Pesquisador Bernardo Galvão é novo integrante da Academia Brasileira de Ciências 

Getting your Trinity Audio player ready...

Eleito por meio de Assembleia Geral, realizada no dia 1° de dezembro, o pesquisador da Fiocruz Bahia Bernardo Galvão Castro é um dos novos membros titulares da Academia Brasileira de Ciências (ABC). A nomeação ocorre por meio da indicação de outros membros, e busca reconhecer cientistas com atuações destacadas e com notória liderança em sua área.  Além de Galvão, foram eleitos outros 16 membros titulares, oito pesquisadores estrangeiros como membros correspondentes e cinco membros afiliados de cada região escolhida: as regiões Norte, Minas Gerais e Centro Oeste, Rio de Janeiro, São Paulo e região Sul, que tomarão posse no dia 1° de janeiro de 2023.  

Bernardo Galvão integra a ACB como um membro na área de Ciências da Saúde. Médico, Patologista e Imunologista, ele tornou-se amplamente reconhecido por ter sido o primeiro cientista a isolar o vírus do HIV na América Latina. Os estudos do pesquisador com o retrovírus também auxiliaram a implantar as bases de triagem do HIV no sangue, auxiliando a conter a transmissão via doação sanguínea, assim como a consolidação do Programa Nacional de Controle do HIV do Ministério da Saúde. 

“Sinto-me honrado por ter sido eleito Membro da Academia Brasileira de Ciências. Para mim significa o reconhecimento, pelos meus pares, de uma carreira dedicada a ciência da saúde. Agradeço a Fiocruz que me forneceu as condições necessárias para o desenvolvimento de pesquisas durante 30 anos”, reconhece o cientista, que hoje é pesquisador emérito da Fundação. 

Galvão ingressou na Fiocruz em dezembro de 1977. Na década de 80, o então jovem pesquisador coordenou o projeto de reforço institucional da América Latina financiado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que permitiu a implantação do Centro de Imunologia Parasitária, na Fiocruz no Rio de Janeiro. 

Na Fiocruz Bahia, foi responsável pela implantação do Laboratório Avançado de Saúde Pública (LASP). Bernardo Galvão mantém-se atuante também enquanto professor titular da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). A pesquisa do cientista se volta agora ao estudo do HTLV-1, outro retrovírus da mesma família do HIV. Galvão foi responsável pela fundação do Centro Integrativo e Multidisciplinar de Atendimento ao Portador de HTLV (CHTLV), da EBMSP, centro responsável pelo acolhimento de mais de duas mil pessoas em todo o estado da Bahia.  

O pesquisador é membro da Academia de Medicina da Bahia, da Academia de Ciências da Bahia, membro do Conselho da Sociedade Internacional de Retrovirologia, do Conselho Curador da Fundação José Silveira, membro da Assembleia do Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção da Cegueira e sócio da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 

Entre os prêmios que já recebeu, incluem o VI Prêmio Hélio Gelli Pereira, da Sociedade Brasileira de Virologia, recebido em 2002; a Medalha Thomé de Souza, concedida pela Câmara Municipal de Salvador, também em 2002; e o Prêmio Anísio Teixeira na categoria “Honra ao Mérito Pesquisador” na área Biotecnologia, concedido pela FAPESB, em 2006. 

twitterFacebookmail
[print-me]