora e pesquisadora titular da Fiocruz Bahia e professora titular da Faculdade de Farmácia da UFBA. A cientista é a primeira mulher negra a ser diretora da Fiocruz Bahia.

Possui experiência na área de Hematologia e Genética, com ênfase em Biologia Molecular, atuando na área de interação da genética com marcadores hematológicos, bioquímicos e imunológicos, principalmente nos seguintes temas: doença falciforme, hemoglobina fetal, anemias, leucemias e saúde materno-fetal.

A pesquisadora afirma que a ciência é a melhor coisa que já aconteceu à humanidade, pois permite abrir caminhos para o conhecimento, caminhos para melhorar a vida de todos. “O mundo precisa da ciência para sobreviver, para se locomover, para falar ao telefone, para curar suas doenças. A ciência está em toda parte e os cientistas são elementos fundamentais para o desenvolvimento de uma comunidade e para que as sociedades vivam plenamente”.

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Oswaldo Cruz

O médico sanitarista e cientista Oswaldo Gonçalves Cruz nasceu em São Luís do Paraitinga (SP), em 5 de agosto de 1872. Graduou-se na Faculdade de Medicina do Rio de janeiro, em 1892. Em 1897 Oswaldo Cruz viajou para Paris, onde permaneceu por dois anos estudando. De volta ao Rio de Janeiro, assumiu a direção técnica do Instituto Soroterápico Federal, que era construído na Fazenda Manguinhos. O jovem médico e cientista teve que empreender uma campanha sanitária de combate às principais doenças da capital federal: febre amarela, peste bubônica e varíola.

A luta contra as doenças ganhou reconhecimento internacional em 1907, quando Oswaldo Cruz recebeu a medalha de ouro no 14º Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, na Alemanha, pelo trabalho de saneamento do Rio de Janeiro. Oswaldo Cruz ainda reformou o Código Sanitário e reestruturou todos os órgãos de saúde e higiene do país. Em 1908 o sanitarista foi recepcionado como herói nacional e, no ano seguinte, o instituto passou a levar seu nome.

Em 1913, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Em 1915, por motivos de saúde, abandonou a direção do Instituto Oswaldo Cruz e mudou-se para Petrópolis. Eleito prefeito daquela cidade, traçou vasto plano de urbanização, que não pode ver construído. Sofrendo de crise de insuficiência renal, morreu a 11 de fevereiro de 1917, com apenas 44 anos.

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Carlos Chagas

Nascido em 9 de julho de 1879, em Oliveira, Minas Gerais, Carlos Justiniano Ribeiro Chagas. Em 1897, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Concluído o curso, escolheu a malária como tema de sua tese, intitulada “Estudos hematológicos no impaludismo” e defendida em 1903 – iniciativa que o colocou pela primeira vez em contato com Oswaldo Cruz. Em 1905, realizou em Itatinga, interior de São Paulo, a primeira campanha bem sucedida do país contra a malária. Decidiu combater o mosquito no interior das casas, desinfetando-as pela queima de piretro. Sua teoria da infecção domiciliar da malária serviu de base para o efetivo combate à doença em todo o mundo. Ao regressar de São Paulo para o Rio de Janeiro, em 1906, Carlos Chagas retornou ao Instituto Oswaldo Cruz, onde trabalhou por toda a vida.

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Gonçalo Moniz

Gonçalo Moniz Sodré de Aragão, nascido em 1870, ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1887. A relevância de seu trabalho na construção da medicina baseada no conhecimento etiológico de suporte experimental começou a se desenhar já em 1891, logo após a conclusão de seu curso, quando publicou neste mesmo ano o trabalho intitulado “Etiologia e Pathogenia da suppuração”. Como professor, ocupou a cadeira de Fisiologia, Anatomia, Fisiologia Patológica e Patologia Geral que assumiu de 1894 a 1895, através da apresentação da tese “Imunidade Mórbida”, passagem que o prepararia para construir uma carreira voltada para estudos no campo da microbiologia.

Em 1899, Gonçalo Moniz foi nomeado pelo Governo Estadual para montar e dirigir o Gabinete de Análises e Pesquisas Bacteriológicas, voltado para a verificação de óbitos e controle das doenças infecto- contagiosas de caráter epidêmico. Essa atividade levaria a publicar vários estudos e observações sobre a peste bubônica. O Instituto Gonçalo Moniz, a Fiocruz Bahia, leva este nome em homenagem ao médico baiano.

