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Foi realizada, na Fiocruz Bahia, no dia 1º de fevereiro, a palestra “Desenvolvimento e CT&I: desafios para o país e o papel nacional da Fiocruz”, ministrada por Carlos Gadelha, coordenador das Ações de Prospecção da Fiocruz. O palestrante abordou aspectos do desenvolvimento e da inovação no mundo e o papel da Fundação no desenvolvimento nacional da saúde, além de ressaltar a importância das oportunidades e investimentos na esfera regional.
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, presente na ocasião para uma programação integrada de eventos e reuniões, falou da importância da cooperação entre a Fundação e os governos dos estados onde a Fiocruz tem unidades e, no contexto do Dia Internacional das Mulheres na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro, aproveitou para pontuar sobre a agenda de questões relacionadas às mulheres.
“Essa agenda ampla fará parte do nosso acordo com o Governo do Estado. Nós estamos trabalhando na perspectiva dos nossos institutos nos estados e em todo o sistema Fiocruz”, salientou.
Também participou da mesa de abertura Julieta Palmeira, secretária de Políticas para Mulheres do Estado da Bahia, que reiterou a importância da parceria com a Fiocruz e as dificuldades das mulheres cientistas. “Há muito desincentivo. Se já é difícil para os homens, imagina para as mulheres. Uma coisa é certa, as mulheres precisam estar na ciência”, destacou.
A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, deu boas-vindas aos convidados e comentou sobre a parceria com a Secretaria de Políticas das Mulheres e a Fiocruz para fomentos de inserção das mulheres na ciência. Ainda, relembrou uma ação que a pesquisadora da unidade, Isadora Siqueira, está realizando. “A agenda das mulheres é importante e estamos construindo uma discussão para as mulheres e meninas na ciência. Uma iniciativa que Isadora tem feito é trazer meninas para uma experiência em pesquisa”, apontou.
O pesquisador da Fiocruz Bahia, Manoel Barral, foi convidado a apresentar o palestrante e elogiou sua atuação para o desenvolvimento da saúde no Brasil, “o próprio conceito do complexo econômico no Ministério da Saúde tem a marca de Gadelha desde seu início”, afirmou. Durante a palestra, foram abordados os principais conceitos em desenvolvimento e inovação e frisou-se que as oportunidades em níveis nacionais e regionais não podem ser encaradas somente como necessidade, mas também como oportunidade.
“Há espaços que estão carentes de desenvolvimento e isso pode ser uma grande oportunidade para a expansão: investimentos, renda, empregos”, declarou. “A gente deixa de ver o regional como uma política para o excluído, que também precisa ter, mas também abre oportunidade onde não havia. Exemplo de países como Estados Unidos, China e em continentes como a Europa, é possível ver desenvolvimento em lugares onde não havia praticamente nada”.
No decorrer do evento, Carlos Gadelha expôs alguns dados sobre desenvolvimento internacional e explicou a assimetria intelectual em países com desigualdades através de indicadores como fonte de energia, território e investimento em C&T. “Existe um padrão global de desigualdade regional e territorial que se reproduz, inclusive, dentro dos países numa força de concentração do desenvolvimento em grandes cidades”, ressaltou.
Sobre o papel da Fiocruz para o desenvolvimento regional, Gadelha destacou a atuação em rede e o potencial de desenvolvimento que a instituição tem. “Existem desdobramentos para uma atuação global, regional e sub-regional. Isso é uma potência única e diferenciada que a Fiocruz apresenta”. O palestrante também disse que a Fiocruz pode ajudar o Brasil a entrar na 4ª Revolução Industrial com sua presença nacional, conectando as ações nas redes de conhecimento entre as cidades e para não perder oportunidades de desenvolvimento em vários lugares no Brasil.