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Zilton Andrade

Nascido em 1924, no município de Santo Antônio de Jesus, Bahia, seu interesse por ciência começou desde muito cedo, ainda criança, quando via filmes com cenas de laboratórios. Formou-se médico pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), no ano de 1950. Doenças como leishmanioses, doença de Chagas, esquistossomose e fibrose hepática, foram focos de sua pesquisa. Ao longo de sua carreira, foi amplamente reconhecido por seu trabalho e, como resultado, recebeu muitos prêmios, como a Medalha de Alto Mérito do Conselho Regional de Medicina da Bahia. Ingressou na Fundação Oswaldo Cruz em 1983, onde foi diretor e pesquisador. Colaborou significativamente na construção da unidade, que possui um pavilhão com seu nome e abriga a maioria dos laboratórios da instituição. Faleceu em 2020, aos 96 anos.

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Juliano Moreira

Nascido em Salvador em 6 de janeiro de 1872, Juliano Moreira era filho de Manuel do Carmo Moreira Júnior, português, inspetor de iluminação pública, e Galdina Joaquim do Amaral, doméstica. Juliano Moreira foi um dos principais nomes da história da saúde mental no Brasil, considerado o pai da psiquiatria brasileira e que revolucionou o campo. Dono de grande sucesso acadêmico no país e no exterior, Juliano presidiu a Academia Brasileira de Ciências. Moreira contestou cientificamente a teoria da degenerescência racial — que, em sua época, associava doenças à mistura de raças — como deixou inúmeras outras contribuições para o campo da Medicina, como o estudo da sífilis — sua tese de formatura, defendida aos 18 anos, até hoje é uma referência no assunto — e o pioneirismo na divulgação científica, entre outras áreas. O cientista morreu na cidade de Correias, no Rio de Janeiro, em 1933.

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Joaquim Venâncio

Joaquim Venâncio Fernandes era um homem negro, que nasceu em uma fazenda em Minas Gerais em 23 de maio de 1895. Mas foi no Rio de Janeiro que fez história. Joaquim trabalhou por mais de 30 anos na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no campus de Manguinhos. Ele passou de servente a auxiliar de laboratório e contribuiu para várias pesquisas científicas. Dada a sua importância, foi homenageado e passou a dar nome a uma unidade da instituição: a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), que  foi criada em 1985, voltada para a formação de técnicos para a área de saúde. Joaquim faleceu em 27 de agosto de 1955 devido a complicações cardíacas.

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Sérgio Arouca

O sanitarista Sérgio Arouca foi um dos principais teóricos e líderes do chamado “movimento sanitarista”, que mudou o tratamento da saúde pública no Brasil. A consagração do movimento veio com a Constituição de 1988, quando a saúde se tornou um direito inalienável de todos os cidadãos, como está escrito na Carta Magna: “A saúde é direito de todos e dever do Estado”.

Morto aos 61 anos, em 2 de agosto de 2003, Arouca é reconhecido por sua produção científica e a liderança conquistada na construção do Sistema Único de Saúde (SUS). Foi presidente da Fiocruz em 1985, professor da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), além de chefe do Departamento de Planejamento da Escola.

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Adolpho Lutz

Médico e cientista brasileiro, Lutz nasceu no Rio de Janeiro em 1855. Com doutorado pela Universidade de Berna, na Suiça (1880), Lutz começou a clinicar em Limeira, São Paulo. Dez anos mais tarde foi para o Havaí como especialista em hanseníase, onde chegou a ser diretor do hospital de Kalihi, na ilha Molocai. Em 1893, voltou ao Brasil para dirigir em São Paulo o Instituto Bacteriológico, o primeiro do gênero na América do Sul e que hoje tem seu nome. Lá permaneceu até 1908, quando Oswaldo Cruz o convidou para chefiar um dos setores de Manguinhos, onde trabalhou por 32 anos. Lutz publicou inúmeros trabalhos sobre febre tifóide, malária, esquistossomose, difteria, leishmaniose, hanseníase, entre outros. Seu falecimento ocorreu em 1940.

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Maria Inês

Maria Inês da Silva Barbosa é uma pesquisadora negra brasileira de 69 anos, professora e doutora em Saúde Pública, pioneira nos estudos sobre racismo e saúde. Esteve na equipe que articulou e institucionalizou a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), instituída em 2009 pelo Ministério da Saúde, com o objetivo de combater as desigualdades no Sistema Único de Saúde (SUS) e promover a saúde da população negra de forma integral.

Nascida em 12 de novembro de 1954, Maria Inês foi criada na periferia de São Paulo, em Cidade Dutra, um distrito localizado no extremo sul do município. Maria Inês é Assistente Social; Mestre em Serviço Social; Doutora em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), sua tese sobre racismo em saúde é reconhecidamente o primeiro trabalho sobre perfil de mortalidade da população negra no país. É professora aposentada do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), onde exerceu atividades de pesquisa, ensino e extensão na docência de cursos de graduação, de especialização, mestrado e doutorado.

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